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25 junho, 2020

Taurus anuncia reescalonamento estratégico da dívida de curto prazo


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2020

Em Fato relevante divulgado hoje, a Taurus Armas S.A. informou que: "em  08  de  junho  de  2020,  o  Conselho  de  Administração  em  reunião extraordinária, autorizou a Companhia a assinar junto ao Sindicato de Bancos um Waiver [dispensa de exigência ou de obrigações] solicitando a dispensa  do cumprimento  da  obrigação  de  pagamento  da  prestação  de  Junho de 2020,  até 31 de agosto  de  2020 ou  até  a  formalização  dos  novos  termos  e  condições  para  o  pagamento  das Obrigações Garantidas, o que ocorrer primeiro, para o Quarto Aditamento ao Instrumento Particular de Escritura da 3ª (Terceira) Emissão de Debêntures Simples, Não Conversíveis em Ações, da Espécie com  Garantia  Real,  com  Garantia  Adicional  Fidejussória,  em  Série  Única,  para  Distribuição  Pública com  Esforços  Restritos  de  Colocação,  da  Forjas  Taurus  S.A.,  celebrado  em  16  de  outubro  de  2019, entre Taurus Armas S.A. (“Emissora” ou “Devedora”) e  acordo  de  Contrato  do mecanismo  de  pré-pagamento  de  exportação  alterado  e  reformulado celebrado  em  27  de  novembro  de  2019 e  suas alterações.

Neste período a Companhia e o Sindicato de Banco irão promover a assinatura do novo aditamento, com o  reescalonamento  do  pagamento  do  principal que  ocorreria em  junho  de  2020, no  valor aproximado de R$ 123 milhões. O montante será adequado ao fluxo de caixa futuro da Companhia e diluído nos próximos 31 meses. Com  a  celebração  desse  aditamento,  a  Companhia  se  mantém  adimplente  com  seus  credores  e reforça  seu  compromisso  com  todos  os  seus  públicos  envolvidos,  principalmente, neste  momento difícil  que  o  mundo  está  passando  por  conta  do  COVID  19,  e  está  plenamente  alinhado  com  a estratégia  de  restruturação  da  Taurus,  baseado  em  rentabilidade  sustentável,  qualidade  e  melhora dos indicadores financeiros e operacionais”.

Uma decisão cautelar e estratégica para tempos de pandemia
Sun Tzu, em sua antológica “A Arte da Guerra”, escreveu que “os melhores soldados devem ser colocados como uma vanguarda e cada equipe deve ser seguida por uma reserva sustentável”. Esta máxima é usada até hoje por todos os exércitos do mundo, ao preconizarem que “não se combate sem reserva”.

No entender desta Consultoria, em que pese a Taurus estar se saindo muito bem neste semestre, especialmente nos Estados Unidos onde tem vendas recordes, a pandemia atual requer um cuidado muito grande por parte da empresa.

Se fosse pagar o muro da dívida agora em junho, como estava previsto, a companhia correria o risco de ficar com o caixa muito apertado caso houvesse algum imprevisto, já que a área onde está sua sede entrou novamente em “bandeira vermelha” relativa à pandemia. Eventualmente, se tiver que suspender as operações por algum tempo, será necessário ter caixa suficiente para continuar honrando, com tranquilidade, os compromissos com funcionários, fornecedores etc.

Assim, a medida é cautelarmente estratégica ao permitir um alívio de caixa neste momento incerto da vida empresarial nacional, com essa parte da dívida (R$ 123 milhões) sendo reescalonada para pagamento em 31 parcelas mensais. Possibilita também que os dois bens em processo de venda - a fábrica de capacetes e o terreno em Porto Alegre - sejam preservados de uma eventual necessidade de venda a preços subavaliados.

O concorde já obtido junto aos bancos credores permite que o negócio seja concluído, haja vista que a empresa goza de alta credibilidade junto a estes, pois a reengenharia que a fez se reinventar desde 2018, levou a Taurus Armas a um processo reconhecido e sólido de turnaround, tornando-a lucrativa após sete anos de prejuízos e considerada como excelente pagadora pelos credores.

Em síntese, esta Consultoria acredita que a medida é positiva para a Taurus Armas, na medida em que a empresa reescalona a dívida vincenda, preserva o caixa e se acautela para enfrentar qualquer adversidade que possa ser causada pela pandemia.


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