*LRCA Defense Consulting, com texto de Felipe Fiamenghi - 26/07/2020
A reportagem sobre o armamento, apresentada no Fantástico, foi ao ar no domingo passado. Demorei quase uma semana para escrever este texto, porque fiz questão de buscar minuciosamente todos os dados e fatos.
Afinal, para refutar todo o sensacionalismo Global, unido a opiniões de "especialistas", devemos nos munir de toda a verdade possível.
A matéria começa de forma comovente, exibindo famílias que tiveram entes queridos mortos por armas de fogo. Um dos casos, porém, me chamou bastante atenção. Um homem passeava com a sua família quando bateu em um carro estacionado e evadiu do local. O dono do outro veículo, armado, iniciou uma perseguição e os abordou minutos depois. Antes do desfecho, porém, a esposa do primeiro motorista conseguiu ligar para a polícia e pedir socorro, que não chegou a tempo.
Mesmo que uma viatura conseguisse atingir 1476 Km/h, a velocidade de disparo de uma pistola 9mm, como a utilizada no crime, ainda não chegaria a tempo de evitar a tragédia. A única coisa que poderia salvar a família, então, seria um objeto que equalizasse suas forças com a do agressor. Ou seja, uma arma de fogo.
Não existe campanha mágica, que livrará todo o mundo das armas. Criminosos não se desarmam. No máximo, consegue-se desarmar o cidadão pacífico e ordeiro, que usa-a como ferramenta de proteção, e torna-o uma presa fácil.
O primeiro dado apresentado pelo "especialista" do IPEA deve ser verdadeiro em algum lugar no Fantástico Mundo da Biblioteca. No Planeta Terra não procede. Segundo ele: "Os números não mentem. A cada 1% de aumento no número de armas, aumentam 2% nos números de crimes violentos".
Realmente os números não mentem e nem confirmam as estatísticas por ele apresentadas. Em 2019, tivemos um aumento de 23,5% no número de armas registradas e uma queda de 20% no número de homicídios.
Números internacionais também mostram a falácia na narrativa do "especialista". Os EUA, com 400 milhões de armas registradas, 400 vezes mais do que o 1 milhão de armas brasileiras, tem uma média de 5 homicídios para cada 100 mil habitantes. Seis vezes menor do que a nossa.
A Suíça, proporcionalmente o país mais armado do mundo, tem uma taxa 0,3/100.000. Uma das menores do planeta.
Em Orlando, após uma massiva campanha para que as mulheres se armassem, em um ano, os crimes sexuais despencaram 88%.
Em se tratando de crimes sexuais, aliás, os dados da National Rifle Association sugerem que, quando a vítima está armada, apenas 3% deles se concretizam. O que pode ser comprovado, novamente, pelo exemplo da Suíça, onde os estupros são raríssimos, enquanto na vizinha Suécia, desarmamentista, as alarmantes estatísticas apontam que, ao longo da vida, 1 em cada 4 mulheres será estuprada. 25% da população feminina do país!
Dados manipulados também serviram para sustentar nosso absurdo e arbitrário Estatuto do Desarmamento, recusado, nas urnas, por 63% dos cidadãos. Apesar de ONGs, como a "Sou da Paz", defenderem que a lei salvou mais de 100 mil vidas, a realidade é que, desde então, os homicídios aumentaram mais de 20%.
E o aumento da violência, trazido pelo desarmamento de civis, não é uma exceção Brasileira. Pelo contrário.
Na Austrália, após a sanção de uma lei também severamente restritiva, os homicídios aumentaram 19%, os assaltos armados 69% e os estupros atingiram a média de 1 a cada 6 mulheres. Mais que o dobro da média global.
Outros dois "especialistas", apresentados na matéria, tiveram um importante papel em momentos históricos do aumento da criminalidade tupiniquim.
O primeiro, José Vicente da Silva Filho, foi Secretário Nacional de Segurança Pública do governo FHC, que dificultou o acesso às armas, em 1997, e viu o número de homicídios crescer 10% nos 3 anos seguintes.
O segundo, Raul Jungmann, foi Ministro da justiça do governo Temer, exatamente no período que registramos nosso recorde nacional de criminalidade violenta: 2017, quando 65.602 brasileiros foram assassinados.
Os únicos argumentos favoráveis, apresentados pelo deputado Capitão Augusto, Oficial da Polícia Militar e coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, ocuparam apenas alguns segundos dos quase vinte minutos da reportagem.
Com certeza, o testemunho do Capitão desmentiria também a argumentação de que a população armada dificulta o trabalho policial. Onde existe armamento civil, os cidadãos, em especial os CACs [Caçadores, Atiradores Esportivos e Colecionadores], tornam-se uma força auxiliar de segurança, treinada, armada e gratuita, que muitas vezes colabora com a polícia. Não faltam casos, ao redor do mundo, para comprovar essa afirmação.
Desarmamento não é sobre armas e muito menos sobre segurança. Desarmamento é sobre CONTROLE.
UM POVO ARMADO JAMAIS SERÁ ESCRAVIZADO!
