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31 maio, 2020

Embraer: ajuda de R$ 600 milhões deve sair em junho





A Embraer deve obter em junho financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a bancos privados no valor de 600 milhões de dólares para atender a sua demanda de jatos executivos e comerciais para os próximos meses, disseram fontes do governo em condição de sigilo.

As negociações estão em ritmo acelerado, de acordo com as fontes, que estimam que o crédito pode ser liberado nas próximas semanas. Fazem parte do pool de bancos que vão oferecer o crédito à Embraer o BNDES, Bradesco, Santander, Itaú, Citibank, Morgan Stanley e Natixis.

No balanço do primeiro trimestre deste ano, a fabricante brasileira de aeronaves anunciou que tem no horizonte cerca de 16 bilhões de dólares em encomendas firmes para os próximos anos.

“Isso mostra bem a solidez e o equilíbrio da empresa em meio à crise que afeta o setor aéreo”, disse uma das fontes.

“Ninguém sabe ao certo como vai ser o futuro da aviação comercial, mas pode ser uma era de aviões menores e voos privados e com menos gente voando. A Embraer tem aviões menores e atua em outras áreas da aviação. Essa formatação mostra que a companhia tem valor e potencialidade”, acrescentou uma segunda fonte.

A linha de crédito que será liberada, de acordo com as fontes, será no modelo pré-embarque, em que se financia o produtor local do produto/ativo que será vendido no exterior, e a operação terá garantias para dar suporte à operação.

“O financiamento combinado entre os bancos tem garantias, ele vai direto para a Embraer e não para os compradores das aeronaves. Não é no modelo pós-embarque, e sim pré- embarque”, afirmou a segunda fonte.

O governo negocia desde abril com as principais empresas aéreas brasileiras um socorro para enfrentar os efeitos negativos da pandemia de coronavírus que abateram o setor.

A ajuda do BNDES e bancos privados deve sair no começo de julho, e o pedido de recuperação judicial da Latam nos Estados Unidos foi um complicador adicional para as tratativas.

A Embraer também pode ser contemplada por essa ajuda com um montante de aproximadamente 400 milhões de dólares, mas de acordo com as fontes essa operação que poderia incluir a emissão de debêntures conversíveis e emissão de bônus deve ficar para o próximo ano para a fabricante nacional.

A Embraer viu frustrada este ano uma parceria com a norte-americana Boeing para a criação de uma joint venture para fabricação de aeronaves comerciais.

A Reuters divulgou esta semana que a fabricante brasileira tem negociações iniciais e preliminares com empresas da Rússia, Índia e China para eventual futura parceria. As conversas, mesmo que iniciais, já fomentaram manifestações negativas da Abradin, associação que representa os acionista minoritários das empresas.

“A Abradin está atenta às possíveis negociações envolvendo a (chinesa) COMAC e tomará as medidas necessárias para que fraudes contra investidores sejam perpetradas. É absolutamente inadmissível que qualquer negociação seja conduzida pelos mesmos elementos que conduziram de forma fraudulenta as negociações com a Boeing. A Boeing usará, sem dúvida, em sua defesa, as fraudes elencadas pela Abradin em sua representação junto à União Europeia para justificar desfazer o negócio”, disse à Reuters o presidente da Abradin, Aurélio Valporto.

Procurada pela Reuters sobre o novo financiamento, a Embraer ainda não se pronunciou.

29 maio, 2020

Taurus Armas assina memorando de entendimentos com empresa do ramo automotivo para criar joint venture


*LRCA Defense Consulting - 29/05/2020 (atualizada em 01/06/2020)

A Taurus Armas S.A. divulgou hoje um "Fato Relevante" onde relata que assinou um memorando de entendimentos (MoU) não vinculativo com uma importante empresa brasileira do ramo automotivo atuante no mercado nacional, visando a constituição de uma Joint Venture no Brasil para fabricação de acessórios para armas leves.

O objetivo da Joint Venture, se obtidas todas as autorizações estatutárias e legais, será a fabricação e a comercialização de acessórios de componentes metálicos de alto valor agregado para armas leves para os mercados nacional e internacional. A partir da assinatura do MoU, as partes terão até 30 de setembro de 2020 para concluir os estudos de viabilidade da criação da Joint Venture e o plano de negócios a ser desenvolvido, bem como estabelecer as condições necessárias à efetivação do novo negócio.

Conforme a empresa gaúcha, a celebração desse Memorando de Entendimentos é mais um importante passo no processo de restruturação da Taurus, baseado em rentabilidade sustentável, qualidade e melhora dos indicadores financeiros e operacionais, com forte investimento no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, além da entrada em um novo segmento de negócio.

Embraer atrai interesse estrangeiro após fracasso com Boeing, dizem fontes




Fabricantes estrangeiros de aviões estão rondando a Embraer semanas após a Boeing abandonar os planos para uma combinação histórica na aviação comercial, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

O chinesa COMAC sinalizou interesse em cooperação com a unidade comercial da terceira maior fabricante de jatos do mundo, disseram duas pessoas. A Irkut, da Rússia, também estudou o caso, disseram outras duas, apesar de a empresa negar interesse na Embraer.

A Índia, outra potência aeroespacial em ascensão focada principalmente na defesa, mas com um enorme mercado civil, também sinalizou interesse ao estudar o assunto, disseram fontes.

Isso coloca o destino da Embraer no centro do chamado grupo de nações do BRIC, com cada um exibindo seus palpites, enquanto gigantes ocidentais Airbus e Boeing se recuperam da crise dos coronavírus.

A COMAC e o ministério da aviação civil da Índia não responderam aos pedidos de comentários. Uma porta-voz da Irkut negou qualquer interesse ou conversa sobre a Embraer.

A Embraer não comentou.

