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25 junho, 2025

Embraer KC-390 impressiona jornalista internacional especializado em guerra aérea

 


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2025

O jornalista especializado em aviação de combate, Babak Taghvee, após ter voado pela primeira vez na aeronave Embraer KC-390A, publicou o seguinte resumo em seu perfil no LinkedIn, alertando que a íntegra estará publicada na próxima edição da PTISI (ΠΤΗΣΗ em grego, que significa "Voo"), a revista de defesa mais antiga da Grécia.

"Há alguns dias, tive a oportunidade de voar a bordo do avião-tanque de transporte Embraer KC-390A Millennium pela primeira vez, avaliando seu desempenho sob a perspectiva de potencial utilidade para a Força Aérea Helênica. 

Tendo voado anteriormente em várias ocasiões a bordo de aeronaves C-130H, KC-130J e C-130J Hercules operadas pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos, Alemanha e XXX, fiquei imediatamente impressionado com a sequência de partida e decolagem do motor significativamente mais rápida e simplificada do KC-390A.

Da partida do motor ao táxi e decolagem levou apenas 10 minutos - menos da metade do tempo normalmente exigido pelo C-130J, que geralmente varia entre 20 e 40 minutos devido à complexidade das verificações pré-voo envolvendo seus quatro motores.

O moderno conjunto de aviônicos do KC-390A permite um ambiente de cockpit altamente intuitivo e amigável ao piloto, tornando a aeronave não apenas eficiente, mas também agradável de operar. Como o Hércules, ele é totalmente capaz de realizar decolagens e pousos táticos, mas oferece a vantagem distinta dos sistemas contemporâneos que reduzem a carga de trabalho da tripulação e aumentam a consciência situacional - um fator importante para missões operacionais e de treinamento."

*Babak Taghvaee é Analista de Defesa e Segurança, Jornalista Investigativo (OSINT), Autor, Historiador e Engenheiro de Manutenção de Aeronaves. 

24 junho, 2025

Embraer inaugura novas instalações de MRO (manutenção, reparo e revisão) em Fort Worth, Dallas (EUA)

 

*LRCA Defense Consulting - 24/06/2025

A Embraer inaugurou hoje suas novas instalações de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) para aviação comercial no Aeroporto Perot Field Alliance em Fort Worth, Texas. Em parceria com a cidade de Fort Worth e o estado do Texas, a Embraer iniciará as operações em um hangar existente, enquanto constrói um segundo hangar que está programado para ser concluído em 2027. 

Com as novas instalações, a capacidade para atender aos clientes da Embraer nos Estados Unidos irá crescer consideravelmente, com um aumento de 53% em todo o país. O investimento aproximado é de US$ 70 milhões e espera-se a criação de aproximadamente 250 novos empregos ligados à aviação no Texas. 

“Estamos entusiasmados em nos juntar à Embraer para celebrar o lançamento da expansão de suas operações no Aeroporto Perot Field Fort Worth Alliance. A missão da Hillwood no AllianceTexas é atrair empresas de renome internacional e, ao mesmo tempo, criar novos empregos em nossa região – e a Embraer está fazendo exatamente isso. A expansão gradual e o investimento em Fort Worth destacam a força de nossas parcerias e a posição de Fort Worth como um centro de excelência aeroespacial”, afirma Bill Burton, Vice-Presidente Executivo da Hillwood. 

“A inauguração da nova unidade da Embraer é apenas o exemplo mais recente de como Fort Worth é o lugar ideal para iniciar, construir ou expandir um negócio”, disse Robert Allen, Presidente e CEO da Fort Worth Economic Development Partnership. “Fort Worth foi declarada Capital da Aviação no Texas pelo governador e esse anúncio comprova isso. Esta nova unidade no aeroporto Alliance permitirá que a Embraer expanda suas operações de aviação e crie centenas de novos empregos para nossa região. É hora da Embraer e de Fort Worth alçarem voo!” 

“Estamos muito entusiasmados em iniciar as operações em nossa nova instalação de MRO em Fort Worth. O apoio da Cidade de Fort Worth, do Condado de Denton e do Estado do Texas tem sido essencial para o lançamento desta operação. Continuaremos trabalhando para expandir a capacidade e a presença da Embraer nos EUA”, afirma Frank Stevens, Vice-Presidente Global de Centros de MRO da Embraer Serviços & Suporte. 

O novo centro de serviços de Fort Worth é o 13º centro de serviços próprio da Embraer, dentre mais de 80 centros de serviços autorizados no mundo todo.

Por que o Brasil deve investir em veículos lançadores orbitais?

 


*LRCA Defense Consulting - 24/06/2025

Desenvolver veículos lançadores orbitais é fundamental para garantir a soberania nacional no acesso ao espaço. Com capacidade própria de lançamento, o Brasil conquista mais autonomia, segurança e eficiência para colocar seus satélites em órbita — reduzindo custos operacionais e fortalecendo sua presença no setor espacial.

Essa capacidade estratégica impulsiona:
- O monitoramento ambiental e climático
- O estabelecimento de comunicações seguras e independentes
- A observação da Amazônia e do território nacional
- O desenvolvimento científico, tecnológico e educacional
- O fortalecimento da indústria aeroespacial nacional

Um exemplo concreto desse avanço é o VLN-AKR, veículo lançador brasileiro fruto da parceria entre Akaer, Acrux, BRENG e EMSISTI, com financiamento da Finep.

O VLN AKR está sendo concebido para ser leve, compacto e eficiente, com capacidade de inserir cargas úteis em órbita circular equatorial de até 450 km. Trata-se de um passo decisivo para consolidar a base industrial e tecnológica do Brasil no setor espacial.

Com infraestrutura estratégica, como o Centro Lançamento de Alcântara (MA), e um ecossistema de inovação em expansão, o Brasil tem todas as condições para se tornar um polo espacial regional.

Investir em veículos lançadores nacionais é investir no futuro, na inovação e na soberania do país. 

