Munições à venda no exterior: no Brasil, comércio registrou 1,5 milhões de balas vendidas Foto: Abdul Majeed / AFP |
*O Globo via DCM - 07/06/2020
A política de flexibilização de armas implementada pelo presidente Jair Bolsonaro impulsionou as vendas de munição para cidadãos com direito ao porte ou à posse de armas de fogo em 2020. De janeiro a maio, o crescimento no volume de unidades comercializadas foi de 98% em comparação com o mesmo período de 2019, e de 90% em relação a 2018. Apenas em maio, 1.541.780 cartuchos foram vendidos no varejo do país, o que equivale a mais de dois mil por hora.
Este número corresponde apenas às vendas feitas no comércio para pessoas físicas e exclui policiais militares, bombeiros, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As informações integram a base de dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (Sicovem) e foram obtidas pelo GLOBO junto ao Exército, via Lei de Acesso à Informação.
O salto no mês passado ocorreu após a publicação de uma portaria — assinada pelo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e o então ministro da Justiça, Sergio Moro, datada de 23 de abril — que estendeu o limite de compra de munição para quem tem arma de fogo registrada de 200 unidades por ano para valores entre 50 e 300 por mês, a depender do calibre.
Na reunião ministerial do dia anterior, cujo vídeo foi tornado público por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro pressionou Moro e Azevedo e Silva a acelerarem medidas de flexibilização. “Por que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura. E não dá pra segurar mais (…) É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado. Que povo armado jamais será escravizado”, disse o presidente aos auxiliares.
Este número corresponde apenas às vendas feitas no comércio para pessoas físicas e exclui policiais militares, bombeiros, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As informações integram a base de dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (Sicovem) e foram obtidas pelo GLOBO junto ao Exército, via Lei de Acesso à Informação.
O salto no mês passado ocorreu após a publicação de uma portaria — assinada pelo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e o então ministro da Justiça, Sergio Moro, datada de 23 de abril — que estendeu o limite de compra de munição para quem tem arma de fogo registrada de 200 unidades por ano para valores entre 50 e 300 por mês, a depender do calibre.
Na reunião ministerial do dia anterior, cujo vídeo foi tornado público por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro pressionou Moro e Azevedo e Silva a acelerarem medidas de flexibilização. “Por que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura. E não dá pra segurar mais (…) É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado. Que povo armado jamais será escravizado”, disse o presidente aos auxiliares.
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