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25 abril, 2025

Amazônia Azul e Verde: soberania não se terceiriza

Região Amazônica e Amazônia Azul (inserção da LRCA)

*Por Luiz Alberto Cureau Júnior, via LinkedIn - 25/04/2025

A recente mobilização do Carrier Strike Group 25 (CSG 25) do Reino Unido, liderado pelo HMS Prince of Wales, vai muito além de um exercício militar. É um movimento geopolítico claro: proteger rotas estratégicas, apoiar aliados como a Guiana e garantir presença nas zonas de interesse energético. E nisso, o Brasil tem muito a observar — e muito mais a fazer.

A Guiana, vizinha ao norte, já explora petróleo em áreas próximas à foz do rio Amazonas com apoio de gigantes como ExxonMobil e BP. Essa exploração é protegida por acordos e pela sombra de potências navais. Enquanto isso, o Brasil debate internamente se deve ou não explorar sua margem equatorial, paralisado entre a pressão ambiental internacional e a falta de presença militar robusta na região.

Na mesma medida em que o mundo cobra do Brasil a proteção da Amazônia Verde, esquece que nossa Amazônia Azul, rica em biodiversidade e recursos energéticos, também exige vigilância e soberania. Proteger floresta e oceano não são tarefas excludentes — são faces da mesma moeda estratégica: a da soberania nacional.

A realização da COP30 em Belém, em 2025, amplia esse dilema. O país será cobrado como vitrine ambiental global, mas precisa responder como nação soberana: mostrando que desenvolvimento sustentável exige segurança energética, vigilância territorial e investimento em Defesa.

As Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), apesar da excelência técnica, carecem de presença adequada e permanente no Norte. Mesmo tendo aumentado os efetivos militares na região, ainda é pouco.

O que está em jogo é mais que petróleo: é a capacidade de dissuasão, monitoramento, cooperação internacional e defesa de fronteiras terrestres e marítimas. Sem presença, não há soberania. E sem soberania, não há escolha.

Mídia inserida pela LRCA

O Brasil precisa assumir seu protagonismo com clareza: explorar com responsabilidade, proteger com firmeza, negociar com altivez. Isso exige políticas ambientais consistentes, sim, mas também exige Forças Armadas estruturadas, tecnologia embarcada, Forças adequadas na região amazônica e investimento contínuo em defesa nacional.

Não se trata de militarizar a política ambiental. Trata-se de entender que quem protege a floresta também precisa proteger o mar e o ar. E para isso, não basta boa vontade, é preciso presença, estratégia e comando.

O silêncio estratégico não é mais opção. O Brasil precisa deixar claro: sustentabilidade sem soberania é utopia; e soberania sem Defesa, é retórica vazia. 

*Luiz Alberto Cureau Jr. é General de Brigada R/1 do Exército Brasileiro e Consultor em meio ambiente e projetos de crédito de carbono no Instituto Climático VBH em Brasília.

Decola a Orbital Thrusters, aliança estratégica entre a mexicana Thrusters Unlimited e a brasileira Orbital Engenharia

 *Mexico Industry, por Israel Molina - 24/04/2025

Em uma aliança estratégica, as empresas aeroespaciais Thrusters Unlimited, um membro ativo da Federação Mexicana da Indústria Aeroespacial (FEMIA), e a brasileira Orbital Engenharia uniram forças para criar a Orbital Thrusters, uma iniciativa conjunta focada no desenvolvimento de tecnologias de ponta e no fornecimento de soluções abrangentes para aplicações civis e de defesa no setor aeroespacial.

Esta colaboração representa um marco na consolidação das capacidades latino-americanas entre o México e o Brasil na indústria espacial. "Há um ano, começamos a trabalhar com a Orbital para avançar nessa parceria com a Orbital do Brasil, e hoje isso está acontecendo", disse Benjamin Najar Jr., CEO da Thrusters Unlimited.

"Somos uma empresa brasileira, familiar, com 24 anos de mercado desenvolvendo tecnologia espacial no Brasil, e temos muito orgulho de desenvolver esta parceria com a Thrusters Unlimited. No Brasil, consolidamos nossa empresa no fornecimento de componentes para satélites, como painéis solares, EPS, equipamentos e sistemas de engenharia, e a intenção desta colaboração com nossos amigos mexicanos é desenvolver a mesma expertise", disse Celio Costa Vaz, fundador e CEO da Orbital Engenharia.

A Orbital Thrusters combina experiência, talento e visão tecnológica para se posicionar como um participante importante no desenvolvimento de sistemas aeroespaciais de última geração. Isso abre caminho para vários aspectos, incluindo:

- O desenvolvimento de fotodiodos de InGaAs com alta responsividade na faixa de 900 a 1700 nm (em parceria com a PUC-Rio para o processo industrial);

- O desenvolvimento de uma plataforma orbital de microgravidade capaz de transportar 50 kg de experimentos por 10 dias, com lançamento em órbita terrestre baixa (LEO).

- Criação de um Veículo Orbital Reutilizável (pouso autônomo).
 
Esta aliança, formalizada durante a Feira Aeroespacial Mexicana (FAMEX), reafirma o compromisso da Thrusters Unlimited com a inovação, a soberania tecnológica e o desenvolvimento do ecossistema espacial no México e na América Latina.