A COMAC e a Irkut estão desenvolvendo aeronaves para competir diretamente com a Airbus e a Boeing no movimentado mercado de até 150 assentos. Os planos da China são vistos como os mais avançados.

Um acordo com a Embraer agregaria experiência em engenharia e suporte global, mas também entraria em conflito com jatos regionais menores e comercialmente menos bem-sucedidos desenvolvidos pelos dois países.

Uma fonte da indústria russa disse que a controladora da Irkut, a Rostec, está se concentrando nos programas existentes MS-21 e Superjet.

Embora tenha investido pesadamente em peças e manutenção, a Índia é o pretendente menos visível no setor aeroespacial comercial, sem outro projeto ativo de uma aeronave de 14 lugares chamada SARAS.

Mas existe um requisito potencial para o desenvolvimento de um jato regional de 80 a 90 lugares - uma categoria ocupada pela Embraer - para o projeto UDAN, assinado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, para expandir os serviços aéreos para pequenas cidades.

R.K. Tyagi, ex-presidente da Hindustan Aeronautics, estatal, disse que escreveu ao governo pedindo que ele se movesse rapidamente.

"Qualquer país com ambições analisará isso. Sinto que essa é uma boa oportunidade. O preço (valuation) está baixo e se conseguirmos o controle de um programa de aeronaves moderno e comprovado, será um grande salto."

Funcionários do governo Modi e um grupo de estudo do governo estão juntando uma nota, mas nenhuma representação formal foi feita no Brasil até agora, disse um funcionário ciente dos planos.

Avaliação
Um alto executivo da Embraer disse à Aviation Week em 1º de maio que não havia iniciado conversações com ninguém, mas que não podia "legislar para as chamadas de entrada que poderiam vir".

A Embraer disse que considerará os próximos passos com cuidado. Uma das principais dores de cabeça é o seu valor de mercado, que caiu 64% este ano, abaixo do desempenho do setor de aviação atingido pela crise.

A Embraer relutará em vender muito barato em um mercado deprimido pelo coronavírus, mas suas opções são limitadas, embora seja o único fabricante em larga escala disponível, disse Richard Aboulafia, analista do Teal Group.

"A Embraer é uma empresa comercial fantástica, mas poucas pessoas estão tentando comprar uma empresa comercial", disse ele.

Hospitais de Joinville e Itajaí recebem os primeiros respiradores da WEG




*ndmais - 27/05/2020

Joinville e Itajaí, no Norte catarinense, receberam, na tarde desta quarta-feira (27), os primeiros respiradores comprados pelo governo do Estado da Weg S.A, empresa de Jaraguá do Sul referência mundial em máquinas elétricas.

O governo comprou, por R$ 30 milhões, na última semana 500 equipamentos da Weg. O primeiro lote, com 100 equipamentos, chegou a Florianópolis na terça-feira e a carga foi escoltada pela Polícia Rodoviária Federal.

Nesta quarta começou a distribuição para hospitais da rede SUS de todas as macrorregiões catarinenses.

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Para Joinville, chegaram dez equipamentos, e foram destinados ao Hospital Municipal São José, o maior hospital público de SC. Defesa Civil do Estado, com apoio da Polícia Militar, fez a entrega no meio da tarde.

Em Itajaí, no Litoral Norte, após cobrança do município, o Governo do Estado entregou 20 respiradores e 12 monitores ao Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen.

Os equipamentos, necessários para a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), chegaram à unidade hospital escoltados pela Defesa Civil e Polícia Rodoviária Federal. Segundo a direção, nesta semana ainda devem ser ativados 12 novos leitos na instituição, referência para toda região.

Enquanto os equipamentos da Veigamed, alvo de investigação, comprados em março, nem chegaram aos hospitais catarinenses, os respiradores da Weg, adquiridos no dia 22/5,  já estão sendo entregues. Além disso, o valor unitário dos respiradores da Weg é de R$ 60 mil enquanto os da Veigamed chegam a R$ 165 mil cada.

Para viabilizar a produção de ventiladores pulmonares em suas instalações fabris de Jaraguá do Sul, a Weg precisou adaptar cinco fábricas para a produção de ferramentas, válvulas metálicas, componentes plásticos, gabinetes metálicos e placas eletrônicas.

“Foi um trabalho intenso de reconversão industrial, que envolveu mais de 100 colaboradores, destaca Manfred Peter Johann, diretor superintendente da Weg Automação.

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Destino dos primeiros 100 respiradores
10 unidades para Hospital São José (Joinville)
10 unidades para Hospital Regional do Oeste (Chapecó)
20 unidades para Hospital Marieta Konder Bornhausen (Itajaí)
10 unidades para Hospital São José (Criciúma)
13 unidades para Hospital e Maternidade Tereza Ramos (Lages)
10 unidades para Hospital Terezinha Gaio Basso (São Miguel do Oeste)
10 unidades para Hospital OASE (Timbó)
10 unidades para Hospital Azambuja (Brusque)

Outros sete equipamentos permanecerão como reserva técnica para suprir eventuais situações de emergência.

Os critérios da entrega respeitam a taxa de ocupação de leitos e o número de casos positivados das últimas 48 horas.

26 maio, 2020

Embraer entrega cinco jatos comerciais e nove executivos no 1T20



A Embraer entregou um total de 14 jatos no primeiro trimestre de 2020, sendo cinco comerciais e nove executivos (cinco leves e quatro grandes). Em 31 de março de 2020, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava USD 15,9 bilhões.

Historicamente, a Embraer realiza menos entregas no primeiro trimestre do ano, e em 2020 em particular, as entregas da aviação comercial no 1T20 foram também impactadas negativamente pela conclusão do processo de separação da unidade da Aviação Comercial da Embraer, em janeiro.

