*Defesanet - 21/03/2020
Tempos atrás, se dizia que quando os Estados Unidos espirravam, o mundo ficava gripado e o Brasil pegava pneumonia. A economia brasileira ficou mais sólida a partir do Plano Real e entramos para o time dos que ficavam apenas gripados.
Em 2003, quando surgiu na China a epidemia do coronavírus SARS, o PIB chinês representava 4% da economia mundial. Agora, representa 16%. Se o coronavírus COVID-19 tivesse provocado unicamente uma epidemia na China, o efeito na economia mundial já seria relevante. Ao virar pandemia, o quadro se agravou dramaticamente, indicando desde já recessão mundial em 2020. No Brasil, provavelmente, o promissor ano de 2020 se transformará em mais um ano perdido.
A situação econômica do Brasil é crítica. Precisamos avançar com a plataforma liberal; avançar com as privatizações; aprovar as reformas; enviar com urgência a reforma administrativa e enviar uma reforma tributária ou trabalhar nas propostas que já tramitam na Câmara e no Senado.
Mas, com a pandemia, um programa emergencial passou a ser prioridade absoluta. Empresas e pessoas mais vulneráveis precisam de recursos públicos para atravessar a crise que pode durar vários meses.
É hora de união de esforços, para implementar medidas de curto prazo capazes de evitar o colapso da economia e preparar o SUS para o previsível aumento exponencial do número de casos confirmados do coronavírus.
Mais do que preservar a economia, a principal missão do governo e da sociedade civil é salvar vidas.
Reconhecidamente, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta vem conduzindo com competência técnica e transparência a comunicação com a população.
Preocupa, entretanto, a falta de sintonia entre governo federal e governos estaduais. Não é hora de disputar protagonismo ou vencer discussões políticas. Como disse o Arcebispo Fulton Sheen, cada vez que ganhava uma discussão, uma alma era perdida. Não há dúvida sobre a gravidade da pandemia. Demorou um pouco, mas a população entendeu essa gravidade e está contribuindo com as autoridades na tentativa de conter a disseminação do coronavírus e o colapso do SUS.
O sucesso brasileiro nessa guerra exigirá ação integrada que vai muito além da área médica. O planejamento da logística de suprimentos será fundamental: suprimento de água, alimentos, máscaras de proteção, material de higiene, medicamentos, equipamentos.
A nomeação do General Braga Neto como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos do coronavírus veio em boa hora pois sua passagem como interventor federal do Estado do Rio de Janeiro acrescentou-lhe experiência incontestável em lidar com dificuldades em tempo de escassez financeira, logística e de pessoal num ambiente de extrema transparência e prestação de contas. Certamente veremos uma coordenação de alto nível que ajustará a ação dos vários ministérios e dos governos estaduais, em apoio ao ministério da saúde e às secretarias estaduais de saúde.
Temos que reconhecer os méritos deste governo e do Presidente Jair Bolsonaro em conseguir reunir um time de primeira linha na área executiva, independente de pressões político-partidárias.
Enfatize-se que nossas Forças Armadas e Forças Policiais podem e devem apoiar as três esferas de poder no esforço governamental para evitar que no Brasil a crise na saúde pública assuma proporções semelhantes às que ocorrem na Itália e na Espanha. Da mesma forma a Base Industrial de Defesa e Segurança está apta a se engajar nessa luta. Temos empresas capazes de produzir medicamentos, filtros especiais, contêineres médicos, ambulâncias, casas temporárias, armamento de menor potencial ofensivo, embarcações, entre outras.
Uma ação ajustada entre governo federal e governos estaduais poder levar à isenção dos tributos estaduais nas compras dos órgãos de segurança pública, defesa e de saúde pública. Afinal, é governo pagando imposto para governo numa conta de soma zero. Seria um fôlego adicional para aumentar em cerca de 30% o poder de compra dos agentes que serão fundamentais na guerra que travamos contra o Covid-19. Basta que o Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda – CONFAZ, se reúna – remotamente – para aprovar esta medida excepcional e temporária.