Saiba mais:
- Com a evolução do foguete lançador de nanossatélites 100% nacional, Brasil está cada vez mais próximo do espaço

- Acrux Aerospace Technologies revela avanços na propulsão de foguetes: rumo ao espaço com tecnologia 100% brasileira

- Akaer conclui com sucesso a Fase A do projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte VLN-AKR

23 junho, 2025

Drone UAVI 100 – Bombeiro: tecnologia nacional em solução inovadora para combate a incêndios


*LRCA Defense Consulting - 23/06/2025

O Drone UAVI Bombeiro, também conhecido como UAVI 100 – Bombeiro, é o primeiro drone desenvolvido no Brasil para combate a incêndios e se constitui em uma solução inovadora neste campo, combinando autonomia, precisão e segurança. Alavancando tecnologia nacional, representa um avanço significativo para proteger pessoas, patrimônio e meio ambiente. 

Criado pela empresa brasileira UAVI (São José dos Campos – SP), o equipamento já foi entregue ao Corpo de Bombeiros do Amazonas e está sendo implantado em guardas municipais integradas em diversas cidades.

Características principais


Combate remoto, mas abastecido por caminhão
O drone é conectado a um caminhão dos bombeiros via mangueira (cerca de 1 ½″) e lança água diretamente sobre o fogo, mantendo os bombeiros longe das chamas 

Capacidade de carga e desempenho
Pode transportar até 90 kg (ou 150 kg segundo SSP-AM), voar a uma altura de até 30 metros (o equivalente a um prédio de 10 andares) e permanecer no ar por cerca de 30 minutos.

Operação FPV com realidade virtual
O piloto utiliza óculos de realidade virtual (FPV), com transmissão em tempo real, para direcionar o jato de água com precisão cirúrgica.

Troca rápida de baterias
Voa com duas baterias simultâneas e tem uma terceira reserva, permitindo trocas rápidas (em ~2 min) e recarga em ~15 min.

Construção robusta e ambiente adverso
Projetado para operar em áreas de risco – florestas, indústrias, prédios – com motores potentes e estrutura resistente, reduzindo riscos para bombeiros 

Vantagens e inovações
- Alta precisão e rapidez no combate, mesmo em locais de difícil acesso, evitando a exposição dos bombeiros.

- Integração com sistemas operacionais dos GCIP (Grupamentos de Combate a Incêndio e Proteção Civil), ampliando o alcance das ações de segurança pública.

- Soberania tecnológica brasileira: foi desenvolvido na UAVI-SP e representa um marco nacional em inovação para resposta a emergências 

Onde está em uso
O UAVI 100 – Bombeiro já foi entregue ao Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e está em operação para combater incêndios na Região Metropolitana de Manaus e em áreas remotas da floresta. 

Está sendo implantado no Grupamento Integrado de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP) em 16 municípios do interior do estado (como Apuí, Atalaia do Norte e Barcelos), além da capital.

O Amazonas é o primeiro estado do Brasil a receber essa tecnologia inovadora, tornando-se referência nacional no uso de aeronaves remotamente pilotadas no combate a incêndios.  



UAVI 100 Defesa 
O UAVI 100 Defesa faz parte da linha modular da UAVI, projetado especificamente para operações táticas em áreas de alto risco, ideal para aplicações militares e de segurança. 

Trata-se de um drone robusto, preciso, configurável e portátil, especialmente adaptado para operações táticas, lançamentos de carga, vigilância e suporte militar, com autonomia de cerca de 22 min, posicionamento RTK e capacidade relevante de carga.

Propósito e Capacidade
O drone atua em cenários de alto risco, dando suporte estratégico com agilidade e precisão, vindo equipado para lançar equipamentos ou dispositivos (como sensores, cargas, etc.) em alvos pré-determinados, seja em operações de ataque ou seja nas de suporte.

Controle Inteligente
- Controle com tela de alto brilho, visível mesmo sob luz solar intensa; inclui porta USB‑C e SIM card. 

- Extremamente leve e portátil, projetado para uso rápido em campo.

- Opera em ampla faixa de temperaturas: -20 °C a +40 °C, ideal para ambientes desafiadores.

Autonomia e Precisão
- Bateria de 30 000 mAh, que permite até aproximadamente 22 minutos de voo sem carga — adequado ao porte e peso da plataforma.

- Posicionamento centimétrico via RTK, compatível com estações fixas ou móveis, garantindo precisão em missões táticas. 

Capacidade de Carga
- Até 60 L ou 50 kg por bateria, ou carga equivalente por missão — que pode incluir sensores, pacotes, ou cargas específicas. 

- Suporta múltiplos acessórios configuráveis, ampliando sua versatilidade conforme a operação.

Confiabilidade Operacional

- Estrutura robusta para ambientes difíceis, com componentes pra uso em campo intenso; indicado para cenários militares, de vigilância ou intervenções emergenciais. 

- Operação segura em áreas urbanas e rurais, com sistema de manutenção e suporte técnico da UAVI. 

Considerações Legais e de Suporte
- Requer licenciamento ANAC, homologação ANATEL e aprovação do DECEA para voos dentro do espaço aéreo controlado. 

- A UAVI oferece garantia e suporte técnico especializado, além de orientação para armazenamento e transporte seguros. 

Sobre a UAVI
Situada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), a UAVI é uma empresa brasileira inovadora no setor de drones multiuso, com soluções robustas para agricultura, defesa, logística, limpeza e, sobretudo, combate a incêndios. Com tecnologia nacional e presença ativa em cenários reais, a empresa representa um grande impulsionador da autossuficiência tecnológica no país. A empresa é 100% nacional e tem foco em inovação e independência tecnológica. 


22 junho, 2025

Fokker Services Group é credenciado como Organização de Design Militar pelo Ministro da Defesa da Holanda com foco no C-390

 


*LRCA Defense Consulting - 22/06/2025

O Fokker Services Group (FSG), um fornecedor independente de soluções aeroespaciais, anunciou que foi credenciado como Organização de Design Militar (MDOA) pelo Ministro da Defesa da Holanda. 

O FSG estará habilitado a realizar atividades de projeto de engenharia de aeronaves e modificações no multifuncional Embraer C-390M. Atuando como um parceiro-chave e fornecedor da Força Aérea Real da Holanda (RNLAF), o FSG apoiará a prontidão operacional e a sustentação de longo prazo deste importante ativo da OTAN. 

A Autoridade de Aviação Militar da Holanda forneceu o credenciamento após uma extensa auditoria declarando a empresa como elegível e aprovando seus procedimentos conforme descrito nos Termos de Credenciamento. 