No 1T20, a Embraer Aviação Executiva anunciou a certificação tripla do novo Phenom 300E por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Federal Aviation Administration (FAA) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (European Aviation Safety Agency – EASA). O novo Phenom 300E é a versão aprimorada da série Phenom 300, jato executivo com o maior número de entregas da última década.

Ainda no período, a EMGEPRON, empresa estatal independente vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando da Marinha do Brasil, e a Águas Azuis, empresa formada pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, assinaram o contrato para a construção dos quatro navios Classe Tamandaré de última geração, com entrega prevista entre 2025 e 2028.

Protocolo de Intenções entre a AEB e Visiona permite identificar oportunidades no setor espacial



A Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e a Visiona Tecnologia Espacial assinaram, em cerimônia virtual nesta sexta-feira (08.05), às 11h, um Protocolo de Intenções, com o objetivo de identificar oportunidades e buscar soluções com base em sistemas espaciais, como também ampliar a aproximação com a indústria e empreender projetos espaciais que tragam retorno socioeconômico ao País.

O Protocolo de Intenções, assinado pelo presidente da AEB, Carlos Moura, e pelo presidente da Visiona, João Paulo Campos, abre a possibilidade de prestação de serviços técnicos, consultoria e transferência de tecnologia na área de sistemas e sensores de satélites. Outra finalidade do Protocolo é encontrar soluções de Geotecnologia para análise e utilização de dados espaciais, ou seja, mapeamento, aplicações cadastrais e riscos naturais, além de outros serviços.

Para o presidente Carlos Moura, o surgimento da Visiona foi muito relevante, pois viabilizou um instrumento exitoso, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), projeto mencionado pelo ministro Marcos Pontes como demonstração efetiva de como os sistemas espaciais podem servir à integração do País. “Hoje, o SGDC leva conexão a unidades de saúde, escolas, comunidades em condições de vulnerabilidade remotas, principalmente agora em tempos de pandemia. O SGDC foi exemplo concreto de como podemos fazer bom uso dos sistemas espaciais”, afirmou.

“O ministro Pontes tem insistido, desde o início deste governo, que devemos usar o espaço para resolver situações concretas do cidadão brasileiro. E é isso que percebemos na proposta da Visiona, com o desenvolvimento do primeiro satélite projetado pela indústria nacional (VCUB 1), em linha com as tendências mundiais: com sistemas bem compactos e versáteis pode-se, assim, desenvolver aplicações que resolvam uma plêiade de demandas da sociedade brasileira”, ressaltou Carlos Moura.

Viabilização de arranjos
O acordo representa o interesse da AEB em viabilizar arranjos para que esse tipo de iniciativa se transforme em soluções revolucionárias para o sistema espacial brasileiro. O presidente da Visiona, João Paulo Campos, acredita que a concretização do Protocolo de Intenções é um passo muito importante e destaca o desenvolvimento do VCUB1, fruto de uma política bem implementada e bem pensada na área espacial.

João Paulo Campos também destacou na cerimônia o empenho e esforço da AEB, seguindo objetivo delineado no PNAE, de criar uma empresa integradora para o setor espacial, que possa atuar como um catalizador dinamizando o setor industrial no Brasil. Destacou ainda que o espaço tem que contribuir com a vida das pessoas e que o VCUB pode não só se tornar um vetor para entrega de serviços relevantes como também agregar ainda mais empresas nacionais e universidades para o projeto. Campos agradeceu ainda a participação da AEB no programa de absorção de tecnologia do SGDC, o qual permitiu a formação dos técnicos que hoje estão construindo o VCUB1.

O Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider, acredita efetivamente que uma fronteira a ser desvendada e explorada é a fronteira do espaço. Para Schneider, a criação da Visiona e a dedicação da Embraer, com esforço e recursos investidos na área, demonstram a importância que a empresa dedica ao setor, embora pense que esse trabalho precisa ser feito junto com o Estado brasileiro.

Ao aliar suas competências e capacidades, a AEB e a Visiona têm interesse em propor soluções baseadas em plataformas espaciais, bem como, a consequente integração de novas tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Big Data -processamento de grandes volumes de dados armazenados – em suas aplicações e soluções.

Entre as responsabilidades das duas instituições estão iniciativas, como discussão de propostas para a área espacial, em atendimento às demandas prioritárias da sociedade brasileira.

A Diretoria de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento (DSAD) da AEB e a Diretoria de Contratos e Novos Negócios da Visiona serão os setores responsáveis pela gestão do Protocolo, que terá 24 meses de vigência, podendo ser renovado.

Respiradores fabricados pela WEG fazem parte da força tarefa com a participação da ACM




A ACM – Associação Catarinense de Medicina enfatiza a importância de mais uma conquista da força-tarefa por respiradores em Santa Catarina, para o enfrentamento à Covid-19. O compromisso firmado entre o Governo do Estado e a WEG, empresa catarinense, para a produção de 500 respiradores é uma nova resposta à atuação da entidade médica ao lado da FIESC (Federação das Indústria de Santa Catarina), num grande plano de contingência que vem buscando várias alternativas para resolver um dos maiores desafios da pandemia do novo coronavírus, que é a compra, a importação ou a produção de equipamentos de ventilação mecânica, para salvar vida de catarinenses.

As negociações com a WEG iniciaram desde os primeiros meses do ano, permitindo que a indústria de Jaraguá do Sul adequasse sua estrutura para a produção desses equipamentos, inclusive já com a liberação com a Anvisa.

