Pesquisar este portal

17 janeiro, 2020

WEG lança aerogerador de 4,2 megawatts de olho no mercado indiano de energia eólica

 
Aerogeradores no extremo sul do Brasil, região do Farol do Albardão. Foto: Roberto Caiafa.
 
*Tecnodefesa (por Roberto Caiafa) - 17/01/2020

Weg assinou com a Aliança Energia os primeiros contratos de fornecimento dos aerogeradores de 4,2 megawatts (MW), máquinas com maior potência e 82% mais eficientes do que as originalmente oferecidas pela empresa.
O diretor superintendente da WEG Energia, João Paulo da Silva, afirmou que a companhia está conversando com outros potenciais clientes dos equipamentos e pretende ofertá-los também na Índia, um dos maiores mercados do mundo para a energia eólica.
A estreia dos aerogeradores de 4,2 MW da Weg será em quatro parques eólicos da Aliança Energia – joint venture entre Vale e Cemig -, que somam 180,6 MW de capacidade instalada.
O negócio entre as empresas, no valor de R$ 590 milhões, envolve o fornecimento de 43 turbinas eólicas e serviços de logística, montagem e comissionamento, além de operação e manutenção.
As entregas dos equipamentos, que já entraram na carteira da Weg, devem começar em 2021 e se estender até 2022.
“Em termos de geração, essa máquina nova está bem competitiva, temos vários clientes interessados. E o fato de termos conseguido fechar esse contrato nos deixa duplamente satisfeitos, porque a empresa já comprou conosco e decidiu voltar para mais”, afirma o executivo da Weg.
A fabricante catarinense forneceu os equipamentos para o Complexo Eólico Santo Inácio, o primeiro da Aliança Energia, que entrou em operação comercial em dezembro de 2017.
A nova turbina está sendo desenvolvida pela Weg em parceria com a Engie e a Celesc, no âmbito de um projeto de P&D no valor de R$ 186 milhões.
Um protótipo está em fase final de construção e será instalado próximo ao complexo térmico Jorge Lacerda (SC), da Engie.
No futuro, as geradoras podem se tornar clientes do produto.
Mas a fabricante mira oportunidades para a máquina eólica também fora do Brasil: o foco está na Índia, onde a Weg já tem um complexo fabril e produz aerogeradores de 2,1 MW.
De acordo com Silva, a aposta na Índia se justifica pelo tamanho do mercado para geração eólica – quase três vezes maior do que o brasileiro – e pelo espaço para competir. “O mercado não é tão exaurido, em termos de concorrência, como o chinês”.
A Weg já está construindo um protótipo da turbina 4,2 MW na Índia, e pode iniciar cotações dos componentes para a fabricação local da máquina ainda no primeiro trimestre.
A ideia é lançar o produto no mercado indiano e, eventualmente, exportá-lo para outros países da região.
Sobre perspectivas para energias renováveis no Brasil, o diretor da Weg afirma que os sinais de melhora da economia, ainda que aquém do esperado, representam um “alento” para a implementação de novos projetos de geração em todos os segmentos. Ele lembra que o setor sofreu com a recessão econômica a partir de 2014, que reduziu o consumo de energia e estancou novos empreendimentos de geração.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem 8,4 gigawatts (GW) de capacidade contratada, distribuídos em 274 parques eólicos.
Desse total, 2,5 GW, ou 87 parques, estão em construção atualmente.
Fonte: Valor

Um comentário:

Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).

Postagem em destaque