"Quando todas as armas forem de propriedade do governo, este decidirá de quem são as outras propriedades." (FRANKLIN, Benjamin)
Afinal, para refutar todo o sensacionalismo Global, unido a opiniões de "especialistas", devemos nos munir de toda a verdade possível.
A matéria começa de forma comovente, exibindo famílias que tiveram entes queridos mortos por armas de fogo. Um dos casos, porém, me chamou bastante atenção. Um homem passeava com a sua família quando bateu em um carro estacionado e evadiu do local. O dono do outro veículo, armado, iniciou uma perseguição e os abordou minutos depois. Antes do desfecho, porém, a esposa do primeiro motorista conseguiu ligar para a polícia e pedir socorro, que não chegou a tempo.
Mesmo que uma viatura conseguisse atingir 1476 Km/h, a velocidade de disparo de uma pistola 9mm, como a utilizada no crime, ainda não chegaria a tempo de evitar a tragédia. A única coisa que poderia salvar a família, então, seria um objeto que equalizasse suas forças com a do agressor. Ou seja, uma arma de fogo.
Não existe campanha mágica, que livrará todo o mundo das armas. Criminosos não se desarmam. No máximo, consegue-se desarmar o cidadão pacífico e ordeiro, que usa-a como ferramenta de proteção, e torna-o uma presa fácil.
O primeiro dado apresentado pelo "especialista" do IPEA deve ser verdadeiro em algum lugar no Fantástico Mundo da Biblioteca. No Planeta Terra não procede. Segundo ele: "Os números não mentem. A cada 1% de aumento no número de armas, aumentam 2% nos números de crimes violentos".
Realmente os números não mentem e nem confirmam as estatísticas por ele apresentadas. Em 2019, tivemos um aumento de 23,5% no número de armas registradas e uma queda de 20% no número de homicídios.
Números internacionais também mostram a falácia na narrativa do "especialista". Os EUA, com 400 milhões de armas registradas, 400 vezes mais do que o 1 milhão de armas brasileiras, tem uma média de 5 homicídios para cada 100 mil habitantes. Seis vezes menor do que a nossa.
A Suíça, proporcionalmente o país mais armado do mundo, tem uma taxa 0,3/100.000. Uma das menores do planeta.
Em Orlando, após uma massiva campanha para que as mulheres se armassem, em um ano, os crimes sexuais despencaram 88%.
Em se tratando de crimes sexuais, aliás, os dados da National Rifle Association sugerem que, quando a vítima está armada, apenas 3% deles se concretizam. O que pode ser comprovado, novamente, pelo exemplo da Suíça, onde os estupros são raríssimos, enquanto na vizinha Suécia, desarmamentista, as alarmantes estatísticas apontam que, ao longo da vida, 1 em cada 4 mulheres será estuprada. 25% da população feminina do país!
Dados manipulados também serviram para sustentar nosso absurdo e arbitrário Estatuto do Desarmamento, recusado, nas urnas, por 63% dos cidadãos. Apesar de ONGs, como a "Sou da Paz", defenderem que a lei salvou mais de 100 mil vidas, a realidade é que, desde então, os homicídios aumentaram mais de 20%.
E o aumento da violência, trazido pelo desarmamento de civis, não é uma exceção Brasileira. Pelo contrário.
Na Austrália, após a sanção de uma lei também severamente restritiva, os homicídios aumentaram 19%, os assaltos armados 69% e os estupros atingiram a média de 1 a cada 6 mulheres. Mais que o dobro da média global.
Outros dois "especialistas", apresentados na matéria, tiveram um importante papel em momentos históricos do aumento da criminalidade tupiniquim.
O primeiro, José Vicente da Silva Filho, foi Secretário Nacional de Segurança Pública do governo FHC, que dificultou o acesso às armas, em 1997, e viu o número de homicídios crescer 10% nos 3 anos seguintes.
O segundo, Raul Jungmann, foi Ministro da justiça do governo Temer, exatamente no período que registramos nosso recorde nacional de criminalidade violenta: 2017, quando 65.602 brasileiros foram assassinados.
Os únicos argumentos favoráveis, apresentados pelo deputado Capitão Augusto, Oficial da Polícia Militar e coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, ocuparam apenas alguns segundos dos quase vinte minutos da reportagem.
Com certeza, o testemunho do Capitão desmentiria também a argumentação de que a população armada dificulta o trabalho policial. Onde existe armamento civil, os cidadãos, em especial os CACs [Caçadores, Atiradores Esportivos e Colecionadores], tornam-se uma força auxiliar de segurança, treinada, armada e gratuita, que muitas vezes colabora com a polícia. Não faltam casos, ao redor do mundo, para comprovar essa afirmação.
Desarmamento não é sobre armas e muito menos sobre segurança. Desarmamento é sobre CONTROLE.
UM POVO ARMADO JAMAIS SERÁ ESCRAVIZADO!
"Quando todas as armas forem de propriedade do governo, este decidirá de quem são as outras propriedades." (FRANKLIN, Benjamin)
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