A ACM, em parceria com a FIESC, vem atuando em pelo menos quatro frentes especiais:
1) Mapeamento, identificação e contato com importadores em todo o mundo, particularmente da China, no sentido de identificar possíveis fornecedores para entrega dentro dos prazos necessários, diante da previsão do pico da doença no Brasil.
2) Identificação e gestão das ações necessárias para reparação de respiradores inativos, por defeito corrigível, espalhados por almoxarifados de hospitais do governo ou da rede privada em todo Estado de Santa Catarina.
3) Desenvolvimento de tecnologias para adaptação de ventiladores pulmonares com potencial de atender os requisitos técnicos necessários ao tratamento da doença.
4) Suporte e ampliação da fabricação de equipamentos nacionais já certificado, visando à produção em parceria com empresas de maior porte e com capacidade financeira e operacional para atender as demandas necessárias ao pico da crise da pandemia no Brasil.

Segundo o presidente da entidade, todos os cuidados necessários vêm sendo adotados nessas atividades, evitando qualquer problema na capacidade técnica dos equipamentos, nos processos de fabricação e de importação, com toda a transparência indispensável e com a apuração minuciosa da capacidade dos respiradores. São pelo menos quatro etapas centrais, repleta de detalhes, que envolvem o desenvolvimento do projeto e do protótipo, testes de aplicabilidade clínica, produção em escala industrial e maturidade de uso nos leitos de UTIs.

Congo Airways altera pedido do Embraer E175 para E190-E2




*Embraer - 26/05/2020

A Congo Airways alterou o pedido firme feito em dezembro de 2019, originalmente para duas aeronaves E175, com direitos de compra de duas unidades adicionais do mesmo modelo, para uma encomenda de dois jatos E190-E2, com direitos de compra para mais dois. O novo contrato possui valor total de USD 256 milhões, de acordo com os atuais preços de lista, com todos os direitos de compra sendo exercidos, e será incluso na carteira de pedidos (backlog) da Embraer do segundo trimestre de 2020.

Desire Bantu, CEO da Congo Airways afirmou que “os novos jatos irão substituirão nossos turboélices, permitido expandir nossas operações na República Democrática do Congo e, regionalmente, para a África Ocidental, Central e Sul. Apesar das dificuldades enfrentadas pelas circunstâncias atuais, nossos fundamentos não mudaram; então esperamos que o momento que vivemos no passado seja reconstruído. Disse, em dezembro, que possivelmente teríamos de fazer um pedido adicional de jatos E2, por conta da agilidade necessária de adaptação às mudanças de mercado – e agora chegamos a esse ponto. Enquanto nos preparamos para um futuro de sucesso, teremos a flexibilidade, aeronave mais eficiente, e com o tamanho correto, para servir aos clientes à medida que o mercado se reestabeleça.”

“É ótimo poder receber uma nova companhia aérea na família de operadores do E2, especialmente na África, onde a demanda por viagens domésticas cresceu fortemente antes da crise atual. A África tem sido um mercado com baixas frequências de voo e de rotas finas e longas. Assim que as companhias aéreas recomeçarem as operações, a família de aeronaves E2 estará perfeitamente posicionada para o dimensionamento correto das rotas, previamente operadas por aeronaves maiores de corredor único, enquanto mantém frequências e ajusta a capacidade em novos níveis”, diz Raul Villaron, Diretor de Vendas para África e Oriente Médio da Embraer Aviação Comercial. “Estamos ansiosos por poder continuar apoiando a Congo Airways na medida em que continua a atualizar as ofertas para seus clientes.”

A aeronave será configurada com duas classes de serviço, podendo comportar até 96 passageiros, com 12 assentos escalonados na classe executiva. O início das entregas está previsto para o segundo trimestre de 2022. Este é o segundo pedido de E2 recebido de um cliente africano. Atualmente, há 189 aeronaves da Embraer operando na África, com 54 companhias aéreas e 27 países.

A Embraer é líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e possui mais de 100 clientes em todo o mundo. Apenas para o programa de E-Jets, a Embraer registrou mais de 1.800 pedidos e 1.500 aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando nas frotas de 80 clientes em 50 países. A versátil família de aeronaves de 70 a 150 assentos opera com companhias aéreas de baixo custo, regionais e tradicionais.


25 maio, 2020

Taurus Armas já produziu e doou mais de 100 mil protetores faciais modelo "Face Shield"



*LCA Defense Consulting - 25/05/2020

Na última sexta-feira, dia 22 de maio, foram enviados 15.000 protetores faciais para os Estados de Alagoas, Amapá e Roraima, com o apoio logístico da FAB - ALA 3 - Comando de Preparo, da Base Aérea de Canoas.

Até agora, já foram doados mais de 100 mil protetores faciais modelo "Face Shield", através de esforços conjuntos da TAURUS, em parceria com militares do Exército Brasileiro, UFRGS e empresas parceiras.

Cooperação entre ABIMDE e entidade indiana deve impulsionar exportações




As empresas que integram a BID (Base Industrial de Defesa) ganham um importantíssimo canal de comércio internacional, por meio da parceria entre a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) e a SIDM (Society of Indian Defence Manufacturers), principal órgão da indústria de defesa da Índia. Este foi o tema do meeting online realizado na manhã desta segunda-feira (25/5).

No evento estiveram presentes os presidentes da ABIMDE, Dr. Roberto Gallo e da SIDM, senhor Jayant D. Patil. Também participaram o embaixador do Brasil na Índia, André Correia do Lago; o encarregado de negócios da Embaixada da Índia em Brasília, Shri Koventhan; o adido de defesa da Índia no Brasil, Coronel Masij Lal; e o secretário conjunto do Governo da Índia no Departamento de Produção de Defesa, Sanjay Jaju.

Dr. Gallo falou sobre os pontos em comum entre Brasil e Índia e como a parceria entre as indústrias de defesa será importante para o crescimento econômico dos dois países. “São democracias fortes, de Constituições consolidadas, que possuem uma relação de respeito com outros países”.