Independentemente de preferências partidárias e ideológicas, o momento requer união nacional em torno de um Pacto Federativo sério e resoluto.
Em 2003, quando surgiu na China a epidemia do coronavírus SARS, o PIB chinês representava 4% da economia mundial. Agora, representa 16%. Se o coronavírus COVID-19 tivesse provocado unicamente uma epidemia na China, o efeito na economia mundial já seria relevante. Ao virar pandemia, o quadro se agravou dramaticamente, indicando desde já recessão mundial em 2020. No Brasil, provavelmente, o promissor ano de 2020 se transformará em mais um ano perdido.
A situação econômica do Brasil é crítica. Precisamos avançar com a plataforma liberal; avançar com as privatizações; aprovar as reformas; enviar com urgência a reforma administrativa e enviar uma reforma tributária ou trabalhar nas propostas que já tramitam na Câmara e no Senado.
Mas, com a pandemia, um programa emergencial passou a ser prioridade absoluta. Empresas e pessoas mais vulneráveis precisam de recursos públicos para atravessar a crise que pode durar vários meses.
É hora de união de esforços, para implementar medidas de curto prazo capazes de evitar o colapso da economia e preparar o SUS para o previsível aumento exponencial do número de casos confirmados do coronavírus.
Mais do que preservar a economia, a principal missão do governo e da sociedade civil é salvar vidas.
Reconhecidamente, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta vem conduzindo com competência técnica e transparência a comunicação com a população.
Preocupa, entretanto, a falta de sintonia entre governo federal e governos estaduais. Não é hora de disputar protagonismo ou vencer discussões políticas. Como disse o Arcebispo Fulton Sheen, cada vez que ganhava uma discussão, uma alma era perdida. Não há dúvida sobre a gravidade da pandemia. Demorou um pouco, mas a população entendeu essa gravidade e está contribuindo com as autoridades na tentativa de conter a disseminação do coronavírus e o colapso do SUS.
O sucesso brasileiro nessa guerra exigirá ação integrada que vai muito além da área médica. O planejamento da logística de suprimentos será fundamental: suprimento de água, alimentos, máscaras de proteção, material de higiene, medicamentos, equipamentos.
A nomeação do General Braga Neto como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos do coronavírus veio em boa hora pois sua passagem como interventor federal do Estado do Rio de Janeiro acrescentou-lhe experiência incontestável em lidar com dificuldades em tempo de escassez financeira, logística e de pessoal num ambiente de extrema transparência e prestação de contas. Certamente veremos uma coordenação de alto nível que ajustará a ação dos vários ministérios e dos governos estaduais, em apoio ao ministério da saúde e às secretarias estaduais de saúde.
Temos que reconhecer os méritos deste governo e do Presidente Jair Bolsonaro em conseguir reunir um time de primeira linha na área executiva, independente de pressões político-partidárias.
Enfatize-se que nossas Forças Armadas e Forças Policiais podem e devem apoiar as três esferas de poder no esforço governamental para evitar que no Brasil a crise na saúde pública assuma proporções semelhantes às que ocorrem na Itália e na Espanha. Da mesma forma a Base Industrial de Defesa e Segurança está apta a se engajar nessa luta. Temos empresas capazes de produzir medicamentos, filtros especiais, contêineres médicos, ambulâncias, casas temporárias, armamento de menor potencial ofensivo, embarcações, entre outras.
Uma ação ajustada entre governo federal e governos estaduais poder levar à isenção dos tributos estaduais nas compras dos órgãos de segurança pública, defesa e de saúde pública. Afinal, é governo pagando imposto para governo numa conta de soma zero. Seria um fôlego adicional para aumentar em cerca de 30% o poder de compra dos agentes que serão fundamentais na guerra que travamos contra o Covid-19. Basta que o Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda – CONFAZ, se reúna – remotamente – para aprovar esta medida excepcional e temporária.
Independentemente de preferências partidárias e ideológicas, o momento requer união nacional em torno de um Pacto Federativo sério e resoluto.
*Carlos Erane Aguiar - Presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (SIMDE)
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