O FSG tem uma rica história em modificações e conversões de aeronaves, apoiando várias forças aéreas com manutenção, engenharia e suporte logístico. No ano passado, a empresa já anunciou a operação conjunta de um novo hangar com a RNLAF em Woensdrecht (Holanda) e uma parceria com a Embraer Defesa & Segurança para a entrega de aeronaves C-390M, incluindo modificações da OTAN. Além disso, a FSG concluiu um novo programa de aeronaves de missão especial Gulfstream G550 no ano passado.

"É uma honra para nós ajudar a RNLAF com nossa experiência confiável em design de aeronaves. Estamos em uma posição única para fazer uma contribuição significativa para a defesa do espaço aéreo europeu, trazendo nossas capacidades integradas em design, aeronavegabilidade e manutenção a serviço da RNLAF - e, em última análise, a serviço da sociedade em geral", disse Roland van Dijk, co-CEO do FSG.

Ao apoiar a Real Força Aérea Holandesa na sustentação de longo prazo e prontidão operacional de suas plataformas críticas da OTAN, o FSG continua a construir seu legado de experiência em aviação militar. Cada projeto aprimora cada vez mais as capacidades da empresa, aprofunda sua compreensão dos requisitos da Força Aérea e reforça uma forma sinérgica de trabalhar que reflete a mentalidade operacional de seus parceiros militares. Ao fazer isso, o FSG fortalece sua posição como aliado preferida das Forças Aéreas e contribuinte confiável para o ecossistema de defesa da Europa. 

Fechamento do Estreito de Ormuz: estratégia geopolítica ou tiro no pé para o Irã?

 


*LRCA Defense Consulting - 22/06/2025

No cenário da guerra entre Israel e Irã, e após o ataque dos Estados Unidos a três complexos nucleares deste país, a mídia internacional informou hoje (22) que o parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, cabendo a decisão final agora à liderança da teocracia governante (conselho supremo).

O Estreito de Ormuz é uma estreita faixa de mar localizada entre o Golfo Pérsico e o Mar de Omã, separando o Irã da Península Arábica (principalmente os Emirados Árabes Unidos e Omã). Ele tem cerca de 50 km de largura no ponto mais estreito, com apenas cerca de 3 km de faixa navegável para cada sentido de tráfego marítimo.

É um dos principais gargalos de transporte de petróleo do mundo. Aproximadamente 20% de todo o petróleo comercializado globalmente passa diariamente por ali (dados recentes indicam entre 15 a 18 milhões de barris por dia). Países exportadores que dependem da passagem por Ormuz incluem: Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar e Iraque. Além do petróleo, grande parte das exportações de gás natural liquefeito (GNL) do Catar também passa por lá.

O Irã exerce influência significativa sobre o estreito devido à sua proximidade geográfica e presença militar, incluindo a Guarda Revolucionária Islâmica, que opera na região. A profundidade rasa e a largura limitada tornam o estreito vulnerável a bloqueios ou ataques. A região é marcada por tensões entre o Irã e potências ocidentais (especialmente os EUA), além de rivalidades regionais com países como Arábia Saudita. Conflitos históricos, como ataques a navios petroleiros e ameaças de fechamento, aumentam a instabilidade.

Fluxo marítimo do petróleo e principais pontos de estrangulamento nas rotas

Consequências econômicas de um eventual fechamento do Estreito de Ormuz
Com cerca de 20% do petróleo mundial (e 25% do GNL) passando pelo estreito, um bloqueio interrompe milhões de barris diários. Mesmo um fechamento parcial causa disrupções significativas. Este fato poderá desencadear uma alta instantânea e significativa nos preços internacionais do petróleo. 

Em situações anteriores de tensão na região, apenas ameaças de fechamento já elevaram o preço do barril em 10% a 20% em poucos dias. Analistas internacionais estimam que, se o fechamento for efetivo e prolongado, o preço do petróleo poderia ultrapassar os US$ 150 ou até US$ 200 por barril, dependendo da duração.

Países asiáticos, como China, Índia, Japão e Coreia do Sul, que importam grande parte de seu petróleo do Golfo Pérsico, seriam particularmente afetados, sofrendo interrupções significativas no fornecimento de petróleo e gás. A China, que é o maior importador mundial de petróleo, é especialmente vulnerável, pois cerca de 40% de suas importações passam por Ormuz. A Europa e os EUA também enfrentariam aumento de custos, embora os EUA sejam menos dependentes devido à produção doméstica de xisto. 

Países como Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, que dependem da exportação de petróleo pelo estreito, enfrentariam perdas significativas de receita. As alternativas logísticas são limitadas, pois embora alguns países da região tenham rotas alternativas de oleodutos (ex.: o oleoduto East-West da Arábia Saudita), elas não têm capacidade suficiente para substituir o volume que normalmente passa por Ormuz, podendo escoar somente cerca de 5 milhões de barris de petróleo por dia. 

Ou seja, a infraestrutura global de transporte de petróleo não é suficiente para compensar um fechamento total. Um bloqueio prolongado incentivaria investimentos em rotas alternativas, como oleodutos ou portos fora do Golfo, mas essas soluções levariam anos para se tornarem viáveis.

Por fim, preços mais altos do petróleo aumentariam os custos globais de transporte, manufatura e bens de consumo, alimentando a inflação e potencialmente desencadeando recessões em economias vulneráveis.

Como poderia ser realizado o "bloqueio"
Como Israel, juntamente com uma eventual coalização de países, possui completo domínio do espaço aéreo iraniano, a implementação de um eventual bloqueio via minagem normal das águas correria o sério risco de os meios marítimos (navios e submarinos) empregados serem destruídos pela Força Aérea de Israel ou da coalizão. No entanto, é preciso considerar que a colocação de minas é uma tática de baixo custo, difícil de detectar e de rápida implementação. Pequenos barcos da Força Quds, Guarda Revolucionária e da Marinha Iraniana podem lançar minas de forma rápida e dispersa, inclusive de embarcações civis disfarçadas.

O Irã tem baterias de mísseis costeiros antinavio posicionadas ao longo de sua costa sul, como os mísseis Noor, Qader, Khalij Fars e variantes do C-802. Mesmo com o domínio aéreo israelense, a quantidade e dispersão desses lançadores móveis dificultam sua destruição completa em um curto período. O país tem também centenas de lanchas rápidas, armadas com foguetes, metralhadoras e até mísseis leves. Essas embarcações podem realizar ataques de enxame (swarm tactics) contra navios mercantes ou mesmo navios de guerra. Táticas de saturação podem sobrecarregar os sistemas defensivos de navios de guerra presentes na região.