O presidente da ABIMDE falou dos desafios da indústria de defesa nos dois países, como estimular a cadeia de suprimentos para o mercado internacional, mas destacou a possibilidade de crescimento com as novas demandas surgidas com a pandemia mundial da Covid-19. “Seremos um grupo alternativo para fornecer a outros países o que eles não conseguem produzir”.

O Embaixador brasileiro parabenizou a ABIMDE pela parceria com o segmento de defesa indiano e destacou a importância da visita do presidente Jair Bolsonaro à Índia, em janeiro deste ano, para a intensificação das tratativas.

O presidente da SIDM apontou que a parceria entre as duas entidades é “muito mais do que negócios, é a essência da união de nossos países para um assunto muito complexo. Precisamos desenvolver nossa capacidade industrial e esse setor (Defesa) é um dos mais importantes". Patil também falou da possibilidade de o primeiro-ministro indiano Narendra Modi retribuir a visita do presidente Bolsonaro.

Memorando de entendimentos

O encontro online realizado nesta segunda-feira fez parte das ações que marcam a assinatura do Memorando de Entendimentos entre a ABIMDE e a SIDM.

A parceria foi um dos resultados conquistados pela ABIMDE, que esteve presente na ação do governo federal, que levou uma comitiva presidencial à Índia no começo deste ano. A entidade participou do Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa (DID), no contexto do India-Brazil Business Day, que teve como objetivo fomentar a BID (Base Industrial de Defesa) e aumentar o volume de exportações.

23 maio, 2020

AVIBRAS se engaja na produção e doação de materias de proteção contra o coronavírus




O videolaringoscópio para entubar pacientes com Covid 19 que Avibras está fabricando para doar aos hospitais. Evita contato direto do paciente com o médico.

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A AVIBRAS fez mais uma doação de máscaras de proteção facial, modelo Face Shield, para os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate ao Coronavírus (COVID-19) na região. Desta vez a Prefeitura de Jacareí recebeu os equipamentos de proteção na quarta-feira, dia 13 de maio.

A companhia criou uma frente de trabalho dedicada a encontrar soluções e alternativas de curto prazo para diminuir os efeitos da pandemia em sua área de atuação: São José dos Campos, Jacareí e Lorena, prestando assistência aos profissionais da saúde.

As doações prosseguirão nas próximas semanas para outras prefeituras da região.

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A AVIBRAS doou nesta sexta-feira, dia 08/05, máscaras de proteção facial, modelo Face Shield, para a Prefeitura de São José dos Campos. A empresa está à frente de várias iniciativas de apoio ao combate ao Coronavírus (COVID-19) em suas áreas de atuação: São José dos Campos, Jacareí e Lorena, prestando assistência aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente, contribuindo para a prevenção, tratamento e diminuição dos impactos da pandemia.

Fabricadas pela empresa, as máscaras atendem a Norma ABNT NBR ISO 13688:2017 para utilização pelos profissionais da saúde. O modelo é ajustável e reutilizável.

O projeto envolveu várias áreas da empresa como engenharia do produto, produção industrial e suprimentos.

Para a AVIBRAS, este momento é de solidariedade e preocupação com o próximo. As iniciativas de apoio ao combate à pandemia também reforçam o papel da companhia no desenvolvimento sustentável da comunidade local.

Nas próximas semana AVIBRAS também fará doações para as Prefeituras de Jacareí e Lorena.

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A AVIBRAS doou no dia 22 de abril, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para a RINEM (Rede Integrada de Emergência) do Vale do Paraíba. Os equipamentos serão utilizados pelos profissionais que trabalham na assistência às vítimas do Coronavírus – COVID-19 na região.

Foram doadas luvas de segurança nitrílica descartável e macacões Tyveck com capuz nos mais variados tamanhos. Esta ação faz parte de uma série de iniciativas da empresa de apoio ao combate à proliferação do Coronavírus em suas áreas de atuação.

Criada há 28 anos, a RINEM atende situações de emergência que possam colocar em risco a vida humana, patrimônios públicos ou o meio ambiente. Além da AVIBRAS, outras 42 empresas integram a rede sob a coordenação do Corpo de Bombeiros. São mais de 60 estações de comunicação de ocorrências, incluindo a Casa Civil do Estado.

Embraer ganha um improvável cliente para seus E-Jets na Líbia




Uma nova companhia aérea da líbia, batizada de Fly Desert, acaba de dar mais informações sobre suas futuras operações em seu recém-lançado site na internet. Além de escassos detalhes operacionais, a página menciona que a frota da companhia aérea será inicialmente composta por dois Embraer E190 E1.

Nota-se que a empresa aérea é de poucas palavras e já chegou a deixar algum mistério no ar recentemente, quando postou imagens de vários modelos de aviões com suas cores em seu perfil no Twitter, inclusive um Boeing 787 e um 737-800, além do E-Jet. No entanto, parece que a decisão final inclinou para o lado do Brasil.

Ainda não há muitas informações sobre a empresa, no entanto o mapa de rotas mostra duas operações acontecendo em paralelo, uma baseada em Trípoli e outra em Benghazi, com apenas voos domésticos num primeiro momento, mas com a promessa de voos internacionais para o futuro.

Voar na Líbia nunca foi tarefa fácil. Com uma guerra civil se estendendo por anos, os aeroportos costumam estar no centro dos alvos de terroristas e guerrilheiros. Recentemente, reportamos por aqui sobre dois aviões Airbus, um A320 e um A330, danificados por morteiros no aeroporto de Tripoli. Embora o A330 esteja em manutenção, o A320 será retirado de operação.

Esperamos que esse não seja o destino dos Embraer da Fly Desert.