24 abril, 2025

ITA avança em projeto de microssatélite com aplicações em ciência e defesa

 


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2025

Em meados de março, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) finalizou com êxito a Revisão Preliminar de Projeto (PDR) do projeto ITASAT 2, um marco importante no desenvolvimento desse pequeno satélite que conta com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A banca contou com representantes da AEB, NASA, ITA, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), US SouthCom, Utah State University (USU) e FINEP.

A missão ITASAT 2 dá continuidade às iniciativas de pequenos satélites, baseando-se nas experiências acumuladas em missões anteriores, como o ITASAT e o SPORT. O novo microssatélite, projetado para operações no espaço, integra uma série de tecnologias inovadoras, e seu desenvolvimento está alinhado com os requisitos da missão lunar SelenITA, também conduzida pelo ITA.

Com uma arquitetura modular que promove flexibilidade e eficiência, o ITASAT 2 será capaz de carregar múltiplos instrumentos científicos, entre eles sensores para monitoramento do clima espacial, um sensor de geolocalização por radiofrequência (RF) e uma câmera óptica. Essa configuração permitirá que o satélite apoie tanto pesquisas científicas quanto aplicações de defesa.

Com lançamento previsto para os próximos anos, o ITASAT 2 será composto por três CubeSats, com duas missões principais:

- Científica: monitoramento da ionosfera e avaliação das bolhas de plasma que impactam comunicações e navegação.

- Defesa: geolocalização de fontes de radiofrequência e identificação óptica de embarcações não colaborativas, em solo e no mar.

O principal objetivo da missão é expandir as capacidades tecnológicas em satélites brasileiros, com avanços em eletrônicos tolerantes à radiação, operações autônomas em órbita e técnicas avançadas de geolocalização. Além disso, o ITASAT 2 servirá como uma plataforma para capacitação técnica, fortalecendo a expertise nas indústrias espaciais e em instituições acadêmicas.

A missão ITASAT 2 também busca atender a importantes iniciativas estratégicas do Brasil, ao fornecer dados essenciais para o monitoramento ambiental, previsão de clima espacial e consciência situacional.

"A PDR é um marco importante no ciclo de vida do ITASAT 2 visando refinar o conceito da missão, reforçar o design preliminar, e validar as tecnologias críticas ao sucesso do projeto. A AEB teve a oportunidade de participar de uma avaliação independente por pares do status do projeto. A banca considerou que o ITASAT2 está apto a prosseguir para a próxima fase de desenvolvimento”, afirma Felipe Fraga, Coordenador de Satélites e Aplicações da AEB.

A previsão é de que, uma vez em órbita, o ITASAT 2 desempenhe um papel central nas pesquisas científicas e nas operações de defesa, valide tecnologias de ponta em ambiente espacial e contribua com a inovação no setor aeroespacial brasileiro.

*Com informações da Agência Espacial Brasileira e do ITA

WEG desenvolve projeto específico para motores que atuarão em tanques de flotação de cobre da Vale

 


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2025

A Salobo Metais, empresa do grupo Vale, é uma das maiores plantas de cobre do mundo. Localizada em Marabá, no Pará, a planta produz anualmente entre 210 a 250 mil toneladas.

O processo de flotação é uma etapa crucial da mineração, onde acontece a separação dos minerais. Um ambiente severo e de difícil acesso, que requer projeto mecânico e elétrico específico para que o acionamento suporte as condições extremas de operação, com intervenções mínimas de manutenção.

Para mitigar os impactos da contaminação por partículas sólidas e líquidas nos motores elétricos que atuam nas células de flotação, a WEG especificou os motores da linha W51 HD Mining, com grau de proteção IP66.

Os motores passaram por customizações mecânicas e elétricas tendo como resultado a diminuição da temperatura da superfície em mais de 20ºC, que prolongam a vida útil dos motores e reduzem riscos de falhas de rolamentos e eixos. Além disso, possibilitaram o aumento do intervalo entre manutenções preditivas, resultando em ganhos de produtividade e maior confiabilidade para o sistema. Tudo isso foi alcançado sem necessidade de investimentos adicionais e modificações na estrutura das células de flotação.

A sólida parceria entre a WEG e a Vale reflete a sinergia entre duas gigantes industriais com objetivos comuns de eficiência e inovação.

Embraer desenvolve sua cadeia de suprimentos no Marrocos

 


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2025

Uma delegação de alto nível da Embraer concluiu uma visita oficial ao Marrocos para avaliar a cadeia de suprimentos aeroespacial do país. A iniciativa segue um Memorando de Entendimento (MoU) assinado recentemente entre o Governo do Marrocos e a Embraer para explorar potenciais projetos conjuntos. 

A Embraer identificou oportunidades significativas para colaboração empresarial e industrial, visto que tanto o Brasil quanto o Reino do Marrocos estão empenhados em aprofundar a cooperação e o nível de investimentos entre os países. Essas oportunidades incluem os segmentos de aviação comercial, defesa e mobilidade aérea urbana. 

