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15 outubro, 2024

Marrocos irá adquirir o Embraer C-390 Millennium? O Marrakech Air Show poderá dar a resposta

C-390 PT-ZNG na 1ª Base Aérea de Rabat, capital do Marrocos, em março deste ano

*LRCA Defense Consulting - 15/10/2024

O portal Le Journal de L'Aviation, em edição de hoje (15), publica uma interessante matéria sob o título "Como o C-390 da Embraer destrói meticulosamente seu concorrente direto", referindo-se ao Lockheed Martin C-130J.

Embora seja uma matéria reservada a assinantes, os dois primeiros parágrafos divulgados e transcritos abaixo podem ser fundamentais para auxiliar a revelar um dos segredos atuais da Embraer: se o Marrocos irá ou não adquirir a aeronave multimissão C-390 Millennium e, em caso positivo, quando.

Primeiro, vamos aos dois parágrafos iniciais da matéria:

"Bastou um 'slide', apresentado há poucos dias durante evento organizado em São José dos Campos para clientes e parceiros, para mostrar até que ponto a aeronave de transporte tático da Embraer tem despertado renovado interesse nos últimos meses. Embora a República Checa deva encomendar dois exemplares nas próximas semanas, três novos países já são considerados potenciais clientes, nomeadamente Marrocos, Emirados Árabes Unidos e Chile."

"Como sabemos, há vários meses que o Reino de Shereef está intimamente interessado no C-390, com diversas campanhas de demonstração, incluindo uma realizada na base aérea de Rabat, no centro do olhar dos oficiais das Royal Air Forces (FRA). Estamos falando aqui de até dez exemplos potenciais para substituir o C-130H e do próximo Marrakech Air Show organizado de 30 de outubro a 02 de novembro."

Aqui, é importante relembrar que o slide citado na matéria foi revelado por esta Consultoria em caráter pioneiro no dia 04 deste mês em postagem no LinkedIn, quando o grupo de países usuários do Embraer C-390 esteve reunido na sede da empresa para compartilhar experiências da FAB e de todos os outros primeiros usuários do C-390 Millennium. Além disso, fornecedores como Knight Aerospace e Pratt & Whitney compartilharam suas ideias. No slide onde são mostrados os "usuários", ao lado de Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, Coreia do Sul e República Tcheca, aparecem países que ainda não adquiriram a aeronave: Marrocos, Emirados Árabes Unidos e Chile. O slide foi obtido por um dos integrantes do grupo de usuários presentes no evento e publicado em uma mídia social.

A partir desta revelação, o assunto ganhou destaque na mídia especializada marroquina e mundial, com diversos portais publicando matérias sobre o assunto. Uma das mais completas teve origem no portal Bulgarian Military, como título "Marrocos aposenta C-130 obsoletos e opta pelo C-390 de última geração".

Slide da Embraer apresentado para o grupo de usuários do C-390

Apesar da pressão da mídia especializada mundial, nem o Marrocos e nem a Embraer confirmaram ou negaram a aquisição até este momento.

No entanto, com o advento do Marrakech Air Show no final deste mês, aparece a oportunidade perfeita para o assunto ser aclarado de vez, já que é um evento muito significativo para o Marrocos, para a África, para a indústria aeronáutica e para a Embraer. Se os atores da aquisição estavam aguardando um momento estratégico para esta ser divulgada, não haveria outro mais apropriado.

Marrakech Air Show (MAS)
O Marrakech Air Show (MAS) é um grande evento internacional organizado sob as Altas Instruções Reais de Sua Majestade o Rei Mohammed VI. É um evento imperdível para as indústrias aeronáutica e espacial civil e militar, realizado a cada dois anos na Base Aérea Real Marroquina de Marrakech.

O MAS fornece uma plataforma valiosa para exibir e celebrar a indústria aeronáutica global, com foco nos setores de aviação civil e defesa. Ele oferece uma oportunidade ideal para impulsionar o crescimento da indústria, fomentar a inovação e se adaptar às mudanças tecnológicas e ambientais que estão remodelando o campo. Os expositores se conectarão com as principais partes interessadas, explorarão tendências emergentes e desempenharão um papel na formação do futuro da aviação e da defesa.

