Em 18 de fevereiro, a Taurus Armas S.A. emitiu um comunicado ao mercado informando que assinou um memorando de entendimentos (MoU) para permitir o estudo de viabilidade da constituição de uma joint venture na Índia, com uma grande empresa do ramo siderúrgico local.
De acordo com a nota, a joint venture possibilitará a fabricação e a comercialização de armas no território indiano, nos termos do programa local denominado “Make in India”, que visa desenvolver a indústria bélica indiana. A partir da assinatura do MoU, as partes teriam até 180 dias para concluir os estudos de criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido. Durante este período, a empresa local participaria das licitações para as Forças Armadas e Policiais com os produtos Taurus e seria acordada a participação de cada uma das partes envolvidas, bem como as demais condições para efetivação da joint venture.
Como os 180 dias vencem neste mês de agosto e o nome da empresa indiana é um segredo mantido a sete chaves pela Taurus e por sua possível parceira, uma análise dos relacionamentos diretos e indiretos entre Brasil, RS, Índia e Taurus, permite formular uma hipótese especulativa levantando três possíveis nomes.
Ao se tentar estabelecer essas ligações, foi constatado que:
De acordo com a nota, a joint venture possibilitará a fabricação e a comercialização de armas no território indiano, nos termos do programa local denominado “Make in India”, que visa desenvolver a indústria bélica indiana. A partir da assinatura do MoU, as partes teriam até 180 dias para concluir os estudos de criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido. Durante este período, a empresa local participaria das licitações para as Forças Armadas e Policiais com os produtos Taurus e seria acordada a participação de cada uma das partes envolvidas, bem como as demais condições para efetivação da joint venture.
Como os 180 dias vencem neste mês de agosto e o nome da empresa indiana é um segredo mantido a sete chaves pela Taurus e por sua possível parceira, uma análise dos relacionamentos diretos e indiretos entre Brasil, RS, Índia e Taurus, permite formular uma hipótese especulativa levantando três possíveis nomes.
Ao se tentar estabelecer essas ligações, foi constatado que:
- O Kalyani Group é uma das mais poderosas corporações indianas, atuando em diversas áreas, entre elas, as de siderurgia e defesa. Foi seu presidente quem desenvolveu e é o maior incentivador do conceito empresarial "Make in India".
- Em junho de 2007, a Gerdau e o grupo indiano Kalyani iniciaram um acordo para estabelecer uma joint venture para um investimento em Tadipatri, na Índia. Essa empresa incluiu uma participação inicial de 45% na Kalyani Gerdau Steel Inc., produzindo aços especiais para construção mecânica, aços ferramenta, cilindros de laminação e peças forjadas e fundidas de grande porte. A relação empresarial passou por várias fases até que, em 2018, a Gerdau se desfez da empresa, que trocou seu nome para Arjas Steel Pvt. Ltd. (Formerly known as Gerdau Steel).
- Dois conselheiros da Gerdau já haviam trabalhado na Taurus: Dóris Beatriz França Wilhelm (Dir. de RI 2011 a 2015) e Bolívar Charneski (Cons. Fiscal 1998 a 2007).
É essa série de coincidências e inter-relacionamentos que levam a supor - sempre no terrenos hipotético - que a "grande siderúrgica indiana" com que a Taurus está intentando formar uma joint venture possa ser uma empresa do Kalyani Group, sobressaindo-se a Kalyani Steels Ltd (KSL) (grande fabricante de aços carbono e ligas usando o processo de Alto-Forno), e a Kalyani Carpenter Special Steel (grande fabricante de aços especiais e ligas de aço).
Fora do Kalyani Group, mas ainda inter-relacionada com ele e com a Gerdau, a terceira hipótese indicaria uma joint venture com a Arjas Steel (grande fabricante de aços especiais, com foco nas indústrias automotiva, de defesa, ferroviária e afins).
Evidentemente, pode ser qualquer outra "grande siderúrgica indiana", pois o intercâmbio comercial entre o Brasil e a Índia totalizou US$ 7,5 bilhões em 2018, o que mostra que há intensas relações comerciais entre os dois países, inclusive no tocante ao comércio de armas e munições. Os dois países participam de acordos comerciais que facilitam o comércio bilateral. Uma destas parcerias é o acordo comercial preferencial que a Índia tem com os participantes do Mercosul. Além disso, ambos participam do grupo de cooperação político-econômico BRICS. A Índia é o destino de 2,2% das exportações brasileiras.
Além disso, a própria Taurus e sua controladora CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos exportam para mais de 100 países cada, possuindo uma ampla e pulverizada rede de negócios em todo o mundo.
No entanto, as coincidências e inter-relacionamentos levantados chamam muito a atenção...
A propósito, o Trade Marks Journal indiano de nº 1909, publicado em 08 de julho, registrou a patente da Marca "Taurus" na Índia.
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