*Época Negócios - 19/04/2020
O cenário para as fabricantes de aviões é tão delicado que, segundo fontes do setor, pode atrapalhar a conclusão da venda da Embraer para a Boeing.
"A prioridade da Boeing deixou de ser o acordo e passou a ser a própria sobrevivência", disse uma fonte do mercado. A americana já indicou que a indústria aeroespacial precisará de US$ 60 bilhões do governo americano para sobreviver a crise. Entre os entraves apontados por analistas está a capacidade de a empresa pagar os US$ 4,2 bilhões pelos quais o acordo foi fechado.
Além da redução da demanda por jatos prevista para os próximos anos, os dois acidentes com os aviões 737 MAX, que mataram 346 pessoas e levaram o modelo a parar de operar, já haviam prejudicado a situação de caixa da companhia.Outro problema é o valor do contrato, que foi fechado entre as duas empresas em julho de 2018. Um dia antes do negócio ser anunciado, a empresa valia R$ 19,8 bilhões no mercado.
Hoje, esse número é de R$ 7,3 bilhões, um recuo de 63%.Analistas apontam que uma possibilidade agora é que a Boeing retarde a conclusão do negócio. Mas, caso o acordo não seja fechado, a brasileira pode precisar de ajuda do governo para atravessar o período. Também seria possível buscar um acordo de venda com a China, que quer crescer no setor com a estatal Comac.Desde o ano passado, o acordo entre as empresas vinha sofrendo dificuldade para conseguir aval das autoridades reguladoras da União Europeia, o que atrasou a conclusão do negócio. A previsão inicial era que a americana assumisse os 80% da divisão de jatos comerciais da brasileira no fim do ano passado.
Procurada, a Boeing afirmou não comentar "discussões entre as partes ou especulações do mercado". "Estamos trabalhando no processo de aprovações regulatórias e em condições ainda pendentes para a conclusão do negócio." A Embraer, por sua vez, informou que continua "tomando todas as medidas necessárias para a conclusão do acordo".
"A prioridade da Boeing deixou de ser o acordo e passou a ser a própria sobrevivência", disse uma fonte do mercado. A americana já indicou que a indústria aeroespacial precisará de US$ 60 bilhões do governo americano para sobreviver a crise. Entre os entraves apontados por analistas está a capacidade de a empresa pagar os US$ 4,2 bilhões pelos quais o acordo foi fechado.
Além da redução da demanda por jatos prevista para os próximos anos, os dois acidentes com os aviões 737 MAX, que mataram 346 pessoas e levaram o modelo a parar de operar, já haviam prejudicado a situação de caixa da companhia.Outro problema é o valor do contrato, que foi fechado entre as duas empresas em julho de 2018. Um dia antes do negócio ser anunciado, a empresa valia R$ 19,8 bilhões no mercado.
Hoje, esse número é de R$ 7,3 bilhões, um recuo de 63%.Analistas apontam que uma possibilidade agora é que a Boeing retarde a conclusão do negócio. Mas, caso o acordo não seja fechado, a brasileira pode precisar de ajuda do governo para atravessar o período. Também seria possível buscar um acordo de venda com a China, que quer crescer no setor com a estatal Comac.Desde o ano passado, o acordo entre as empresas vinha sofrendo dificuldade para conseguir aval das autoridades reguladoras da União Europeia, o que atrasou a conclusão do negócio. A previsão inicial era que a americana assumisse os 80% da divisão de jatos comerciais da brasileira no fim do ano passado.
Procurada, a Boeing afirmou não comentar "discussões entre as partes ou especulações do mercado". "Estamos trabalhando no processo de aprovações regulatórias e em condições ainda pendentes para a conclusão do negócio." A Embraer, por sua vez, informou que continua "tomando todas as medidas necessárias para a conclusão do acordo".
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