Governo estima aumentar exportação de armamentos ao país para US$ 1 bi em 5 anos
O governo brasileiro tem como meta aumentar para US$ 1 bilhão em cinco anos a exportação de armamentos para a Índia, o segundo maior importador do mundo de produtos de defesa.
Neste sábado, Brasil e Índia anunciaram a assinatura de 15 acordos comerciais.
Segundo afirmou à Folha Marcos Degaut, secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, o Brasil está na fase final de negociação de dois acordos com a Índia, que serão assinados nos próximos meses pelo ministro da pasta, Fernando Azevedo.
Um deles prevê um fundo para financiar projetos estratégicos, produção e exportação de produtos resultantes. O outro é para cooperação no desenvolvimento e comercialização de equipamentos de defesa.
“A base industrial de defesa do Brasil quer ter acesso ao gigantesco mercado indiano e, por conseguinte, ao mercado asiático, além de formar parcerias estratégicas para desenvolvimento tecnológico, captar investimentos e desenvolver instrumentos de financiamento à exportação”, diz Degaut.
Ao lado do secretário da defesa da índia, Ajay Kumar, Degaut abrirá nesta segunda-feira (27) o Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa Brasil-Índia. Uma delegação de empresários de dez grandes empresas de armas, munição, vigilância e aviação (Altave, Atech, Avibras , CBC, Condor, Embraer, Iveco, Macjee, Omnisys e Taurus) acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na visita oficial à Índia.
A Taurus, empresa brasileira que é uma das três maiores produtoras de armas leves do mundo, está em fase final de negociação de uma joint-venture com a siderúrgica indiana Jindal.
Quando concretizada a joint-venture, a Taurus passará a fabricar revólveres e pistolas para os mercados civil e militar do país. Para o segundo, também vai participar de licitações para armas táticas.
Segundo disse à Folha o presidente da Taurus, Salésio Nuhs, o acordo se encaixaria no programa Make in India do primeiro-ministro Narendra Modi, que estimula a substituição de importações e instalação de indústrias no país, com transferência de tecnologia.
No acordo, a Taurus seria dona de 51% da nova empresa, e a Jindal, de 49%.
Hoje, o Brasil exporta para a Índia um valor muito pequeno em produtos de defesa: em 2019, foram apenas US$ 427 mil. Segundo Degaut, um dos principais obstáculos para o aumento de vendas é a escassez de mecanismos de financiamento à exportação no Brasil, incluindo instrumentos de seguro e crédito.
A Índia é o segundo maior comprador de equipamentos de defesa do planeta, atrás apenas da Arábia Saudita, e tem o quarto maior orçamento militar do mundo.
Segundo Degaut, o Brasil poderia exportar aeronaves como o Super Tucano e o KC-390 —ambos da Embraer—, sistemas de artilharia e de defesa aérea, de controle de tráfego aéreo e monitoramento de fronteiras, blindados e veículos de combate, helicópteros, submarinos classe Scorpène, embarcações leves, armas e munições e equipamento não-letais.
O projeto faz parte de um plano do governo brasileiro de facilitar e incentivar o setor de equipamentos de defesa. Em 2019, o Brasil registrou aumento de 30% nas autorizações de exportações de produtos de Defesa, em relação a 2018 —um salto de US$ 915 milhões para US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões).
Neste sábado, Brasil e Índia anunciaram a assinatura de 15 acordos comerciais.
Segundo afirmou à Folha Marcos Degaut, secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, o Brasil está na fase final de negociação de dois acordos com a Índia, que serão assinados nos próximos meses pelo ministro da pasta, Fernando Azevedo.
Um deles prevê um fundo para financiar projetos estratégicos, produção e exportação de produtos resultantes. O outro é para cooperação no desenvolvimento e comercialização de equipamentos de defesa.
“A base industrial de defesa do Brasil quer ter acesso ao gigantesco mercado indiano e, por conseguinte, ao mercado asiático, além de formar parcerias estratégicas para desenvolvimento tecnológico, captar investimentos e desenvolver instrumentos de financiamento à exportação”, diz Degaut.
Ao lado do secretário da defesa da índia, Ajay Kumar, Degaut abrirá nesta segunda-feira (27) o Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa Brasil-Índia. Uma delegação de empresários de dez grandes empresas de armas, munição, vigilância e aviação (Altave, Atech, Avibras , CBC, Condor, Embraer, Iveco, Macjee, Omnisys e Taurus) acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na visita oficial à Índia.
A Taurus, empresa brasileira que é uma das três maiores produtoras de armas leves do mundo, está em fase final de negociação de uma joint-venture com a siderúrgica indiana Jindal.
Quando concretizada a joint-venture, a Taurus passará a fabricar revólveres e pistolas para os mercados civil e militar do país. Para o segundo, também vai participar de licitações para armas táticas.
Segundo disse à Folha o presidente da Taurus, Salésio Nuhs, o acordo se encaixaria no programa Make in India do primeiro-ministro Narendra Modi, que estimula a substituição de importações e instalação de indústrias no país, com transferência de tecnologia.
No acordo, a Taurus seria dona de 51% da nova empresa, e a Jindal, de 49%.
Hoje, o Brasil exporta para a Índia um valor muito pequeno em produtos de defesa: em 2019, foram apenas US$ 427 mil. Segundo Degaut, um dos principais obstáculos para o aumento de vendas é a escassez de mecanismos de financiamento à exportação no Brasil, incluindo instrumentos de seguro e crédito.
A Índia é o segundo maior comprador de equipamentos de defesa do planeta, atrás apenas da Arábia Saudita, e tem o quarto maior orçamento militar do mundo.
Segundo Degaut, o Brasil poderia exportar aeronaves como o Super Tucano e o KC-390 —ambos da Embraer—, sistemas de artilharia e de defesa aérea, de controle de tráfego aéreo e monitoramento de fronteiras, blindados e veículos de combate, helicópteros, submarinos classe Scorpène, embarcações leves, armas e munições e equipamento não-letais.
O projeto faz parte de um plano do governo brasileiro de facilitar e incentivar o setor de equipamentos de defesa. Em 2019, o Brasil registrou aumento de 30% nas autorizações de exportações de produtos de Defesa, em relação a 2018 —um salto de US$ 915 milhões para US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões).
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