“O Marrocos tem uma indústria aeroespacial em rápido crescimento e identificamos fornecedores-chave com potencial para serem integrados à nossa cadeia de suprimentos global”, disse Roberto Chaves, Vice-Presidente Executivo de Compras Globais e Cadeia de Suprimentos da Embraer. “Acreditamos que há oportunidades para gerar benefícios mútuos, tanto a curto quanto a longo prazo, por meio de inovação e do crescimento econômico em ambos os países.” 

A indústria aeroespacial do Marrocos demonstrou fortes capacidades em áreas como aeroestruturas, usinagem, trabalho em chapa metálica e compósitos. A Embraer elegeu o Marrocos como parceiro regional preferencial para a construção de um programa robusto de cadeia de suprimentos. 

A cooperação poderia incluir também programas de treinamento, capacitação para atividades de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão) e outras áreas de potencial colaboração como Pesquisa e Tecnologia.

23 abril, 2025

Embraer anuncia filiação à Federação da Indústria Aeroespacial do México durante a FAMEX 2025

 


*LRCA Defense Consulting - 23/04/2025

A Embraer assinou hoje durante a FAMEX a sua filiação à Federação da Indústria Aeroespacial do México (FEMIA). A adesão tem como objetivo fortalecer a presença e representatividade da Embraer no México, aumentar a colaboração com a indústria aeronáutica do país e potencializar novas oportunidades de negócios. 

"A FEMIA tem muito orgulho em comemorar a formalização da Embraer como novo membro da nossa entidade. A Embraer é uma das mais importantes fabricantes do setor aeroespacial do mundo nos segmentos civis e de defesa, e o fato de participar como membro da FEMIA abre importantes oportunidades de colaboração no desenvolvimento da empresa em nosso país", afirma Luis Lizcano, presidente da Federação da Indústria Aeroespacial do México. 

“É com grande satisfação que assinamos a filiação da Embraer à FEMIA durante a FAMEX 2025. Trata-se de um marco importante que representa mais um grande passo na cooperação estratégica entre a Embraer e indústria aeronáutica mexicana”, afirma Fabio Caparica, vice-presidente de Contratos da Embraer Defesa & Segurança. 

Presente no México há mais de 40 anos, a Embraer conta hoje com uma frota de mais de 100 aeronaves em operação no país entre jatos comerciais, executivos e de defesa.

Autonomia tecnológica não é fazer tudo sozinho. É poder escolher.

 


*Por Desuita "Dzu" Campelo, MSc, via LinkedIn - 23/04/2025

Na indústria aeronáutica, é comum termos fornecedores globais. O setor é altamente especializado, poucos dominam sistemas como propulsão elétrica, baterias aeronáuticas ou comandos de voo certificados.

Mas existe uma diferença importante:
Escolher um fornecedor global por estratégia é diferente de depender dele por falta de opção local.

Com os eVTOLs, temos uma chance única. Um novo mercado, com novas tecnologias, sendo construído do zero.

Alguns players internalizaram tecnologias críticas para reduzir riscos de certificação e desenvolvimento. Outros buscaram alianças estratégicas em áreas onde não tinham domínio. Nenhuma estratégia está errada, desde que exista a possibilidade de escolha.

Na figura acima, mostro como Archer, Joby e Embraer (Eve) estruturaram seus sistemas de propulsão, baterias, aviônicos e comandos de voo.

Veja como boa parte das empresas americanas optou por desenvolver in-house seus sistemas mais sensíveis.

A Embraer seguiu um caminho diferente. Talvez por estratégia. Talvez por falta de opções nacionais nos segmentos mais críticos.

Mas o ponto que proponho aqui é: se tivéssemos mais empresas brasileiras desenvolvendo tecnologias-chave, poderíamos ter dividido o risco do programa, gerado empregos de alto valor e avançado tecnologicamente como país.

Essa oportunidade ainda está em curso.
E vale o debate: onde estamos colocando nossas fichas para o futuro da aviação brasileira?

*Desuita "Dzu" Campelo - bacharel em Engenharia Eletrônica pela UFPE e mestre em Engenharia Aeronáutica pela ITA - é fundadora e CEO da Venture.U, com passagens pela Moya Aero (chefia de Estratégia e P&D), Embraer-X (Vice-presidente de Inteligência Estratégica e Marketing), Embraer (Estrategista Principal; Estategista de Negócios Digitais - Transformação Digital; Chefe de Projetos Técnicos de Engenharia; engenheira líder de Sistema de Controle de Voo - Divisões Militar e Comercial).


Criptocomputador da Kryptus ganha designação PED e será incorporado ao novo radar de defesa da Embraer

 


*LRCA Defense Consulting - 23/04/2025

A Kryptus, multinacional brasileira especializada em criptografia e cibersegurança, obteve mais uma conquista em sua trajetória de inovação: o criptocomputador CM4-B, desenvolvido em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), foi designado Produto Estratégico de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa.

Peça-chave para a implementação do Sistema de Identificação Amigo ou Inimigo Modo 4 (IFFM4BR) da Força Aérea Brasileira (FAB), o CM4-B também será integrado ao novo radar SABER M200, da Embraer.