A indústria aeronáutica do Marrocos
Sob à liderança do Rei Mohammed VI, o setor tem visto avanços significativos nos últimos anos. Esse progresso ressalta a crescente proeminência do Marrocos como um player-chave no mercado global, demonstrando sua capacidade de integrar e alavancar investimentos internacionais substanciais para o desenvolvimento econômico sustentável.

Leitura recomendada:
- Marrocos, a nova potência militar do Magreb, pode ser uma oportunidade ímpar para a Indústria de Defesa brasileira

Taurus MIM está na Mercopar 2024, maior feira de Inovação e Negócios da América Latina


*LRCA Defense Consulting - 15/10/2024

A Taurus MIM, unidade de negócios da Taurus Armas S.A., multinacional brasileira líder em vendas de armas leves no mundo, está presente pela primeira vez como expositora na Mercopar, maior feira de Inovação e Negócios da América Latina. 

O evento, organizado pelo Sebrae e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), é aberto ao público e acontece de 15 a 18 de outubro de 2024, no Centro de Feiras e Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. 

A Taurus MIM mostrará na Mercopar os diferenciais da tecnologia de alta performance Metal Injection Molding (M.I.M.), que permite a produção de peças de geometria complexa, com alta precisão, baixo custo e em grande escala, com aplicações em variados segmentos no Brasil e no exterior, tais como componentes automotivos, aeroespacial, defesa, eletrônicos, bens de consumo, ortodontia, instrumentos médicos, entre outros. 

O atual processo une a resistência mecânica dos metais com a versatilidade de forma dos polímeros, a partir da injeção dos componentes, com posterior processo térmico de remoção dos polímeros e sinterização, com grande vantagem sobre processos tradicionais, como microfusão e usinagem.

A unidade de negócios conta com modernos fornos contínuos de sinterização, que proporcionam maior eficiência e produtividade, permitindo a utilização de maior gama de ligas metálicas. A empresa atualmente conta com capacidade produtiva de mais de 1,8 milhão de peças/mês. 

Nos últimos anos, a empresa estabeleceu parcerias estratégicas com universidades, laboratórios e institutos de pesquisa que atuam em linha com as mais avançadas soluções tecnológicas do mundo, visando expandir sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, investiu mais de R$ 500 milhões em novos maquinários, equipamentos, sistemas, processos de produção automatizados, desenvolvimento de células robotizadas, para modernização do seu parque fabril em direção à indústria 4.0.

Fábrica da Taurus MIM e São Leopoldo (RS)

Sobre a Mercopar
A Mercopar é um espaço de geração de relacionamentos, disseminação de conhecimento sobre tendências da indústria e estímulo à movimentação da economia. Em sua 33ª edição, a feira tem como missão aproximar empresas nacionais e internacionais, de pequeno, médio e grande porte, a geração de negócios, abertura de novos mercados e apresentação das tendências e tecnologias para a inovação na indústria. 

A estimativa para a edição de 2024 é de mais de 100 empresas expositoras e cerca de 30 mil visitantes. 

- Data: 15 a 18 de outubro de 2024
- Horário: 13 às 20h
- Local: Centro de Feiras e Eventos Mário Bernardino Ramos (Festa da Uva). Rua Ludovico Cavinatto, nº 1431. Bairro Nossa Sra. da Saúde, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. 

Saiba mais:
- Taurus MIM: nasce uma nova e promissora indústria gaúcha

Eve, da Embraer, terá R$ 500 milhões do BNDES para financiar unidade de produção do eVTOL


*LRCA Defense Consulting - 15/10/2024

A Eve Air Mobility anunciou hoje a assinatura do contrato de financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) para o desenvolvimento da fábrica de sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) em Taubaté, no estado de São Paulo. Sob o programa BNDES Mais Inovação, o acordo reforça o compromisso do BNDES em apoiar projetos inovadores e os avanços da Eve na promoção da indústria de mobilidade aérea urbana (UAM) e da descarbonização na aviação. 

“Estamos profundamente gratos pelo apoio e confiança contínuos que o BNDES demonstrou à Eve enquanto avançamos em nossa missão de reimaginar a mobilidade através de experiências de voo urbano eficientes e sustentáveis. Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção do eVTOL, que não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também alimentada por energia limpa e renovável, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade”, declara Johann Bordais, CEO da Eve. 