A quem quiser se aventurar a ler em árabe, o site da empresa aérea na internet pode ser acessado por aqui, mas, felizmente, para os demais mortais há uma versão em inglês.

22 maio, 2020

Weg assegura ter saúde financeira para superar Covid-19




Robustez financeira suficiente para atravessar 2020, representado por um “caixa bruto” de R$ 3,4 bilhões, no final do 1º trimestre do ano. Essa segurança foi transmitida por diretores da Weg S.A., líder global em motores elétricos, para analistas brasileiros de importantes bancos. E se tivesse de baixar 100% do endividamento, mesmo assim, sobraria um caixa líquido de R$ 908 milhões, em 31 de março. “Essa situação permite atravessarmos de forma equilibrada o período de deterioração macroeconômica causada pela Covid-19”, afirmou o diretor de Finanças de Relações com Investidores, Paulo Polezi.

“É importante ressaltar que não temos vencimentos relevantes de dívidas nos próximos 12 meses e também não temos nenhuma pressão de covenants financeiros”, disse Polezi. Os covenants seriam “uma parcela muito pequena”. “Esta combinação de balanço sólido e baixo endividamento deve assegurar condições favoráveis para conseguirmos suportar essa crise”, completou.

A teleconferência da Weg com os analistas de bancos (Bradesco BBI, UBS, BTG Pactual, Banco do Brasil, Credit Suisse e HSBC) foi no dia 30 de abril, mas a transcrição enviada à Bolsa de Valores ontem (21/05). A multinacional brasileira tem plantas em mais dez países: China, Estados Unidos, Colômbia, México, Áustria, Portugal, Argentina, África do Sul, Alemanha e Índia. Mas sempre manteve a sede do grupo onde foi fundada, em 1961, em Jaraguá do Sul (SC).

Lucro elevado em 47,2%
Mesmo com os efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Weg contabilizou receita líquida de R$ 3,714 bilhões. Foi, portanto, 26,7% superior a de mesmo período em 2019. O lucro líquido, de R$ 453,9 milhões, superior 47,2%. A geração de caixa (EBITDA) da empresa evoluiu 34,1%, para R$ 619 milhões. Apesar da crise, no período, realizou investimentos de R$ 126 milhões.

O diretor-superintendente Administrativo Financeiro, André Luiz Rodrigues, observou que a empresa paralisou temporariamente as quatro fábricas na China. Isso foi em fevereiro, no ápice da pandemia surgida na cidade Wuhan.

A Weg registrou ativos de R$ 17,3 bilhões, mais 10,7% em relação ao último trimestre de 2019. O patrimônio líquido era de R$ 9,8 bilhões (+10,68%). Além de motores, empresa fornece equipamentos e soluções para vários segmentos: geração eólica, eletrônico, tecnologia, tintas e vernizes.

O superintendente Administrativo Financeiro chamou atenção para aspectos da segurança dos funcionários e parceiros. Detalhou, por exemplo, que as ações foram divididas em três “níveis de comitê de crise”: executivo, operacional e no exterior.

Mas que a Weg se valeu muito de aprendizados como a pandemia H1N1, no México, em 2009, e da própria Covid-19. Além disso, implementou procedimentos para preservar a estrutura de seus negócios: monitoramento dos riscos de crédito dos clientes; otimização do ciclo financeiro; revisão do plano anual de investimentos; e, manutenção de posição de caixa.

Sobre as perspectivas da Weg, André Rodrigues, ponderou: “… eu gostaria de comentar sobre as nossas perspectivas para o ano de 2020, que são muito diferentes daquelas que tínhamos visibilidade no início do ano. Vale destacar que ainda estamos no meio da pandemia, vivendo um cenário de muitas incertezas e fazer qualquer tipo de projeção seria precipitado neste momento”.

20 maio, 2020

Guarda Civil Municipal de Vitória adquire 230 pistolas Taurus TH40 Hammer

Pistolas modelo TH40 Hammer

*LRCA Defense Consulting - 20/05/2020

No dia 14 de maio, a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCM) recebeu 230 novas pistolas modelo TH40 Hammer (calibre .40), fabricadas pela Taurus. Adquiridas pelo montante de R$ 957.402,60, as armas passarão a ser o armamento de dotação individual dessa corporação.

Na entrega dos equipamentos, que aconteceu na base operacional da GCM, estavam presentes o Chefe de Equipe da Guarda Civil Gevanildo Lins Ribeiro, o Coordenador de Logística Leonardo Rodrigues de Souza e o representante da Taurus Rafael Denti.

As pistolas TH40 fazem parte da linha T Series, especialmente desenvolvida para o mercado militar e policial. O armamento recebido já é amplamente utilizado no cenário nacional por ser uma pistola bastante confiável.

“É uma grande satisfação para a Taurus dispor seus armamentos e contribuir para manter as guardas municipais do nosso país bem equipadas, com armas de alto desempenho e qualidade. Agradecemos a confiança mais uma vez em nossos produtos”, afirma Salesio Nuhs, presidente da Taurus.

CEIIA e DESAER firmam acordo para desenvolver a aeronave ATL-100

DESAER ATL-100

*Poder Aéreo - 20/05/2020

O CEIIA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, sediado em Matosinhos, distrito do Porto, e a DESAER — Desenvolvimento Aeronáutico firmaram um acordo para o desenvolvimento, industrialização e comercialização de uma aeronave de transporte leve, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o CEIIA, que concebe, desenvolve protótipos e opera produtos e serviços inovadores nas indústrias da mobilidade, designadamente aeronáutica, automóvel e oceanos, e a DESAER, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de aeronaves de diversas tipologias, diz que assinaram um “acordo de `Joint-Venture` para o desenvolvimento, industrialização e comercialização de uma aeronave de transporte leve”.