Em fase final de entrega, o IFFM4BR é crucial para a segurança e controle do espaço aéreo, tornando o Brasil independente de tecnologias estrangeiras e garantindo total controle sobre os recursos de autenticação e confidencialidade utilizados. Com integração inicial prevista para os caças modelo F-39 Gripen do projeto pela SAAB, o CM4-B destaca-se por sua capacidade de operação em modos de alta segurança, atendendo às exigências nacionais de interoperabilidade, e sua certificação como PED representa um importante passo para o fortalecimento da base industrial de defesa do país.

“Essa designação mostra que estamos prontos para atender à integralidade da demanda da fase 3 do projeto, colaborando com fabricantes de radares e transponders de forma coordenada com as Forças Armadas. Esse trabalho conjunto é essencial para garantir que os sistemas de IFF estejam totalmente integrados às plataformas e sistemas de defesa do país”, afirma Lucas Martins, CTO da Kryptus.

O Modo 4 Nacional implementado emprega criptografia e sistema de gestão e distribuição de chaves autóctones que, em conjunto com contramedidas avançadas em relação à versão internacional, o torna imune a diversos ataques de Guerra Eletrônica. “O desenvolvimento de uma solução nacional garante ao Brasil total soberania sobre a tecnologia empregada, eliminando riscos de backdoors ou restrições impostas por outros países”, acrescenta Martins.

Também no radar SABER M200
Em breve, o CM4-B também será integrado ao radar SABER M200, em desenvolvimento pela Embraer sob contrato firmado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Esse radar tático transportável é projetado para defesa aérea de média altura, vigilância, alerta aéreo antecipado e controle de tráfego militar.

“O projeto do radar SABER M200 abre caminho para novas aplicações do CM4-B em outras plataformas, como radares terrestres e embarcações. Isso demonstra a versatilidade do criptocomputador e sua relevância estratégica não apenas para o Brasil, mas também para potenciais mercados internacionais que buscam maior independência tecnológica”, conclui Martins.

Sobre a Kryptus
A Kryptus é uma multinacional brasileira provedora de soluções de criptografia e segurança cibernética altamente customizáveis, confiáveis e seguras para aplicações críticas, com foco na entrega de serviços de alto nível para resolução das missões de seus clientes. Fundada em Campinas (SP), em 2003, atua hoje nos setores público e privado dos mercados do Brasil, LATAM, Europa, Oriente Médio e África, sendo reconhecida pelo Ministério da Defesa do Brasil com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, além de contar com selo Gartner Cool Vendor.

Brazil Defense: o Projeto do Setor de Defesa Brasileiro liderado pela ABIMDE e ApexBrasil

 


*LRCA Defense Consulting - 23/04/2025

O Projeto do Setor de Defesa Brasileiro – Brazil Defense – tem como objetivo impulsionar as exportações através do desenvolvimento e implementação de plataformas para empresas não exportadoras e intermediárias avançadas, incluindo monitoramento de mercado, feiras comerciais e iniciativas comerciais integradas.

O Projeto Brazil Defense, em síntese, visa promover a internacionalização da Base Industrial de Defesa (BID) do País. Seu principal objetivo é impulsionar as exportações de produtos e serviços do setor de defesa, especialmente por meio do desenvolvimento e implementação de plataformas para empresas que ainda não exportam ou que estão em estágios intermediários de internacionalização. As ações do projeto incluem monitoramento de mercado, participação em feiras internacionais e iniciativas comerciais integradas.​

Sob a direção conjunta da ABIMDE-ApexBrasil, em colaboração com os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, o projeto executa um plano de promoção internacional de curto prazo (dois anos) com o objetivo de atrair empresas qualificadas para o mercado global. Para consolidar a presença e competitividade brasileira no cenário global, a integração das empresas no plano de promoção e na agenda do setor a médio e longo prazo é um avanço estratégico.

O Projeto Brazil Defense foi formalizado no período de 2016 a 2018, conforme registros de parcerias entre a ApexBrasil e a ABIMDE. Desde então, tem desempenhado um papel significativo na estratégia do Brasil para aumentar sua participação no mercado internacional de defesa, viabilizando a participação de empresas da Base Industrial de Defesa em dezenas de feiras e outras exposições pelo mundo, proporcionando o estabelecimento de contatos estratégicos entre empresas e com governos, além de gerar importantes divisas para o Brasil em contratos de exportação e de joint ventures.

O exemplo mais atual está acontecendo no México, de hoje ao dia 26, na Feira Aeroespacial Mexicana (FAMEX), onde o Espaço Brasil reúne 12 empresas que atuam em segmentos estratégicos da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS):  Modirum | Gespi, Omnisys Engenharia, IAS, Edasim, Pensa, IMBEL, IDV - Iveco Defense Vehicles, DuPont, CSA AeroEngines, Xmobots, BRENG e o Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos (PIT).

ABIMDE
Fundada em 1985, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) tem como propósito congregar as indústrias de defesa e segurança do País. Atuando como a legítima interlocutora da Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil e reconhecida oficialmente como a principal Associação do setor, vem durante sua existência representando as indústrias em diferentes fóruns quer no Brasil quer no exterior.

Levando os anseios dos empresários aos diversos poderes constituídos, participando do esforço do País para implementar suas exportações, gerando empregos altamente especializados e estando presente em todas as fases da vida dos produtos e serviços, tem o orgulho de avalizar a chancela "Fabricado no Brasil por uma associada da ABIMDE". 