O financiamento para a instalação da fábrica representa um progresso na parceria entre Eve e BNDES, iniciada com a aprovação de uma linha de crédito de R$ 490 milhões em 2022 para apoiar o programa de desenvolvimento do eVTOL da Eve. O novo acordo de financiamento é estruturado por meio de subcréditos de fontes nacionais e internacionais, incluindo os fundos em moeda estrangeira do banco, com um prazo de 16 anos. 

“Este financiamento fortalece a robusta posição de caixa da Eve ao adicionar um financiamento de longo prazo alinhado ao perfil da nossa empresa. À medida que avançamos em nossos esforços de desenvolvimento do programa e fabricação do eVTOL, nosso foco permanece em entregar valor de longo prazo para nossos acionistas, com uma estrutura de capital ideal incluindo ações e dívidas”, afirma Eduardo Couto, CFO da Eve. 

Produção total esperada para até 480 aeronaves por ano
Com uma produção total esperada para até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada. Isto proporcionará uma metodologia de investimento disciplinada e eficiente em termos de capital à medida que o mercado cresce. 

“O financiamento reforça o compromisso do governo do presidente Lula de apoiar projetos inovadores da indústria brasileira, como a mobilidade aérea, que utiliza alta intensidade tecnológica. E o BNDES tem o instrumento necessário para conferir competitividade internacional às empresas nacionais, que é o Programa BNDES Mais Inovação, que já aprovou R$ 8 bilhões em créditos desde 2023”, explica o presidente do Banco, Aloizio Mercadante. 

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirma que “financiar a capacidade de inovação, com uma solução disruptiva para mobilidade urbana e descarbonização, é o objetivo do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil, para impulsionar o setor produtivo e garantir que o desenvolvimento tecnológico e a produção ocorram em território nacional, gerando mais empregos qualificados e renda dentro do país”. 

Maior backlog: 2.900 eVTOLs de 30 clientes em 13 países
A Eve possui o maior backlog do setor, com cartas de intenção (LOI) para 2.900 eVTOLs de 30 clientes em 13 países, representando um potencial de US$ 14,5 bilhões em receita. Sua aeronave utiliza oito rotores dedicados para voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem nenhuma alteração na posição desses componentes durante o voo. O conceito inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que fornecem redundância de propulsão para garantir os mais altos níveis de desempenho, segurança, despachabilidade e baixos custos operacionais. 

Além de lançar seu primeiro protótipo em escala real em julho, a empresa selecionou todos os principais fornecedores de seu eVTOL. À medida que a Eve avança para a próxima fase do desenvolvimento, o protótipo do eVTOL vem realizando uma série de testes projetados para avaliar meticulosamente todos os aspectos da operação e desempenho da aeronave, desde as capacidades de voo até os recursos de segurança. 

A Eve se beneficia dos 55 anos de experiência da Embraer em projetar, certificar e fabricar aeronaves de última geração. Seus clientes também se beneficiarão com acesso a uma rede global de serviços e apoio já existente, o que é essencial para garantir operações de mobilidade aérea urbana confiáveis, seguras e eficientes. 

14 outubro, 2024

Embraer apresenta portfólio de soluções para aeronaves na Exposição Aeroespacial Internacional do Japão


*LRCA Defense Consulting - 14/10/2024

A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, apresentará suas aeronaves e soluções inovadoras de seu portfólio de aviação comercial e defesa na Japan Aerospace Exhibition de 16 a 19 de outubro de 2024.

A empresa apresentará sua renomada família de aeronaves comerciais E-Jets, o avião de transporte multimissão C-390 Millennium e soluções avançadas de mobilidade aérea da Eve Air Mobility, uma empresa independente fundada pela Embraer. 

“Estamos honrados em estar na edição de 2024 da Japan International Aerospace Exhibition”, disse o Sr. Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “O Japão é um mercado importante para nós e lar de uma grande frota de E-Jets. Estamos ansiosos para contribuir ainda mais para a indústria aeroespacial do país.” 

A Embraer reconhece as necessidades únicas do mercado aeroespacial japonês e se dedica a fornecer soluções de aeronaves que ofereçam valor excepcional. Com 47 E-Jets de primeira geração já conectando mais de 30 cidades em todo o país por meio da Japan Airlines e da Fuji Dream Airlines, os E-Jets demonstraram como são ideais para o mercado japonês desde que o primeiro E-Jet iniciou suas operações no país há 15 anos. A confiabilidade média dos últimos 12 meses é de 99,83% e a utilização é de até sete voos por dia com um tempo médio de resposta de 30 minutos. 