Tendo desenvolvido uma capacidade considerável de drones de ataque (ex.: Shahed 136, Mohajer-6), o Irã pode usar drones kamikaze contra navios comerciais ou militares. Também pode empregar mísseis balísticos de curto alcance para tentar atingir instalações portuárias, bases navais ou navios ancorados na região. Além disso, pode usar suas forças de operações especiais navais (IRGC Navy Special Forces) para realizar ataques de sabotagem contra navios em trânsito, usando minas lapa (dispositivos explosivos projetados para serem fixados diretamente no casco de um navio ou estrutura submersa) colocadas por mergulhadores de combate, ou ainda drones navais (de superfície ou submersos).

O país já demonstrou capacidade de interferência GPS e spoofing (exemplo: caso do drone RQ-170 Sentinel dos EUA em 2011). Pode tentar desorientar navios, criar confusão de navegação, dificultando o tráfego no estreito, inclusive com novidades tecnológicas, como o uso de micro-ondas de alta potência e/ou dispositivos EMP (pulso), como se suspeita já ter ocorrido em diversos incidentes com navios no Mar Arábico. 

Enfim, acredita-se que Irã consiga, com razoável probabilidade, causar interrupções temporárias e ataques pontuais no Estreito de Ormuz, por meio de táticas assimétricas, minagem, mísseis, drones, ataques de enxame ou outros meios. Porém, manter o bloqueio por mais de alguns dias ou semanas seria quase impossível, dada a superioridade aérea israelense, o poder naval dos EUA e a resposta militar inevitável de coalizões internacionais.

No entanto, a questão central é saber se algum navio mercante ou militar se arriscaria a tentar cruzar o Estreito de Ormuz com tantas ameaças pendentes.

"Tiro no pé" para o Irã
O Irã exporta cerca de 1-2 milhões de barris de petróleo por dia, representando aproximadamente 50-60% de suas receitas de exportação e uma parte significativa do PIB (cerca de 10-15%). O Estreito de Ormuz é a principal rota para essas exportações, direcionadas principalmente para a Ásia (China, Índia, Coreia do Sul).

Um bloqueio do estreito interromperia quase completamente as exportações iranianas de petróleo, já limitadas por sanções dos EUA. Isso resultaria em uma queda drástica na receita do governo, agravando o déficit fiscal. A perda de bilhões de dólares em receita mensal (estimada em US$ 2-4 bilhões, dependendo dos preços do petróleo) comprometeria a capacidade do governo de financiar despesas públicas, incluindo subsídios a combustíveis e alimentos, essenciais para manter a estabilidade social.

A economia iraniana já sofre com inflação crônica (acima de 30% ao ano em 2023) e desvalorização do rial devido a sanções e má gestão econômica. A perda de receitas de exportação intensificaria a pressão sobre a moeda, potencialmente levando a uma hiperinflação. O Irã depende de importações de bens essenciais, como alimentos, medicamentos e bens industriais. Um fechamento do estreito elevaria os custos de transporte e seguro marítimo, encarecendo essas importações e aumentando os preços domésticos. A alta dos preços de bens básicos, combinada com a escassez de divisas, poderia agravar a insatisfação popular, aumentando o risco de protestos internos, como os vistos em 2019 e 2022.

O fechamento do Estreito de Ormuz seria interpretado como uma ameaça à segurança global, provavelmente resultando em novas sanções lideradas pelos EUA e pela União Europeia. Isso poderia incluir restrições ainda mais rigorosas ao sistema financeiro iraniano, dificultando transações internacionais, mesmo com aliados como a China.

Países como a China, que compram petróleo iraniano com descontos, poderiam buscar fornecedores alternativos (como Arábia Saudita ou Rússia) para evitar os riscos associados ao estreito. Isso reduziria ainda mais a demanda pelo petróleo iraniano. O país tem buscado diversificar suas parcerias comerciais (ex.: BRICS, Organização de Cooperação de Xangai), mas um bloqueio poderia minar a confiança de tais parceiros, que também dependem do estreito.

O Irã exporta pequenas quantidades de GNL, que passariam a ser bloqueadas pelo fechamento do estreito. Embora o gás represente uma fatia menor da economia, a interrupção agravaria a crise de divisas. O Catar, maior exportador de GNL do mundo e vizinho do Irã, também seria afetado pelo bloqueio, mas poderia se beneficiar de rotas alternativas no longo prazo, ganhando mercado às custas do Irã.

O fechamento do estreito exigiria uma mobilização militar significativa, com custos elevados para manter a Guarda Revolucionária Islâmica e operações navais, o que seria agravado pelo fato de não dispor de domínio do espaço aéreo. Isso desviaria recursos de setores críticos, além de realocar meios militares que são fundamentais para as demais operações.

Uma resposta militar dos EUA ou aliados (como Arábia Saudita e Israel) poderia resultar em ataques a instalações iranianas, incluindo refinarias e campos de petróleo, destruindo infraestrutura essencial e prolongando a crise econômica. Poderia também incluir o bloqueio de portos iranianos, como o de Bandar Abbas, prejudicando todo o seu comércio marítimo. Isso limitaria não só a exportação de petróleo, mas também a importação de bens essenciais, gerando um caos na economia local. Mesmo que o bloqueio fosse temporário, o aumento dos prêmios de seguro marítimo e a interrupção das rotas comerciais afetariam o comércio iraniano a longo prazo.

O Irã já enfrenta escassez de energia devido a sanções que limitam investimentos em infraestrutura de petróleo e gás. Um bloqueio poderia agravar a escassez de combustíveis internamente, afetando a indústria e o transporte.

A interrupção das exportações e o aumento dos custos de produção aprofundariam a recessão econômica, elevando o desemprego (já em torno de 10-12%) e reduzindo o poder de compra da população. A instabilidade econômica e política poderia intensificar a fuga de capitais e a emigração de talentos, enfraquecendo ainda mais a economia.

Assim, o fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã seria uma medida de alto risco com consequências econômicas devastadoras para o próprio país. A interrupção das exportações de petróleo, principal fonte de receita, levaria a uma crise fiscal, inflação galopante e desvalorização do rial, agravando a instabilidade social e política. Novas sanções e a possibilidade de um conflito militar prolongado destruiriam a infraestrutura crítica e intensificariam o isolamento econômico do Irã. 