A entidade promove ações para valorização e fomento das empresas do setor nos mercados nacional e internacional, e para o fortalecimento ou implementação de políticas e programas que assegurem o desenvolvimento desta indústria. Dentre suas mais de 240 associadas, estão as principais empresas de Defesa e Segurança instaladas no País.

ApexBrasil
A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. 

Para alcançar os objetivos, a agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. 

A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

22 abril, 2025

Taurus recebe comitiva da Military Industry Corporation da Arábia Saudita

 


*LRCA Defense Consulting - 22/04/2025

Hoje (22), a Taurus recebeu a comitiva da Military Industry Corporation (MIC) da Arábia Saudita, composta pelo Sr. Eng. Coronel Al Mutairi, Gerente Geral, e o Sr. Alzaid Abdullah, Gerente de Fabricação, juntamente com o Sr. Rodolfo Pagano Romero, Gerente Geral da Taurus Saudia.

A recepção foi conduzida pelos diretores Eduardo Minghelli, Henrique de Moraes Gomes e Leonardo Sesti, que acompanharam os visitantes em uma programação especial onde puderam conhecer as instalações, incluindo a unidade fabril, o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos (CITE), a unidade industrial 4.0 e o processo de MIM (Metal Injection Molding).

A MIC tornou-se uma subsidiária da Saudi Arabian Military Industries (SAMI) em 2017, após a fundação desta última.

Com sede em Riad, a MIC fabrica armamentos (fuzis H&K e AK e submetralhadora H&K), munições diveras (do calibre 5,56mm a munições de morteiro e artilharia), bombas de uso geral, veículos blindados e caminhões militares, desenvolvendo o arsenal militar da Arábia Saudita por meio de transferência de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento.

A MIC busca atender às necessidades e exigências dos setores militares da Arábia Saudita, adquirindo tecnologias e desenvolvendo indústrias militares capazes de acompanhar os avanços das Forças Armadas.

Contexto
A visita da comitiva da MIC se insere no contexto das tratativas entre a Taurus e a Arábia Saudita, haja vista que, em 2023, a empresa brasileira celebrou um Memorando de Entendimentos (MoU) e a assinatura de um Term Sheet não vinculante para estudo de viabilidade de uma joint venture no Reino com a empresa SCOPA Military Industries.

O plano de negócios, de localização e de transferência de tecnologia (contemplando a fabricação, no curto prazo, de pistolas 9mm e fuzis 5,56x45 mm e .300 BLK e, no médio e longo prazo, a possibilidade de ampliação de portfólio com a fabricação de armas até o calibre .50 BMG) foram apresentados às autoridades sauditas e, caso seja concretizado, o projeto proporcionará um grande alcance comercial em toda a região do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo), que inclui ainda Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.

No entanto,  a natureza mais técnica da visita, evidenciada pela qualificação dos sauditas visitantes e dos profissionais da Taurus que os ciceronearam aqui, aliada à tensa situação geopolítica no Oriente Médio e às dificuldades para a continuidade de fabricação de armas de origem europeia, pode estar requerendo que o Reino da Arábia Saudita tenha certa urgência em substituir e padronizar o armamento leve de suas forças armadas, o que poderia levar a necessidades de importação imediatas, haja vista que a produção de armas da Taurus nesse país, caso seja concretizada, demandaria um tempo bem maior para ser operacionalizada.

A Arábia Saudita está na lista dos cinco maiores gastos militares do mundo e é considerado um dos países que mais investe em defesa.  
 

Embraer registra novo recorde histórico na carteira de pedidos (backlog) do primeiro trimestre de 2025

 


*LRCA Defense Consulting - 22/04/2025

A Embraer registrou uma carteira de pedidos (backlog) de US$ 26,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado superou o recorde histórico anterior alcançado no trimestre anterior.

A Embraer entregou 30 aeronaves no 1T25. O resultado foi 20% superior ao do primeiro trimestre do ano passado (1T24), quando foram entregues 25 aeronaves. Mais importante ainda, as entregas do 1T25 corresponderam a 13% do ponto médio (231 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 222 e 240 em 2025) para as unidades de negócio de Aviação Executiva e Comercial combinadas — frente a uma média histórica de 11% para o período nos últimos 5 anos.

Na Aviação Comercial, a carteira de pedidos somou US$ 10,0 bilhões no 1T25 — 2% inferior em comparação trimestral. A ANA Holdings Inc. encomendou 15 aeronaves E190-E2, com opções para mais cinco jatos adicionais. Esse pedido provavelmente será incluído na segunda metade de 2025, quando o contrato final for assinado.

No 1T25, a unidade de negócios entregou 7 aeronaves novas, o que representa 9% do ponto médio (81 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 77 e 85). O desempenho da divisão ficou ligeiramente abaixo da média de 12% do 1T nos últimos 5 anos, refletindo desafios contínuos na cadeia de suprimentos. É importante destacar que não foi possível entregar duas aeronaves adicionais durante o trimestre devido a questões comerciais. Os modelos entregues no período foram: E175 para American Airlines (2), Republic Airlines (1) e Horizon Air (1); e E195-E2 para Porter (1), Aercap (1) e Azorra (1). Para os próximos períodos, espera-se que os esforços de estabilização da produção gerem resultados mais concretos no 2T25, no segundo semestre do ano e a partir do início de 2026.

