Quem construir as redes 5G de uma nação ganhará a chave para os dados pessoais, comerciais e governamentais mais sensíveis daquele país. Empresas confiáveis como Ericsson e Nokia, da Europa, e Samsung, da República da Coreia, ganharam a confiança de governos e pessoas em todo o mundo. Ao mesmo tempo, outras entidades estão perdendo essa confiança, mais notavelmente, a República Popular da China e as empresas controladas pelo seu governo, como a Huawei.
Nos últimos oito meses, o governo chinês ocultou um surto que se tornou uma pandemia global, eviscerou as liberdades de Hong Kong, instigou um conflito sangrento na fronteira indiana, e persistiu com a brutalidade ao estilo Gulag nos campos de Xinjiang. Esses abusos são possíveis por um estado de vigilância orwelliano que rastreia bilhões de pessoas em todo o mundo e pelo Grande Firewall unidirecional da China, onde os dados entram, mas não saem, e a propaganda sai, mas a verdade não entra.
A Huawei é a espinha dorsal da vigilância mundial da China. Ela se apresenta como uma empresa privada independente, mas deve cumprir a Lei de Inteligência Nacional da China, entregando dados privados de cidadãos e de negócios ao governo chinês mediante solicitação. Isso significa que qualquer nação que confie à Huawei suas redes de comunicação oferece ao governo chinês uma chave de acesso para qualquer dado que cruze essas redes – desde comunicações comerciais e governamentais sensíveis, propriedade intelectual e até mensagens de texto. O histórico bem estabelecido de roubos de propriedade intelectual da Huawei demonstra o quão rotineiramente viola a confiança pública e as leis locais dos países onde opera.
O governo dos EUA e seus parceiros em todo o mundo estão acelerando os esforços para proteger a segurança econômica global, restringindo o envolvimento da Huawei e de outros fornecedores não confiáveis em redes 5G. Uma rede confiável oferece uma abordagem mais ampla para lidar com as ameaças de longo prazo à privacidade de dados, à segurança, aos direitos humanos e à colaboração de boa fé entre os países.
Existem hoje mais de 30 países participando da Rede Limpa e se juntam às maiores empresas de telecomunicações do mundo, como: Telefônica na Espanha, Orange na França, Telco Itália, Reliance na Índia, SK e KT na Coreia, e as do Japão, de Singapura, da Austrália e dos EUA.
Como resposta ao crescente número de países e empresas que questionam a confiabilidade da Huawei, ela intensificou suas já agressivas campanhas de lobby e mídia, inclusive no Brasil. Um representante da empresa alegou recentemente que as restrições aumentariam o custo do 5G no Brasil em até cinco vezes – um exemplo da campanha de desinformação da Huawei. Empresas confiáveis que aderem ao Estado Democrático de Direito e operam de boa fé não tentam intimidar governos e seus cidadãos com ameaças infundadas. E ao contrário do que a Huawei quer que você acredite, a escolha de provedores de equipamentos de comunicação confiáveis não acarreta necessariamente em um aumento nos custos.
Como o secretário Pompeo deixou claro, os EUA estão alinhados com os países contra o bullying chinês. Apoiamos o Reino Unido em sua decisão de julho de banir a Huawei de suas redes 5G, e estaremos ao lado dos nossos parceiros brasileiros contra qualquer coerção chinesa ou bullying direcionado a vocês.
Enquanto os brasileiros avaliam os riscos inerentes ao relacionamento da Huawei com o governo chinês, sua estrutura de propriedade não-transparente, histórico de roubo de propriedade intelectual, lobby desonesto e disposição para usar ameaças comerciais para avançar objetivos geopolíticos, quero que saibam que os EUA estão prontos para trabalhar com vocês. O Brasil merece acesso a tecnologia 5G aberta, inovadora e de confiança que contribua para a prosperidade da nação.
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