“O ATL-100 é uma aeronave de uso civil e militar, com configurações para o transporte de passageiros (até 19 passageiros) e para carga (2,5 toneladas), com o objetivo de endereçar as necessidades de transporte regional em áreas já adensadas e nas regiões mais remotas, necessitando de pouco apoio de infraestrutura no solo e possibilidade de aterrar em pistas curtas e não pavimentadas”, indica a nota.

Este centro de engenharia sublinha que “a fase de desenvolvimento do projeto, agora com decisiva participação do CEIIA, será executada em 3 anos, seguida das fases de industrialização e comercialização”, acrescentando que, “em todas as fases, o projeto vai ser executado por profissionais portugueses e brasileiros em infraestruturas localizadas em Portugal e no Brasil”.

“O desenvolvimento do ATL-100 terá como alicerce o foco na sustentabilidade, não só pela aplicação de tecnologias menos poluentes em seus componentes, mas, também, pela perspetiva de utilização, no futuro, de novas tecnologias como motores elétricos”, lê-se na nota.

O comunicado destaca ainda que “o CEIIA e a DESAER entendem que esta parceria, que agrega competências complementares do setor aeroespacial de Portugal e do Brasil, além de ser um importante projeto de inovação tecnológica e de criação de renda e emprego em ambos os países, surge com especial relevância agora como um contra-ataque aos efeitos danosos sobre a economia mundial causados pela crise da covid-19”.

FONTE: RTP/Lusa

Thyssenkrupp Marine Systems vai comprar o estaleiro Oceana no Brasil

Estaleiro Oceana
Estaleiro Oceana


*Poder Naval - 20/05/2020

A thyssenkrupp Marine Systems – com sede em Kiel, na Alemanha – acaba de assinar o contrato para adquirir o estaleiro Oceana (Itajaí/SC) da empresa Aliança S.A., pertencente ao Grupo CBO, líder em embarcações de apoio offshore e um dos maiores empregadores de profissionais marítimos qualificados no mercado brasileiro.

O acordo cria a base inicial para a construção das fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, bem como para um maior crescimento da empresa no país. A operação está sujeita à aprovação das autoridades antitruste e à entrada em vigor oficial do contrato das fragatas – previsto para meados de 2020. A aquisição será, então, executada por meio da subsidiária brasileira thyssenkrupp Marine Systems do Brasil. Por acordo, o valor da transação não será divulgado.

“Mesmo em tempos difíceis como estes, seguimos com determinação e permanecemos fortemente ao lado dos nossos clientes. Com o Oceana, temos uma excelente infraestrutura para a construção da fragata mais moderna do país para a Marinha do Brasil. A aquisição destaca nosso compromisso com o Brasil e será um fator econômico importante, especialmente nos dias de hoje. O estaleiro também nos oferece a perspectiva de assumirmos encomendas de outros clientes, não só localmente, mas também em outros países da América do Sul”, afirma Dr. Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp Marine Systems.

O estaleiro Oceana foi criado em 2013 para a produção de navios de apoio offshore de alta qualidade e tecnologia e é ideal para projetos de grande dimensão. Nos próximos dois anos, serão recrutados 800 trabalhadores locais apenas para o projeto da Classe Tamandaré. Isso significa que podem ser construídos no Brasil navios de alto valor agregado nacional. A entrega dos navios está prevista para o período entre 2025 e 2028.

A Águas Azuis é uma sociedade de propósito específico estabelecida entre a thyssenkrupp Marine Systems (líder), a Embraer Defesa & Segurança e a Atech e será responsável pela execução das quatro fragatas.

Modelo da Fragata classe Tamandaré

Sobre a thyssenkrupp Marine Systems

A thyssenkrupp Marine Systems, com cerca de 6 mil funcionários, é uma das principais empresas navais do mundo e fornecedora de sistemas na construção de embarcações subaquáticas e de superfície, bem como em eletrônica naval e tecnologia de defesa. Mais de 180 anos de história e a constante busca por melhorias permitiram à empresa estabelecer novos padrões. A thyssenkrupp Marine Systems oferece aos seus clientes soluções personalizadas para desafios altamente complexos em um mundo em constante mudança. Os funcionários da thyssenkrupp Marine Systems são as forças motrizes por trás do sucesso da empresa e moldam todos os dias o futuro da empresa com paixão e comprometimento.

Sobre o Grupo CBO

Com mais de 40 anos de tradição e reconhecido pela excelência na prestação de serviços marítimos, o Grupo CBO é uma das empresas líderes do segmento de afretamento de embarcações para suporte a indústria de óleo e gás no Brasil e no exterior. A empresa tem como acionistas os fundos de Private Equity Pátria Investimentos e Vinci Partners, e BNDESPar. Atualmente, o Grupo detém uma frota de 33 embarcações de diferentes tipos, entre PSV, RSV, OSRV e AHTS, e mais de 1100 funcionários em suas bases de Niterói (RJ), Macaé (RJ) e Itajaí (SC).

DIVULGAÇÃO: Ideal H+K Strategies

19 maio, 2020

Taurus Armas e CBC, duas brasileiras no centro do "big bang" de defesa indiano


*LRCA Defense Consulting - 19/05/2020 (atualizado em 20/05, às 08:40)

Em meados deste mês, como parte das grandes iniciativas para impulsionar a economia em um mundo pós-Covid-19, a Índia começou a implantar uma reforma histórica na produção e na aquisição de seu material de defesa.

Com um orçamento anual de defesa de cerca de US $ 70 bilhões, ficando atrás apenas dos EUA (US $ 732 bilhões) e da China (US $ 261 bilhões) em termos de gastos militares em todo o mundo, o gigante asiático é também o segundo maior comprador internacional de armas estrangeiras depois da Arábia Saudita, respondendo por 9,2% do total das importações mundiais durante o período 2015-2019.