Na Aviação Executiva, a carteira de pedidos subiu para um novo recorde de US$ 7,6 bilhões no 1T25, 3% acima do recorde anterior registrado no 4T24. A unidade entregou 23 jatos no primeiro trimestre do ano, dos quais 14 foram da categoria leve e 9 da categoria média. O número de entregas no 1T25 foi 28% superior aos 18 jatos do 1T24, representando 15% do ponto médio (150 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 145 e 155 em 2025) para a divisão — moderadamente acima da média de 11% do 1T dos últimos 5 anos.

Em fevereiro, a série Phenom 300 foi novamente reconhecida como o jato leve mais vendido e mais entregue do mundo pelo 13º ano consecutivo, segundo a General Aviation Manufacturers Association (GAMA). Na mesma ocasião, a instituição também confirmou o modelo como o jato bimotor mais entregue do mundo pelo 5º ano seguido, em 2024.

Na área de Defesa & Segurança, a carteira de pedidos ficou em US$ 4,2 bilhões no 1T25. A Força Aérea Uruguaia (FAU) e o Ministério da Defesa Nacional do Uruguai (MDN) converteram suas opções para cinco aeronaves A-29 Super Tucano em pedidos firmes durante o período. Essa conversão está relacionada a um compromisso assinado em agosto de 2024, quando a FAU anunciou um pedido firme de uma aeronave, além das opções mencionadas. O acordo também inclui equipamentos de missão, serviços logísticos integrados e um simulador de voo.

A seleção do KC-390 Millennium pela Suécia (4) e Eslováquia (3), e do A-29 Super Tucano por Portugal (12) e Panamá (4) ainda não estão incluídas na carteira de pedidos, pois os contratos ainda não entraram em vigor.

Na área de Serviços & Suporte, a carteira de pedidos permaneceu praticamente estável em US$ 4,6 bilhões no 1T25. A Airlink, principal companhia aérea da África Austral, foi destaque do período com um acordo de suporte ao inventário de peças de reposição para toda sua frota de 68 aeronaves Embraer. Assim, a companhia se tornará o primeiro cliente africano do sistema de gestão colaborativa de inventário da Embraer (ECIP – Embraer Collaborative Inventory Planning), que otimizará os níveis de estoque e reduzirá os custos operacionais da frota.

Além da Embraer, mais 12 empresas brasileira estarão na FAMEX 2025, onde o Brasil é convidado de honra

 


*LRCA Defense Consulting - 22/04/2025

De 23 a 26 de abril de 2025, o Brasil participará como convidado de honra da Feira Aeroespacial Mexicana (FAMEX), consolidando sua presença internacional no setor de defesa, segurança e aeroespacial. Organizado pela Força Aérea Mexicana e pela Secretaria de Defesa Nacional do México, o evento acontece na Base Aérea Militar nº 1, em Santa Lucía, ao lado do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, a cerca de 60 km da Cidade do México.

Espaço Brasil
Além da Embraer, que estará expondo em espaço próprio e com participação já divulgada por esta Consultoria na matéria FAMEX 2025: palco de novos negócios entre Embraer e México?, o Espaço Brasil reúne 12 empresas que atuam em segmentos estratégicos da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS):  Modirum | Gespi, Omnisys Engenharia, IAS, Edasim, Pensa, IMBEL, IDV - Iveco Defense Vehicles, DuPont, CSA AeroEngines, Xmobots, BRENG e o Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos (PIT).

Coordenação da ABIMDE e ApexBrasil, com apoio do MD e MRE
Coordenada pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil),  a participação brasileira conta com o apoio do Ministério da Defesa (MD) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil.

O Diretor de Projetos da ABIMDE, Coronel Antonio Ribeiro, estará no gerenciamento das expositoras nacionais. Ele acredita que será uma grande oportunidade para o Brasil mostrar suas capacidades aos países daquela região. “A FAMEX nos abre uma perspectiva de conhecermos melhor não apenas o mercado de defesa e segurança mexicano e do entorno, mas também o da aviação civil, buscando parcerias e mostrando nossa capacidade de atender quaisquer demandas”, afirmou.

A presença brasileira na FAMEX 2025 foi oficializada em março, durante o lançamento promocional da feira, com a entrega de uma carta do Embaixador do Brasil, o diplomata Nedilson Ricardo Jorge, ao Comandante da Força Aérea Mexicana, General de Divisão Óscar René Rubio Sánchez, confirmando a aceitação do convite. A participação do Brasil como convidado de honra simboliza o fortalecimento dos laços diplomáticos e comerciais entre os dois países, especialmente nas áreas aeroespacial, de defesa e de segurança.

Projeção internacional e ambiente de negócios
Reconhecida como uma das principais feiras aeroespaciais da América Latina, a FAMEX se consolidou como uma plataforma para a geração de negócios e parcerias. A edição anterior, realizada em 2023, contou com a participação de 703 empresas de 51 países, mais de seis mil reuniões comerciais, 71 aeronaves em exposição e 105 mil visitantes.