A Embraer prevê uma demanda robusta por aeronaves no segmento de até 150 assentos no Japão nos próximos 20 anos, impulsionada pela substituição de aeronaves mais antigas e pelo dimensionamento correto de frotas maiores de aeronaves de fuselagem estreita. 

Melhorias significativas  na família de aeronaves E175 e E-Jets E2
Experiência aprimorada do E175:  o E175 incorporará recursos avançados encontrados no E2, como compartimentos superiores maiores, iluminação ambiente da cabine, novos assentos Recaro e conectividade via satélite multibanda. A conectividade via satélite de banda Ku e Ka estará disponível para retrofit até 2026. Além disso, as soluções de transferência de dados e o radar meteorológico serão atualizados para corresponder às capacidades do E2, permitindo a transformação digital e a recuperação sem fio de dados de voo. O radar meteorológico de próxima geração fornece detecção e alerta de turbulência, detecção preditiva de windsheer e varredura volumétrica 3D.

Avanços da família E2:  a família E2 se beneficia de melhor queima de combustível, alcance estendido, maior tempo de motor na asa e otimizações de cabine. O revolucionário E2 Enhanced Take Off System (E2TS), o primeiro da indústria, otimizará o desempenho da decolagem, reduzindo o comprimento de pista necessário e a carga de trabalho do piloto. Isso significa mais carga útil e maior alcance em aeroportos desafiadores.

O compromisso da Embraer com a melhoria contínua garante que sua família de E-Jets permaneça na vanguarda da indústria, proporcionando desempenho, confiabilidade e valor excepcionais para companhias aéreas e passageiros. 

C-390 Millennium
Além disso, a aeronave de transporte militar multimissão C-390 Millennium pode trazer benefícios para o setor de defesa e segurança japonês. Com uma carga útil de 26 toneladas, velocidade máxima de 470 nós, sistemas de última geração e capacidade de operar em pistas não pavimentadas, o C-390 é uma solução versátil para várias missões, incluindo transporte de carga, operações de manutenção da paz, evacuação médica, gerenciamento de desastres e reabastecimento aéreo. A frota atual de aeronaves C-390 globalmente acumulou mais de 14.000 horas de voo, uma taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando produtividade excepcional na categoria. O C-390 foi selecionado pela Coreia do Sul, Holanda, Áustria, República Tcheca, Hungria, Portugal e Brasil. 

Eve Air Mobility
Essa mesma dedicação em entregar soluções inovadoras se reflete no comprometimento da Embraer com o futuro da indústria aeroespacial japonesa por meio da Eve Air Mobility (NYSE: EVEX & EVEXW). A empresa, que foi desmembrada da incubadora de inovação da Embraer, a Embraer-X, está contribuindo ativamente para o desenvolvimento de um ecossistema robusto de mobilidade aérea avançada (AAM) no Japão. Como membro do Comitê Público-Privado de Mobilidade Aérea Avançada do Japão, a Eve está trabalhando em estreita colaboração com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão e o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo em regulamentações e políticas de AAM para o Japão. 

Em 2023, foi anunciado que a Nidec Corporation do Japão e a Embraer formarão uma joint venture para desenvolver Sistemas de Propulsão Elétrica para o setor aeroespacial. A empresa, Nidec Aerospace, combina as sinergias complementares e as distintas áreas de especialização de duas empresas de engenharia de classe mundial para liderar uma nova era de mobilidade aérea.

O cliente de lançamento do Sistema de Propulsão Elétrica da JV será a Eve Air Mobility, que desenvolverá seu veículo de decolagem e pouso vertical elétrico (eVTOL).  

A participação da Embraer na Japan Aerospace Exhibition destaca sua visão de longo prazo para o mercado japonês e sua dedicação em fornecer soluções aeroespaciais inovadoras e sustentáveis ​​que beneficiem o país e a região em geral.

Omnisys entrega o STREV ao Exército - uma capacidade estratégica para a Força


 

*LRCA Defense Consulting - 14/10/2024

Em outubro de 2024 ocorreu, no Centro de Avaliação do Exército (CAEx), a finalização da entrega do Sistema Transportável de Rastreio de Engenhos em Voo (STREV).