Embora o bloqueio possa ser usado como uma arma geopolítica para pressionar seus inimigos, os custos domésticos seriam desproporcionais, tornando a estratégia autolesiva e insustentável. A economia iraniana, já enfraquecida por sanções e má gestão, enfrentaria um colapso ainda mais profundo, com impactos duradouros na estabilidade do regime.

Porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos USS Gerald R. Ford e USS Dwight D. Eisenhower juntos no Mediterrâneo oriental em 3 de novembro de 2023. (USNavy Janae Chambers/Divulgação)

Prováveis consequências de ordem militar e geopolítica
É provável que uma ação de bloqueio, especialmente se for prolongada, provoque uma forte resposta militar dos Estados Unidos e de aliados ocidentais. A 5ª Frota da Marinha dos EUA, baseada no Bahrein, tem como uma de suas principais missões garantir a liberdade de navegação na região. 

Portanto, não se descarta a ocorrência de uma escalada militar entre Irã e EUA, com risco de conflito regional envolvendo também Israel, Arábia Saudita e outros países do Golfo prejudicados pelo fechamento do Estreito. China e Rússia, que têm laços com o Irã, poderão oferecer apoio diplomático ou econômico, complicando os esforços para resolver a situação. 

Ponto geoestratégico vital para o fluxo energético global
O Estreito de Ormuz é uma artéria vital para o comércio global de petróleo, e seu fechamento pelo Irã teria consequências devastadoras, com aumento drástico dos preços do petróleo, impacto econômico global e risco de escalada militar. 

A duração do fechamento seria crucial: interrupções curtas causariam choques significativos, mas passageiros, enquanto que um bloqueio prolongado poderia redesenhar a economia e a geopolítica global. 

A comunidade internacional, portanto, tem forte incentivo para evitar tal cenário, seja por meio de diplomacia, seja empregando a dissuasão militar.
 

Kryptus e CAIXA renovam contrato de cibersegurança. Há previsão de aumento de ameaças contra setor de governo


*LRCA Defense Consulting - 22/06/2025

A parceria entre a Kryptus, multinacional brasileira especializada em cibersegurança e criptografia, e a Caixa Econômica Federal (CAIXA) acaba de entrar em seu quinto ano de execução. Os serviços do Centro de Operações de Segurança (SOC) da empresa receberam menção no Relatório Integrado de Gestão 2024 da instituição financeira, publicado recentemente em seu site de Relações com Investidores.

O suporte da Kryptus consiste na prestação de serviços de Operações de Segurança Cibernética, denominados SOC, com previsão de mão-de-obra dedicada na CAIXA, e a empresa também executará o contrato com profissionais no seu ambiente próprio. Em suma, as equipes especializadas em defesa cibernética (Blue Team) da empresa são responsáveis pela resposta e tratamento de incidentes de segurança da informação em regime 24x7.

“A demanda por serviços de SOC no setor governamental vem crescendo, e nossa projeção é de que esse mercado siga em expansão pelos próximos cinco anos, impulsionado pelo aumento da digitalização dos serviços públicos e, consequentemente, das ameaças cibernéticas. A continuidade da parceria com a CAIXA reafirma o nosso compromisso com a soberania e segurança das instituições públicas brasileiras", afirma Felipe Manso, CCO da Kryptus.

Além de Caixa Econômica Federal, a Kryptus também fornece sua expertise a outras instituições fundamentais do segmento de governo no Brasil, como Banco Central (BACEN), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e SPTrans. 

21 junho, 2025

Motor turbojato Turbomachine TJ-1000: propulsão brasileira promovendo Soberania e Defesa

 


*LRCA Defense Consulting - 21/06/2025

A Turbomachine apresentou o TJ-1000, um motor turbojato de empuxo de 1000 lbf desenvolvido com foco em sistemas aéreos estratégicos. É um turbojato de carretel único, com um compressor axial transônico de quatro estágios, uma câmara de combustão anular de fluxo direto e uma turbina axial de estágio único - um design robusto e moderno com excelente relação empuxo-peso.

O motor vem com um sistema FADEC (Full Authority Digital Engine Control) totalmente integrado - também desenvolvido pela Turbomachine - garantindo controle preciso, maior segurança operacional e integração perfeita com plataformas autônomas.

Classificado como um Produto de Defesa Estratégica (PED), o TJ-1000 já completou uma extensa campanha de validação com marcos importantes:

- Mais de 600 partidas de motor bem-sucedidas
- Mais de 100 horas de operação acumulada sem falhas
- Teste de resistência com mais de 1 hora de operação contínua
- Desempenho comprovado em ambientes simulados, incluindo testes de exposição à água
- Campanha de voo, durante a qual o motor quebrou o recorde de distância na base aérea onde foi testado - uma conquista histórica!

O TJ-1000 representa um avanço significativo no fortalecimento da base industrial de defesa nacional, com tecnologia 100% brasileira pronta para enfrentar os desafios atuais e futuros. 

20 junho, 2025

Atech, do Grupo Embraer, reforça sua presença na Europa com um escritório em Portugal


 

*LRCA Defense Consulting - 20/06/2025

A Atech, empresa do Grupo Embraer, está expandindo sua presença internacional na Europa com a abertura de um novo escritório em Lisboa, Portugal. Essa expansão, realizada em cooperação com a Embraer Defense Europe, faz parte da estratégia da empresa de aprimorar seus objetivos de negócios no exterior, especialmente nos setores de Defesa e Segurança, bem como em Gestão de Tráfego Aéreo.

A empresa já participa regularmente do Locked Shields, um exercício anual de defesa cibernética organizado pelo Centro de Excelência em Defesa Cibernética Cooperativa (CCDCOE) da OTAN, e pretende expandir ainda mais sua presença na Europa com a instalação de um espaço físico ao lado da Embraer Europe Defense.

Este será o primeiro escritório da Atech fora do Brasil, embora as tecnologias desenvolvidas pela empresa já estejam presentes em diversos países da Ásia e da América Latina, além do Brasil.

Rodrigo Persico de Oliveira, CEO da Atech, afirmou: "O escritório de Lisboa aprofundará o relacionamento da Atech com empresas e organizações europeias. Temos uma forte presença nos Locked Shields da OTAN e estamos comprometidos em fortalecer nossas conexões com parceiros internacionais estratégicos para expandir nossos negócios na Europa." 