Em 2025, a expectativa é superar esses números, reforçando o prestígio do evento e sua relevância internacional. O Brasil, com sua sólida estrutura industrial e tecnológica no setor de defesa e aeroespacial, terá uma vitrine privilegiada para apresentar soluções e estreitar relações com parceiros da América Latina e de outras regiões.

Durante os dias 23, 24 e 25 de abril, a programação será voltada às atividades comerciais, com estandes abertos das 9h às 18h. O sábado, 26, será reservado às apresentações aéreas e à cerimônia de encerramento.

Abertura oficial e presença da Presidente do México no Espaço Brasil
A solenidade oficial de abertura da feira acontece na véspera do início das atividades comerciais, às 18h do dia 22 de abril, e contará com a presença da Presidente da República do México, Claudia Sheinbaum.

Está prevista também uma visita presidencial ao Espaço Brasil, reforçando a visibilidade institucional da delegação brasileira e a relevância da participação nacional no evento como convidada de honra. Além disso, pode se tratar de um momento interessante para a divulgação de um acontecimento importante.

Brazil Defense

O Projeto do Setor de Defesa Brasileiro – Brazil Defense – tem como objetivo impulsionar as exportações através do desenvolvimento e implementação de plataformas para empresas não exportadoras e intermediárias avançadas, incluindo monitoramento de mercado, feiras comerciais e iniciativas comerciais integradas.

Sob a direção conjunta da ABIMDE-ApexBrasil, em colaboração com os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, o projeto executa um plano de promoção internacional de curto prazo com o objetivo de atrair empresas qualificadas para o mercado global. Para consolidar a presença e competitividade brasileira no cenário global, a integração das empresas no plano de promoção e na agenda do setor a médio e longo prazo é um avanço estratégico.

Sobre a ABIMDE
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) é reconhecida como legítima interlocutora da Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil. A entidade promove ações para valorização e fomento das empresas do setor nos mercados nacional e internacional, e para o fortalecimento ou implementação de políticas e programas que assegurem o desenvolvimento desta indústria. Dentre suas mais de 240 associadas, estão as principais empresas de Defesa e Segurança instaladas no País.

Sobre a ApexBrasil

A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

Serviço
Feria Aeroespacial Mexicana (FAMEX)
Data: 22 a 26 de abril de 2025
Local: Base Aérea Militar nº 1, em Santa Lucía
Site: https://www.f-airmexico.com.mx/


 

21 abril, 2025

LUS-222: concluído mais um passo decisivo no desenvolvimento da primeira aeronave portuguesa

 

*LRCA Defense Consulting - 21/04/2025

O programa ARL LUS-222 deu mais um passo decisivo no seu desenvolvimento, concluindo a Preliminary Design Review (PDR, ou Revisão Preliminar de Projeto), após dois dias de intensas apresentações e debates dos principais sistemas, estruturas, testes, industrialização, qualidade e supply chain do programa.

Esta etapa representa um passo crucial no desenvolvimento da aeronave de transporte de pessoas e carga multimissão, que valida suas configurações otimizadas (estrutura e sistemas) e confirma a sua conformidade com os requisitos operacionais, de missão e certificação.

A PDR reafirma que o programa está no caminho certo, para fazer história como a primeira aeronave desenvolvida e industrializada em Portugal, que poderá agora agora partir para fases mais detalhadas de engenharia e fabricação.


Índia faz incursões estratégicas no Brasil com míssil Akash, instalação do Exim Bank e impulso de coprodução


*Bharat Shakti, por Huma Siddiqui - 21/04/2025

A Índia está emergindo como uma forte concorrente no ambicioso plano do Brasil de modernizar seus sistemas de defesa aérea. O míssil terra-ar Akash, de fabricação indiana, desenvolvido pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO), está atualmente sob avaliação pelo Brasil para seu projeto de Sistema de Artilharia de Defesa Aérea de Média/Alta Altitude — lançado pela Portaria EME/C Ex. nº 1.338/2024 em junho do ano passado.

O sistema Akash é um dos dois únicos concorrentes sob consideração do Brasil — o outro é o Sky Dragon 50 da China — o que torna esta uma competição de alto risco no mercado estratégico da América do Sul.

Em um passo significativo para expandir sua presença global na defesa, "o sistema está sob avaliação", confirmaram fontes diplomáticas de alto escalão à BharatShakti , destacando o acompanhamento ativo da Índia desde o recebimento da Solicitação de Informações (RFI) do Brasil. Autoridades de defesa indianas supostamente mantêm um alto nível de engajamento, ressaltando a seriedade do interesse do Brasil.

Para o Brasil, a aquisição do Akash representaria um significativo aumento de capacidade. Os atuais meios de defesa aérea do país limitam-se a interceptar ameaças aéreas a até 3.000 metros, muito abaixo do teto operacional do Akash. Com o Brasil buscando proteger instalações militares e civis importantes em um vasto território nacional, acredita-se que altos funcionários do Exército Brasileiro tenham recomendado um acordo entre governos com a Índia para acelerar a aquisição.