O STREV possibilita a coleta e a análise de informações em tempo real de engenhos em voo, com o objetivo de contribuir com a avaliação, a pesquisa e o desenvolvimento de materiais de emprego militar ou civil, lançados no espaço aéreo até o nível suborbital. Seu emprego traz benefícios tanto em proveito do Exército quanto das demais Forças e da Base Industrial de Defesa.

O sistema completo é composto por um radar de banda C, um sistema de rastreio ótico, um radar doppler e meios de comando e controle disponíveis em infraestrutura própria e com possibilidade de desdobramento em todo o País.

Essa é mais uma entrega do PAC DEFESA, com investimentos do Programa Estratégico do Exército ASTROS.


Rastreio de engenhos em voo é uma capacidade tecnológica estratégica
A parceria entre a Omnisys, subsidiária da Thales no Brasil, e o Exército Brasileiro para o desenvolvimento e implantação do STREV foi firmada em abril de 2019. O contrato, de cinco anos, incluiu o desenvolvimento e a implantação do sistema de rastreio, capaz de fornecer informações essenciais para a análise de desempenho de foguetes, mísseis e munições, além da instrumentação completa, treinamento e suporte logístico.

O STREV irá apoiar o Exército Brasileiro em missões de rastreio de forma a prover informações essenciais para o desenvolvimento e avaliação de projetos e produtos, como a do míssil tático de cruzeiro MTC-300 e a do foguete guiado SS-40G que integram o Programa Estratégico do Exército Astros 2020. Totalmente transportável, o sistema poderá ser operado em diferentes campos de ensaios e testes brasileiros, resultando em significativa redução de custos de instrumentação para as forças armadas brasileiras.

É importante destacar que o rastreio de engenhos em voo é uma capacidade tecnológica estratégica dominada por poucos países. Por sua arquitetura transportável, o STREV pode ser operado em diferentes locais acessíveis por rodovias, em todo o território nacional, o que viabiliza a realização dos ensaios em área geográfica mais adequada para a missão de lançamento do engenho a ser avaliado. 

*Com informações do Escritório de Projetos do Exército Brasileiro (EPEx)

Helisul é credenciada como Empresa Estratégica de Defesa


*LRCA Defense Consulting - 14/10/2024

A Helisul Aviação, uma das mais importantes operadoras de serviços aéreos do Brasil e detentora da maior frota de helicópteros da América Latina, acaba de se juntar ao seleto grupo de Empresas Estratégicas de Defesa (EED). O credenciamento é concedido pelo Ministério da Defesa para empresas que oferecem produtos ou serviços voltados à segurança nacional. A homologação foi publicada no Diário Oficial da União, Portaria GM-MD n° 4.514, de 23 de setembro de 2024.

A ideia de uma empresa estratégica está atrelada às políticas de defesa do país, sendo conferido este título a empresas que produzem ou fornecem serviços considerados essenciais para a segurança e soberania nacional. Segundo Humberto Biesuz, superintendente executivo da Helisul, atualmente cerca de 200 empresas brasileiras estão credenciadas. Para obter o aval do Ministério da Defesa, a empresa precisa atender a critérios específicos, como ser brasileira e comprovar conhecimento científico ou tecnológico relevante. O processo é criterioso, exigindo a apresentação de produtos ou serviços que justifiquem sua importância para a segurança do país.

“Na prática, significa que, aos olhos das Forças Armadas, essas empresas têm um status superior em termos de confiabilidade e de papel estratégico na soberania do país”, explica Biesuz. Ele também ressalta que a segurança nacional não se restringe apenas a aspectos bélicos, mas também a insumos essenciais, como ocorreu durante a pandemia, quando as máscaras se tornaram produtos estratégicos.

O trabalho de manutenção dos helicópteros do Exército e da Aeronáutica realizado pela Helisul foi um dos critérios considerados para que a empresa recebesse o credenciamento. “O Brasil não pode depender de empresas estrangeiras para realizar a manutenção dos equipamentos utilizados pelas Forças Armadas. Nosso serviço demonstrou ser essencial para a segurança e soberania do país”, diz Biesuz.

Com isso, a Helisul passa a integrar um grupo restrito de empresas que possuem este selo de confiabilidade. “É um reconhecimento muito importante para nós, que demonstra a relevância da nossa empresa para o Brasil”, finaliza o superintendente.