Embraer A-29 Super Tucano para o Togo?


*LRCA Defense Consulting - 20/06/2025

O jornalista especializado Felipe Sales, do canal Base Militar Video Magazine, publicou um short afirmando que o A-29 Super Tucano, que participou do Paris Air Show 2025, em breve irá para o Togo, na África, como a quinta aeronave de uma encomenda que esse país teria feito.

Até o momento, os países africanos confirmados como operadores incluem Angola, Burkina Faso, Mali, Gana, Moçambique, Mauritânia e Senegal.

Caso se confirme a informação, e como a Embraer, até o momento, não divulgou nenhuma venda para esse país, é possível que Togo seja o "cliente não revelado" que adquiriu quatro A-29 em 31 de dezembro de 2024, ou ainda que essa seja uma nova venda ainda não divulgada, haja vista que Sales comentou ser a "quinta aeronave".

Lembrando que, conforme o comunicado da Embraer, as aeronaves vendidas no último dia do ano passado "realizarão uma ampla gama de missões, como vigilância de fronteiras, inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), apoio aéreo tático (CAS), contrainsurgência e treinamento de voo avançado".

A Força Aérea do Togo (Armée de l'air togolaise) é uma das menores da África, com capacidades limitadas e foco em missões de transporte, reconhecimento e apoio logístico. O Togo não é conhecido por operar uma frota significativa de aeronaves de combate, mas sim por utilizar aeronaves de transporte e helicópteros para funções utilitárias e de apoio às forças armadas. Sua capacidade, em aeronaves de ataque se resume a cinco Dassault‑Dornier Alpha Jet E, quatro Aermacchi MB‑326G e três Socata TB 30 Epsilon, todos de modelos antigos e destinados a treinamento e ataque leve.

Assim, a eventual aquisição de cinco modernos Embraer A-29 Super Tucano representaria um forte upgrade na Força Aérea desse país, possibilitando-lhe enfrentar com mais eficácia as ameaças de segurança relacionadas a ataques de grupos extremistas na região norte do país, especialmente na fronteira com Burkina Faso, devido à expansão de grupos jihadistas do Sahel, como a Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM), afiliada à Al-Qaeda. Também serão úteis nos esforços de combate à pirataria e ao contrabando no Golfo da Guiné, onde o porto de Lomé é um ponto estratégico.

O Togo não enfrenta atualmente uma guerra civil ou conflitos armados internos de grande escala, bem como não há registros de conflitos armados internacionais, como guerras com países vizinhos. O país mantém relações cooperativas com Benin, Ghana e Burkina Faso, focando em segurança regional.


18 junho, 2025

Embraer CAE Training Services implementa novo simulador de voo completo em Madri para clientes do E2


*LRCA Defense Consulting - 18/06/2025

A Embraer e a CAE estão expandindo sua rede de simuladores de voo completo com a implantação de um simulador de voo completo (FFS) E2 de última geração no centro de treinamento da CAE em Madri, localizado próximo ao Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas. O novo simulador E2 será operado pela Embraer CAE Training Services (ECTS) e será o primeiro simulador a dar suporte à crescente frota da família E2 na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA). 

"Com este novo simulador em Madri, a CAE expande sua parceria com a Embraer e reforça seu compromisso de oferecer suporte aos clientes do E2 na EMEA", disse Michel Azar-Hmouda, Presidente da Divisão de Aviação Comercial da CAE. "O treinamento avançado oferecido em Madri, com o curso de Avaliação de Treinamento Baseada em Competências (CBTA) da CAE e o simulador virtual CAE Simfinity, aprimorará o treinamento presencial. Isso, combinado com o simulador de última geração, garante que nossos pilotos treinados em E2 tenham as habilidades e a confiança necessárias para operar a aeronave E2 com segurança." 

“Este é um marco significativo para a nossa parceria com a CAE, que dará suporte à crescente frota de E2 na EMEA. Na CAE Madrid, nossos clientes se beneficiarão de treinamento de classe mundial e tecnologia de ponta – mais perto de casa. A Embraer está muito satisfeita com esta implantação e continuaremos trabalhando diariamente para estar onde nossos clientes precisam”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte. 

Este é o segundo simulador E2 a ser implantado na rede ECTS, juntando-se ao E2 FFS em operação no centro de treinamento da CAE em Singapura. A ECTS opera nove simuladores de voo completo da família Phenom nos centros de treinamento de aviação executiva da CAE em Dallas, Texas; Las Vegas, Nevada; Burgess Hill, Reino Unido; São Paulo, Brasil; e Viena, Áustria, onde o treinamento começa neste verão.

Taurus vence importante licitação de pistolas 9mm e avança estrategicamente na Índia


 

*LRCA Defense Consulting - 18/06/2025

A Taurus, maior vendedora de armas leves do mundo, acaba de conquistar, por meio da joint venture com o grupo Jindal Defence Systems Pvt Limited, uma importante licitação para o fornecimento de pistolas calibre 9 mm destinadas a um órgão policial da Índia, consolidando ainda mais sua entrada no mercado institucional neste país e demonstrando a confiança das autoridades locais na qualidade e confiabilidade dos produtos da marca. 

A Companhia avança de forma consistente na consolidação de sua presença internacional, reforçando sua atuação em mercados estratégicos como o indiano. 

De acordo com o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, o mercado indiano oferece um potencial expressivo no segmento militar, de segurança pública e civil. A empresa enxerga a Índia como uma oportunidade estratégica, com perspectivas promissoras a médio e longo prazo. 

A JD TAURUS é a primeira fábrica de armas instalada no estado de Haryana e representa um passo estratégico na expansão global da Taurus. A parceria foi firmada entre o Grupo Jindal e Taurus durante o primeiro Diálogo Brasil-Índia da Indústria de Defesa, no âmbito do Fórum Empresarial Índia-Brasil (IBBF), organizado pelo Ministério das Relações Exteriores da Índia, e está alinhada ao programa governamental “Make in India”, que visa fomentar a indústria local por meio de investimentos e transferência de tecnologia.

