*LRCA Defense Consulting - 28/08/2020
A empresa Taurus Armas S.A. prossegue em sua nova fase de comunicação aproximada com seus públicos, quer sejam eles investidores atuais e potenciais, quer sejam os demais internautas que têm interesse na empresa, como os próprios clientes, funcionários e suas famílias, fornecedores, distribuidores, etc.
Em sua quarta live após a divulgação dos resultados trimestrais, realizada ontem (27) pelo canal do Youtube "Ações Garantem Futuro" (AGF Talks), capitaneado por Felipe Ruiz e Louise Barsi (filha de Luiz Barsi Filho), novamente o Presidente e CEO Global da Taurus Armas, Salesio Nuhs, e o seu Diretor Financeiro (CFO), Sérgio Sgrillo Filho, foram chamados a explicar o excepcional momento que a empresa vive, apresentando recordes de vendas, de produção, de receita, de lucro bruto e de Ebtida.
Novo patamar
Após explicar todo o forte e decisivo processo de reestruturação da empresa iniciado em 2017, quando a atual administração assumiu o controle de uma companhia que estava à beira da recuperação judicial e, em apenas dois anos e meio, conseguiu transformá-la numa referência mundial entre as empresas de armamento, a dupla da Taurus fez questão de, por diversas vezes, enfatizar que os brilhantes números do segundo trimestre não são fruto de uma conjuntura apenas, mas sim consequências de toda a reengenharia estrutural realizada na unidade brasileira e na americana, passando a se constituir no novo patamar da empresa.
Nesse sentido, citaram como exemplo outras grandes empresas mundiais de armamento leve que têm dados abertos ao mercado, afirmando que nenhuma delas tem números tão expressivos em termos de margem bruta e de margem Ebitda, por exemplo. Este fato está tornando a Taurus Armas em um verdadeiro case internacional no setor.
Empresa projeta pagar dividendos no médio prazo
O orgulho e a empolgação dos executivos era tanta que o CFO afirmou que seu objetivo é ver a empresa pagando dividendos no médio prazo, pois está apta a voltar a ter patrimônio líquido positivo, quitando a pesada dívida somente com os resultados de sua forte geração de caixa. Sgrillo afirmou ainda que a venda dos ativos não core (terreno em Porto Alegre e fábrica de capacetes) servirá apenas para colaborar com esse intento. Quando fez essa afirmação, Louise Barsi, cuja família possui quase 10% da empresa, abriu um sorriso e disse que "isso é música para nossos ouvidos, pois está no nosso DNA", haja vista que a "estratégia Barsi" de investimento privilegia empresas que são ou possam vir a ser fortes pagadoras de dividendos.
Índia: somente 2% dos policiais portam armas de fogo
Comentando sobre a joint venture com grupo indiano Jindal, os executivos revelaram que apenas 2% dos cerca de 1,2 milhão de policiais indianos atuam armados, o que representa um potencial de vendas fantástico para a empresa que começará a produzir na Índia no final de janeiro de 2021.
Projeto G marcou a inflexão da empresa
Salesio afirmou que a G2c, pistola subcompacta mais vendida no mundo, foi a arma que marcou o início da transformação da imagem e dos números da empresa. Neste quesito, revelou que a "Projeto G" de pistolas foi concebido como a grande estratégia da empresa para fazer o que as demais produtoras de armas não conseguem: armas com alta qualidade e baixo custo. Com a mesma filosofia estendida à G3, à G3c e, em 2021, à GX4 e às demais armas que produz e que planeja lançar, o CEO tem bons motivos para pretender levar a Taurus à liderança mundial na fabricação de armamentos leves.
Custos em moeda nacional e vendas em dólares
O CFO, por sua vez, revelou que 97% dos custos da Taurus se dão em reais, enquanto que mais de 80% da receita é apreciada em dólares. Este fato faz com que as eventuais valorizações da moeda americana se traduzam em um consequente aumento da margem bruta da companhia. Disse também que, além de procurar elevar a produtividade ao máximo, a empresa se norteia por uma redução permanente de custos.
