Em mais esta matéria sobre o andamento dos programas da Marinha do Brasil, focando os subprogramas do Projeto de Construção do Núcleo do Poder Naval que já possuem execução física, trazemos o Projeto Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP).
Os dados são de documento fornecido pelo Ministério da Defesa, em julho de 2019, à CREDN – Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, atendendo a um pedido de informações.
Projeto Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP)
A etapa de desenvolvimento deu-se com a contratação de três empresas e uma fundação, todas nacionais. A OMNISYS ficou incumbida de desenvolver o autodiretor (seeker); à AVIBRAS couberam os subsistemas asas, calhas, o sistema propulsor e, ainda, a montagem e teste dos protótipos. O sistema de guiagem, navegação e controle (SGNC) e a telemetria ficaram a cargo da MECTRON, posteriormente substituída pela empresa SIATT. À Fundação Ezute coube o gerenciamento complementar realizado com uma equipe de especialistas em cada área de conhecimento necessário ao projeto.
Foi prevista para a etapa de desenvolvimento, além da produção de toda a documentação do trabalho realizado, a fabricação e testes de três protótipos. Até o término dessa etapa, os protótipos serão lançados e os dados atinentes aos respectivos voos, transmitidos pela telemetria embarcada, serão devidamente gravados e analisados.
A etapa de desenvolvimento se encerra logo após o lançamento do terceiro e último protótipo do MANSUP, previsto para 2019. A partir de então, serão iniciadas as contratações para que os protótipos sejam aperfeiçoados, transformados em produtos mais confiáveis, mais fáceis de fabricar e testar e, ainda, mais baratos. Essa transformação é chamada de “produtação”, ou seja, a transformação de protótipo em produto.
Os aperfeiçoamentos serão validados por meio de avaliações técnicas e operacionais, às quais serão submetidos os mísseis do primeiro lote, cujo fornecimento será contratado entre o final do corrente ano e o primeiro trimestre do próximo (2020).
Além de prover divisas, a exportação do MANSUP permitirá a continuidade da produção do produto, uma vez que a demanda histórica da MB não seria suficiente para manter as linhas de produção ativas.
Projeto Míssil Antinavio Nacional lançado por Aeronaves (MANAER)
O desenvolvimento do MANAER ocorrerá de forma análoga ao do MANSUP. Foi iniciado em 2014, com a contratação da AVIBRAS para absorver a tecnologia de fabricação do motor foguete do míssil Exocet AM39-B2M2. A transferência de tecnologia (ToT) pela fabricante do míssil, MBDA-France, está sendo custeada por créditos de offset, provenientes do contrato entre a FAB e o consórcio Airbus Helicopter/Helibras, para a aquisição dos helicópteros H225M.
O desenvolvimento do MANAER ocorrerá de forma análoga ao do MANSUP. Foi iniciado em 2014, com a contratação da AVIBRAS para absorver a tecnologia de fabricação do motor foguete do míssil Exocet AM39-B2M2. A transferência de tecnologia (ToT) pela fabricante do míssil, MBDA-France, está sendo custeada por créditos de offset, provenientes do contrato entre a FAB e o consórcio Airbus Helicopter/Helibras, para a aquisição dos helicópteros H225M.
Posteriormente, após a ToT ter logrado êxito, terão início as contratações para o desenvolvimento do MANAER, nos mesmos moldes do adotado pelo MANSUP.
O desenvolvimento e a fabricação no País, desse tipo de armamento inteligente, criam empregos diretos e indiretos nas diversas instituições envolvidas e permite obter um alto emprego da capacitação nacional nas respectivas áreas. Contribuem, também, para garantir a soberania nacional e mitigar a perda de divisas na importação de sistemas, possibilitando a expansão de mercado da Indústria de Defesa Nacional.
Veja a íntegra da matéria em Poder Naval.
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