A Taurus vem se destacando e colocando o Brasil em evidência com a participação em projetos de transferência de tecnologia. Com o sucesso da joint venture na Índia e a conquista desta importante licitação, a Taurus reafirma seu compromisso com a inovação, a excelência industrial e a expansão sustentável em mercados internacionais estratégicos. 

Decola o Embraer E-Freighter E190F, com a Bridges Air Cargo como cliente de lançamento

 


*LRCA Defense Consulting - 18/06/2025

A Embraer, líder global na indústria aeroespacial, anunciou hoje, em conjunto com a empresa de leasing Regional One, que a Bridges Air Cargo será a cliente de lançamento da nova conversão de E-Freighter E190F, de passageiro para carga (P2F). Este jato, a primeira de duas conversões, deverá começar a operar na frota da Bridges no terceiro trimestre de 2025. 

A Bridges Air Cargo faz parte da Bridges Worldwide, fornecedora líder de soluções para a comunidade internacional de logística, entregas expressas e entregas expressas. A empresa mantém parcerias com importantes provedores globais de logística, incluindo FedEx, DHL e UPS, para atender às suas necessidades de rede de alto desempenho e com prazos críticos. 

Guy Bridges, Diretor Executivo da Bridges Air Cargo, afirmou: “É apropriado que a Bridges se torne o cliente de lançamento do E-Freighter, ao celebrarmos 35 anos de operações e mais de um bilhão de quilos movimentados para o mercado expresso. O tamanho da aeronave preenche um espaço único e carente no segmento de carga. Ela fortalece nossa capacidade operacional e abre caminho para o desenvolvimento de novas rotas promissoras. Estamos entusiasmados com a parceria com a Embraer e a Regional One no que consideramos um avanço fundamental para a carga aérea regional.” 

“Como a primeira conversão P2F do E190, este marco reforça a dedicação da Regional One à inovação no mercado de aviação regional. Juntamente com a Embraer e nossos valiosos parceiros, estamos estabelecendo um novo padrão para o transporte regional de carga, transformando um dos jatos regionais mais eficientes do mundo no cargueiro de última geração. Hoje, temos o prazer de receber a Bridges Air Cargo como nossa mais nova parceira nesta jornada transformadora, reforçando nossa visão compartilhada para o futuro da logística regional”, disse o presidente da Regional One, Hank Gibson. 

“Estamos entusiasmados em anunciar a Bridges Air Cargo como cliente de lançamento do E190F logo após a obtenção da tripla certificação da aeronave pela FAA, EASA e ANAC. Estamos ansiosos para apoiar uma entrada em serviço tranquila do primeiro E-Freighter e desejamos muito sucesso à Bridges”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. 

O E190F foi lançado para atender às novas demandas do comércio eletrônico e do comércio moderno, que exigem entregas rápidas e operações descentralizadas, impulsionando a demanda por entregas mais rápidas de remessas para mercados secundários e terciários. O jato foi desenvolvido para preencher uma lacuna no mercado de carga aérea e substituir modelos mais antigos e menos eficientes.   

Os E-Jets convertidos em cargueiros terão mais de 40% mais capacidade de volume, três vezes o alcance de grandes turboélices de carga e custos operacionais até 30% menores do que os aviões de fuselagem estreita maiores. Combinando a capacidade sob o piso e o convés principal, a carga útil estrutural máxima é de 13.500 kg.  

Embraer firma acordos do Programa Pool com Virgin Australia, Amelia e Hunnu Air

 


*LRCA Defense Consulting - 18/06/2025

Hunnu Air
A Embraer assinou um contrato plurianual com a Hunnu Air para o Programa Pool. Com este acordo, a companhia aérea mongol receberá suporte para uma ampla gama de componentes reparáveis ​​para seus dois E195-E2 que se juntam à sua frota. Atualmente, o Programa Pool apoia mais de 60 companhias aéreas em todo o mundo. 

“Ao aderir ao Programa Pool da Embraer, estamos dando um passo estratégico para garantir a integração perfeita do E195-E2 à nossa frota. Esta parceria nos dá acesso a uma rede de suporte abrangente, permitindo-nos minimizar o tempo de inatividade das aeronaves. É um facilitador crucial para a nossa missão de oferecer um serviço excepcional em toda a nossa rede em expansão”, disse Munkhjargal Purevjal, CEO da Hunnu Air. 

“Temos orgulho em receber a Hunnu Air no Programa Pool da Embraer, uma solução flexível e adaptada a companhias aéreas de todos os portes. Nossa infraestrutura global e expertise estão totalmente alinhadas às ambições de crescimento da Hunnu Air, garantindo que sua frota opere com o melhor desempenho e o mínimo de tempo de inatividade das aeronaves. Esta colaboração reforça nosso compromisso em capacitar os clientes por meio de soluções inovadoras que geram economia e excelência operacional”, afirma Carlos Naufel, CEO e Presidente da Embraer Serviços & Suporte. 

A Embraer oferece suporte a companhias aéreas em todo o mundo, com sua expertise técnica e vasta rede de serviços de componentes. Os resultados são economias significativas em custos de reparo e estoque, além de redução de espaço de armazenagem e recursos necessários para o gerenciamento de reparos, garantindo, ao mesmo tempo, níveis de desempenho. O portfólio da Embraer Serviços & Suporte oferece uma ampla gama de soluções competitivas, projetadas para cada cliente, a fim de dar suporte à crescente frota de aeronaves Embraer em todo o mundo e proporcionar a melhor experiência de pós-venda na indústria aeroespacial global. 

Amelia
A Embraer e a Amelia, companhia aérea operada pelo Grupo Régourd Aviation, com sede na França, assinaram um amplo acordo de serviços, incluindo o Programa Pool para a família de E-Jets e suporte para as aeronaves ERJ e E-Jets na frota da companhia aérea. Recentemente, a Amelia anunciou que está se juntando à família de E-Jets, com dois jatos E190 arrendados da CDB Aviation. 

Em parceria com a CDB Aviation e a Embraer, a companhia aérea francesa visa desenvolver o mercado de aeronaves de 100 lugares e preencher a lacuna de 100 assentos em sua frota, com os E-Jets se encaixando perfeitamente entre os ERJs de 50 lugares e os aviões de fuselagem estreita maiores. Além dos dois jatos E-190, a frota de ERJs atualmente em serviço pela Amelia continua em operação e com o suporte do Pool da Embraer, como tem sido desde 2010. 