Exim Bank para ancorar a expansão do comércio de defesa
Em um grande impulso institucional para esse crescente relacionamento de defesa, o Banco de Exportação e Importação da Índia (Exim Bank) estabelecerá seu primeiro escritório no Brasil até junho de 2025. A medida visa facilitar o financiamento de baixo custo e longo prazo para exportações de defesa e permitir joint ventures em setores-chave.

“Isso se alinha perfeitamente com a meta da Índia de aumentar as exportações de defesa para US$ 6 bilhões até 2029”, disse um alto funcionário ao BharatShakti . Com uma carteira de empréstimos de US$ 18,32 bilhões em 2023-24, a expansão da presença do Exim Bank deverá catalisar as iniciativas do Make in Brazil, aprimorando a capacidade da Índia de oferecer pacotes de exportação abrangentes que incluem financiamento, treinamento e coprodução.

'Make in Brazil': Coprodução Naval e de Armas de Pequeno Porte em pauta
Além da defesa aérea, o diálogo de defesa entre Índia e Brasil está se diversificando rapidamente. O Brasil está explorando ativamente oportunidades de produção conjunta nas áreas de construção naval e fabricação de armas leves.

Embora atualmente não haja discussões formais sobre a aquisição de fragatas construídas na Índia, autoridades brasileiras demonstraram forte interesse em desenvolver navios de guerra em conjunto e compartilhar as melhores práticas de construção naval.

“A construção naval é uma das áreas em que o Brasil busca colaboração — particularmente na construção conjunta de plataformas navais”, disseram as fontes. Ambos os países também utilizam fóruns como o Scorpène Club — uma coalizão de nações que operam submarinos Scorpène de projeto francês — para compartilhamento de experiências e práticas de manutenção de frotas submarinas.

Imagem inserida pela LRCA

A fabricação de armas de pequeno porte é outra área que vem apresentando rápido crescimento. As gigantes brasileiras de armas Taurus Armas SA e Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) já estabeleceram operações na Índia. A SSS Defence, com sede em Bengaluru, firmou uma joint venture com a CBC Global Ammunition, enquanto a Jindal Defence firmou parceria com a Taurus Armas para fabricar armas de fogo na Índia.

Ambas as joint ventures garantiram pedidos de testes iniciais do Exército Indiano e de clientes de exportação regionais, demonstrando sucesso inicial no esforço de localização da Índia.

“Mais empreendimentos como esse podem surgir em um futuro próximo, em qualquer um dos países”, indicaram autoridades, apontando para um compromisso compartilhado com a fabricação local e o compartilhamento de tecnologia.

Vídeo inserido pela LRCA

Laços aeroespaciais decolam com a parceria Embraer-Mahindra
O envolvimento com a defesa também se estende ao setor aeroespacial. A Embraer Defesa & Segurança, gigante aeroespacial brasileira, uniu-se à Mahindra Defence Systems para oferecer o avião de transporte tático C-390 Millennium ao programa de Aeronaves de Transporte Médio (MTA) da Índia.

Espera-se que o memorando de entendimento assinado em fevereiro de 2024 abra caminho para o desenvolvimento conjunto, transferência de tecnologia e montagem da aeronave na Índia, reforçando os objetivos duplos de Nova Déli: aumento da capacidade operacional e autossuficiência industrial.

À medida que a Índia fortalece sua presença estratégica na América Latina, o relacionamento de defesa entre Índia e Brasil está pronto para evoluir para um modelo robusto de cooperação Sul-Sul, definido pela confiança mútua, coprodução e alinhamento institucional de longo prazo.

WEG fornece equipamentos completos para a PCH Paredinha


*LRCA Defense Consulting - 21/04/2025

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) desempenham um papel fundamental na geração de energia renovável, aproveitando o potencial hidráulico dos rios para produzir eletricidade de forma sustentável e eficiente. Para garantir a operação confiável dessas usinas, é essencial contar com equipamentos de alta tecnologia e durabilidade.

Esse foi um dos motivos que levou a Ibemapar a escolher as soluções WEG, com sua expertise no setor de hidrogeração, desenvolve soluções completas para PCHs, combinando engenharia de ponta, tecnologia avançada e experiência na fabricação de equipamentos elétricos e mecânicos.

Para a PCH Paredinha a WEG forneceu três turbinas hidráulicas de 7.292 kW, três geradores de 7.788 kVA, além de quadros elétricos, dez transformadores que somam aproximadamente 50.000 kVA, subestação e toda a instalação elétrica.

Este é o segundo projeto desta natureza que a Ibemapar realiza com a WEG. Anteriormente foram fornecidas duas turbinas hidráulicas de 8.287 kW, e dois geradores de 8.935 kVA, incluindo quadros elétricos, transformadores, subestação e a instalação elétrica para a PCH Boa Vista II. A qualidade dos produtos fornecidos na PCH Boa Vista II foi decisiva para a consolidação da parceria com a Ibemapar, resultando no fechamento do contrato para a PCH Paredinha.

Com equipamentos de alto desempenho, o cliente tem segurança no retorno sobre o investimento, garantindo estabilidade operacional e previsibilidade na geração de energia. A confiabilidade das soluções WEG reforça o compromisso da empresa com o setor de hidrogeração, oferecendo tecnologia avançada e suporte robusto para operações de longo prazo.

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