LRCA Consulting - 13/11/2019
A Taurus Armas informou hoje que entrará com recurso na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) contra os termos do edital que, na prática, inviabiliza sua participação no certame.
Matéria publicada na coluna "Painel" da Folha de São Paulo, no dia 10 de novembro, dá conta que o mercado de armas reagiu na última semana, depois que a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) lançou, na terça (05), um edital para a compra de quase 160 mil armas. Segundo fabricantes, o prazo oferecido, para o próximo dia 20, é curto demais para empresas entrantes se adequarem, o que pode restringir a competição. A maior queixa é o tempo exigido para a entrega de um relatório sobre a verificação de padrões internacionais de qualidade técnica das pistolas.
O documento, conhecido como AC225, tem custo de execução em torno € 450 mil e leva ao menos 45 dias para a realização do teste, além de outros 15 dias para cumprir outras etapas como tradução juramentada e registro no cartorário, segundo Antonio Vilas Boas, da fabricante croata HS Produkt no Brasil.
Marcelo Costa, representante da suíço-alemã Sig Sauer no Brasil, diz que vai enviar um pedido de reconsideração à Senasp. “É um prazo muito curto para providenciar toda a documentação de um edital tão grande, que vai levar o vencedor a ter enorme controle sobre o fornecimento de armas no país.”
Ainda conforme a Folha, a arma da Taurus está fora da nova licitação da Senasp por possuir uma trava de segurança adicional. “É de fundamental importância que as licitações realizadas no Brasil não tenham exigências descabidas para excluir a indústria nacional, o que neste caso não está existindo”, diz a empresa.
Contatado hoje por esta consultoria, Salesio Nuhs, Presidente e CEO da Taurus Armas S.A., afirmou que "Entraremos com recurso e vamos participar da licitação".
Observação: ao contrário do que publicou a Folha, o edital foi lançado no dia 04 de novembro e a abertura das propostas está prevista para o próximo dia 18.
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