“Estamos satisfeitos em ter o Grupo Regourd Aviation se juntando à família de E-Jets com um amplo acordo de serviços. O Grupo Regourd é cliente da Embraer desde 2006, e a Embraer mantém importantes operações na França e no exterior há mais de 40 anos. Continuaremos trabalhando arduamente para fornecer o suporte de classe mundial que o Grupo Regourd Aviation precisa para continuar crescendo”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte. 

Além do contrato de Pool Services, a equipe da Embraer também está fornecendo o suporte necessário para a introdução da frota de E-Jets, incluindo um robusto processo de entrada em serviço, publicações personalizadas, treinamento para equipes técnicas e operacionais, além de aplicativos EFB e de desktop, como ePerf, eWB e Inflight Performance Software. 

Esses aplicativos permitem que os clientes da Embraer realizem cálculos de decolagem e pouso em tempo real a partir da cabine de comando, bem como análises personalizadas de peso e balanceamento para cada voo, gerando planilhas de carga automaticamente, além de alimentar os sistemas de planejamento de voo com o desempenho em todas as fases do voo, da subida à descida, permitindo que o operador realize otimizações de rota para economizar combustível e tempo. 

Virgin Australia
A Embraer e a Virgin Australia assinaram um contrato plurianual para o Programa Pool de Componentes da Embraer. A companhia aérea contará com o apoio da Embraer em uma ampla gama de trocas de componentes e serviços de reparo para os oito E190-E2 que em breve integrarão a frota da Virgin Australia. Por meio do programa, as companhias aéreas podem aproveitar a expertise técnica da Embraer e sua significativa rede de prestadores de serviços de reparo de componentes, minimizando o investimento inicial em estoques e recursos reparáveis ​​de alto valor. 

“O E190-E2 proporcionará maior eficiência e confiabilidade à nossa frota regional. A adesão ao Programa Pool da Embraer reforça essa vantagem, proporcionando-nos um suporte de manutenção robusto em nosso novo hangar especialmente construído no Aeroporto de Perth”, afirma Alistair Hartley, Diretor de Estratégia e Transformação do Virgin Australia Group. 

“A Virgin Australia e a Embraer estão trabalhando em estreita colaboração à medida que avançamos rumo à entrada em serviço do E190-E2. Por meio deste programa, a Virgin Australia terá acesso à rede global da Embraer e à oferta de serviços de classe mundial. O Programa Pool faz parte das soluções abrangentes de suporte da Embraer e garantirá a prontidão da frota de E190-E2 da Virgin Australia, permitindo que a companhia aérea aproveite ao máximo a eficiência de combustível, o desempenho e a confiabilidade do E190-E2”, afirma Carlos Naufel, CEO e Presidente da Embraer Serviços e Suporte. 

Atualmente, o Programa Pool da Embraer apoia mais de 60 companhias aéreas em todo o mundo. As companhias aéreas que aderiram ao programa se beneficiam de economias significativas em custos de reparo e manutenção de estoque, além de uma redução no espaço de armazenagem e nos recursos necessários para a gestão de reparos. O portfólio da Embraer Serviços & Suporte oferece uma ampla gama de soluções competitivas, projetadas para cada cliente, a fim de dar suporte à crescente frota de aeronaves Embraer em todo o mundo e proporcionar a melhor experiência de pós-venda na indústria aeroespacial global. 

Lituânia escolhe o Embraer C-390 Millennium para fortalecer sua prontidão militar

Lituânia deverá adquirir três unidades do C-390

*LRCA Defense Consulting - 18/06/2025

O Ministério da Defesa Nacional da Lituânia anunciou que o C-390 Millennium da Embraer foi escolhido como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país.

Esta decisão marca um passo significativo para o aprimoramento da prontidão operacional e da interoperabilidade da Lituânia com os países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e abre caminho para o processo de aquisição de acordo com os procedimentos e a legislação nacionais.

“Estudamos cuidadosamente os diversos tipos de aeronaves de transporte militar disponíveis no mercado e nossa avaliação demonstrou claramente que o C-390 Millennium é a plataforma mais adequada para atender às nossas necessidades operacionais militares nacionais. Portanto, a Lituânia escolheu a Embraer para futuras negociações e espera finalizar o contrato de aquisição nos próximos meses”, disse Loreta Maskaliovienė, Vice-Ministra da Defesa Nacional da Lituânia.

“Estamos honrados por termos sido selecionados pelas autoridades lituanas. Esta seleção reflete o compromisso da Embraer com o fortalecimento das capacidades de defesa na Europa. Nesse sentido, o C-390, com sua versatilidade, desempenho e interoperabilidade com a OTAN, é a plataforma ideal — prontamente disponível para realizar as missões mais exigentes”, disse Bosco Da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O C-390 Millennium é uma aeronave de última geração projetada para operar em ambientes austeros e sob condições exigentes, oferecendo velocidade, capacidade de carga útil e flexibilidade de missão superiores.

Sua seleção alinha a Lituânia a um número crescente de aliados europeus e da OTAN, incluindo Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca, Suécia e Eslováquia, que também escolheram o C-390 para modernizar suas forças aéreas. Ao adotar o C-390 Millennium, a Lituânia aumentará significativamente suas capacidades operacionais, beneficiando-se do ecossistema e das sinergias presentes na Europa em termos de suporte e treinamento.

Esta decisão estratégica, que abre caminho para a aquisição de três C-390, marca um passo significativo para aumentar a prontidão operacional e a interoperabilidade da Lituânia com outros membros da OTAN. O acordo incluirá cooperação industrial que proporcionará oportunidades para capacidades de MRO, coprodução de peças e parcerias com institutos de conhecimento.

Desde que entrou em operação na Força Aérea Brasileira em 2019, na Força Aérea Portuguesa em 2023 e, mais recentemente, na Força Aérea Húngara em 2024, o C-390 Millennium comprovou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A frota atual em operação demonstrou uma taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%.

O C-390 Millennium pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e por distâncias maiores, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de carga e tropas, evacuação médica, busca e salvamento, combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra compactada, solo e cascalho. A aeronave pode ser configurada com equipamento de reabastecimento ar-ar, com a designação C-390, já comprovou sua capacidade de reabastecimento aéreo tanto como avião-tanque quanto como receptor, neste caso recebendo combustível de outro C-390 através de pods instalados sob as asas. 

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