Aumento de produtividade no Brasil e incrementos nos EUA
Salesio reafirmou que a unidade brasileira está produzindo como nunca (utilizando três turnos), encontrando-se no nível de 5.000 armas/dia, algo que pensava não ser possível antes, e que tal nível foi alcançado apenas com aumento da produtividade, sem necessidade de novos investimentos. Por fim, anunciou que a Taurus deverá chegar ao final de 2020 produzindo 5,6 mil armas/dia no Brasil. Nos EUA, que hoje produz 2.000 armas/dia, o planejamento é chegar ao final de 2020 com 3.000 armas/dia e, no final de 2021, com 4.000 armas/dia.
Louise Barsi comenta sobre a importância de conhecer a empresa da qual vai se tornar sócio
Já quase no final do evento (aos 39 minutos), a analista Louise Barsi, com foco no caráter educacional do canal que mantém e com pleno conhecimento de causa, dedicou dois minutos e meio para comentar sobre a empresa e sobre novos participantes do mercado de ações, enfatizando que os investidores, especialmente a grande massa que chegou neste ano ao mercado, devem estudar muito sobre as empresas das quais pretendem se tornarem sócios, analisando detidamente seus números, sua administração, suas perspectivas futuras e os compromissos que assumem publicamente, evitando se deixar levar por "estigmas e narrativas que são criados e que impedem que as pessoas vejam, de fato, a evolução que a Taurus passou nesses últimos dois anos".
Sobre "compromissos", Louise citou a frase que está em negrito no balanço do 2º trimestre da Taurus "Este é o novo padrão de desempenho operacional da companhia", comentando que esse balanço foi "o divisor de águas da companhia" e que, daqui para a frente, os investidores poderão fiscalizar e cobrar isso da empresa, pois é um compromisso que ela assumiu publicamente e que será "a nova régua", permitindo que possam "fazer as contas e estimar qual o retorno provável que esse investimento vai ter" daqui para a frente. Finalizou dizendo: "Analisem, não fiquem repetindo coisas que vocês ouvem!".
Outros assuntos
Os executivos da Taurus também comentaram diversos outros assuntos relevantes, como ter quase oito meses de pedidos em carteira, joint venture com empresa do ramos automotivo para fabricar acessórios para armas que será divulgada em meados de setembro, cuidados com a pandemia, etc.
Íntegra da live
interessante
ResponderExcluirExcelente notícia, mas eu penso que a Taurus deveria para de fabricar armas com defeito infantil, por exemplo: os carregadores da PT-917 que viram um chocalho a partir da oitava munição, uma arma excepcional, mas com um defeito infantil, já passou da hora de vim com carregadores MacGar mostrem qualidade nos produtos, pois o preço delas já requer qualidade a altura!!!!
ResponderExcluirExcelente notícia, mas eu penso que a Taurus deveria parar de fabricar armas com defeito infantil, por exemplo: os carregadores da PT-917 que viram um chocalho a partir da oitava munição, uma arma excepcional, mas com um defeito infantil, já passou da hora de vim com carregadores MacGar mostrem qualidade nos produtos, pois o preço delas já requer qualidade a altura!!!!
ResponderExcluirBem observado camarada, inclusive a TH tem o mesmo problema. Triste é vc pagar mais de 5mil e a empresa te responde isso:Estimado Sr, bom dia!!
ExcluirInformo que os carregadores da PT 838 e da Hammer TH380 são compatíveis. O barulho que o carregador faz é característica da série 800 e da Hammer, não interfere no funcionamento de seu produto.
Fico à disposição,
Elias Dornelles da Silva
Coordenador Assistência Técnica
* Deve ser muito difícil mesmo corrigir um pouco as dimensões do carregador.