No entanto, "isso não acontecerá mais", segundo declarou a Ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, no dia 16. As forças armadas terão agora que abandonar sua propensão a exigir sistemas e plataformas de armas estrangeiras de custo altíssimo, a menos que não possam ser fabricados na Índia por meio de joint ventures com armadores globais e empresas de aviação.

O "big bang" do setor de Defesa
Embora algumas armas de ponta continuem sendo importadas, a Índia interromperá a importação de armas que possam ser fabricadas de forma autônoma, a fim de reduzir a "enorme importação de defesa", com um impulso também na fabricação doméstica, mesmo nas peças caras das armas importadas. Além disso, haverá aumento dos limites do investimento direto estrangeiro (IDE), participação do setor privado em viagens no espaço e centros de exploração interplanetária, e de incubação de tecnologia para empresas privadas ligadas à pesquisa nuclear.

Um orçamento de capital separado, por sua vez, também será criado para comprar armas produzidas nacionalmente, disse ela, sem esclarecer se isso será adicional à alocação anual ou se será retirado do orçamento de capital das forças armadas.

As novas reformas significam um decisivo impulso governamental ao programa "Make in India" e estão sendo conhecidas como o "big bang" indiano do setor de Defesa, pois irão mudar radicalmente as relações de produção e de importação nessa delicada área da economia e da estratégia nacionais.




Taurus Armas e CBC estão aptas a participar do "big bang" indiano
Analistas do setor de defesa acreditam que as brasileiras Taurus Armas S.A. e CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos estejam entre as empresas que mais podem se beneficiar da nova política, haja vista que ousaram firmar parcerias no país em momentos anteriores à pandemia e dominam dois setores congruentes em que há um alto índice de obsolescência no material fabricado na Índia: armas portáteis e munições.

Taurus Armas
A empresa gaúcha Taurus Armas firmou, em 27 de janeiro, uma joint venture na Índia com o Jindal Group visando a fabricação e a comercialização de armas portáteis em território indiano, no âmbito do programa "Make in India". O Jindal Group é o maior fabricante de aço da Índia e um dos dez maiores do mundo, detentor de um faturamento superior a US$ 24 bilhões e com 200 mil funcionários no mundo, sendo 45 mil deles somente na divisão de aço.

O aporte da empresa brasileira se dará por meio da transferência de tecnologia para o Jindal Group, ou seja, não haverá dispêndio financeiro por parte da Taurus.

O governo da Índia estava realizando uma milionária licitação internacional para adquirir uma grande quantidade de fuzis CQB (close-quarter-battle) para equipar suas forças policiais e militares. Com a nova política, o fuzil Taurus T4 (em suas três versões) a ser produzido no país, é o grande trunfo da empresa. Segundo a Taurus: “Existe uma expectativa de o governo comprar meio milhão de fuzis em cinco anos”.

A pistola padrão das forças armadas, paramilitares e policiais indianas é a Pistol Auto 9mm 1A, uma antiga e obsoleta pistola semiautomática de ação simples. Em virtude dessa obsolescência, a joint venture entre a Taurus Armas S.A. e o Jindal Group poderá também fabricar a nova pistola padrão para as forças armadas, paramilitares e policiais. Para estas áreas, a Taurus disponibiliza pistolas de última geração, como a TS9, por exemplo.

CBC
A paulista CBC estabeleceu, em 2018, uma joint venture com a empresa indiana Stumpp Schuele & Somappa Springs (SSS Springs) - maior produtora de molas de alta qualidade para o mercado automotivo e de defesa, dentro da iniciativa "Make in India". A nova empresa se chama Stumpp Schuele & Somappa Defense (SSS Defense) e sua futura fábrica será instalada na cidade de Anantapur, no estado de Andhra Pradesh, em área com mais de 100.000m2 já adquirida pela sociedade. A estimativa é iniciar a produção no final de 2021. Assim, a SSS Defense poderá se tornar a grande fornecedora de munições para armas portáteis de todos os principais calibres em uso pelas forças armadas e policiais do país, bem como para o mercado civil.

O fato de a SSS Defense vir a produzir munições (por meio da parceria com a CBC) será potencializado com a joint venture entre a Taurus Armas e o Jindal Group, pois esta última passará a produzir fuzis CQB (para uso a curta distância), pistolas, submetralhadoras, carabinas, espingardas e revólveres para as forças armadas, policiais e mercado civil, fechando um inédito círculo produtivo de alta tecnologia suficientemente forte para preencher o enorme hiato de obsolescência que há na Índia com relação a esses produtos.
 
Em consequência das joint ventures e do agora chamado "big bang" indiano, CBC e Taurus Armas já estão aptas a participar de um novo e promissor cenário no país asiático, podendo vir a assumir, no médio e longo prazos, uma posição de proeminência no mercado indiano de defesa/segurança ao oferecer soluções completas de alta tecnologia em termos de munições e armas portáteis, já que, apesar de as parcerias serem formadas com empresas distintas, o fato de a CBC ser a controladora da Taurus Armas tende a facilitar e potencializar os entendimentos entre ambas.

Logo da Taurus registrado na Índia em 11/05/2019


Taurus Armas poderá iniciar a produção na Índia em abril ou maio de 2021
Com previsão inicial de ter a produção iniciada em Set/Out de 2020, as consequências da pandemia fizeram com que a joint venture da empresa gaúcha na Índia alterasse seus planos.

Segundo o portal indiano especializado Defence Gyan, o início das atividades da empresa está previsto para março de 2021, com a produção entregando as primeiras armas em abril ou maio desse ano. (Atualização: após a publicação desta matéria, o portal tornou "privado" o vídeo.)

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