Mais de 50 anos de história
Fundada em 1972, a Helisul Aviação atua em diversos segmentos da aviação, oferecendo desde serviços de transporte aeromédico até voos panorâmicos e manutenção de aeronaves. Com mais de 50 anos de história, a empresa consolidou sua posição como uma das maiores e mais respeitadas operadoras de helicópteros do Brasil, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de soluções tecnológicas e estratégicas voltadas à segurança nacional. Além disso, a Helisul tem ampliado suas operações internacionais e reforçado seu compromisso com a inovação e a excelência operacional.

Parceria com a Moya Aero eVTOL
Em abril de 2023,  
a Helisul Aviação e a Moya Aero eVTOL anunciaram uma parceria estratégica para o desenvolvimento de operações logísticas com RPAS (aeronaves remotamente pilotadas) de alta capacidade. Na oportunidade, assinaram uma Carta de Intenções (LOI) para a compra de 50 Moya eVTOL.

O Moya eVTOL é um drone de carga autônomo, totalmente elétrico, com capacidade de carga paga de 200 kg e alcance de 110 quilômetros. Ser elétrico permite que o drone de carga opere com emissões zero. Além disso, o design do Moya traz ganhos de eficiência. A Helisul Drones, divisão de aeronaves remotamente pilotadas do grupo, que operará esses 50 eVTOLs, atua em segmentos de operações altamente especializadas, que exigem equipamentos sofisticados e pessoal altamente qualificado.

"Acreditamos que o Moya eVTOL vai revolucionar o transporte de cargas com maior agilidade e produtividade. A alta capacidade de carga e autonomia de voo do Moya são perfeitos para esse tipo de missão. Sem falar que é um voo limpo, com zero emissão de carbono", disse Humberto Biesuz, superintendente executivo da Helisul.

Moya eVTOL

"Projetamos o Moya eVTOL para atender um amplo espectro de usos logísticos e agrícolas. Temos como objetivo oferecer um transporte de cargas eficiente, com melhor economia e operação sustentável. É o primeiro veículo desenvolvido na América Latina e um novo meio de transporte logístico", disse Alexandre Zaramela, CEO da Moya Aero.

O primeiro Moya eVTOL deverá entrar em serviço até o final de 2025.

"O Moya eVTOL complementa perfeitamente nossa estratégia de frota de drones, operando em um nível único de carga e alcance. Além disso, somos parceiros de desenvolvimento, colaborando do ponto de vista do operador", disse Lucas Fontoura, chefe da divisão de UAS da Helisul Drones.


 

13 outubro, 2024

Com o C-390, Embraer busca preencher lacuna na Força Aérea dos EUA

C-390 no exercício Storm Flag 2024 (USA)

*LRCA Defense Consulting - 13/10/2024

A interrupção da parceria entre a Embraer e a L3Harris que estava vigente desde 2022, foi divulgada, em caráter pioneiro no Brasil, em 15 de julho deste ano, quando esta Consultoria reproduziu uma matéria da Aviation Week.

Ao ser perguntado pela publicação "Se você quiser vender o KC-390 nos EUA, você terá que desenvolver um boom. Você está preparado para fazer isso?", o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, respondeu: "Ainda acreditamos que este avião-tanque ágil é uma boa opção, mas também estamos olhando para outras oportunidades. Temos um projeto estratégico para os EUA. Estamos reforçando nossa equipe de defesa nos EUA para ver o que podemos fazer para introduzir o C-390 na Força Aérea ou Marinha ou qualquer outra oportunidade. O C-390 pode ajudá-los muito a melhorar a eficiência e produtividade da frota. Para o avião-tanque, estamos considerando desenvolver o boom, se necessário. Agora estamos explorando outras oportunidades nos EUA que podem nos ajudar a introduzir a aeronave e desenvolver o boom. Não estamos mais trabalhando com a L3Harris". 

No último dia 11, a Breaking Defense, em matéria assinada por Michael Marrow e Valerie Insinna, trouxe mais luz ao assunto ao conversar com Bosco da Costa Junior, CEO de Defesa & Segurança da gigante brasileira, com Frederico Lemos, diretor comercial de defesa da empresa, e com Tim Walton, um membro sênior do Hudson Institute, como pode ser constatado nos principais trechos transcritos a seguir.

Quando a parceria L3Harris foi anunciada, a Força Aérea ainda estava buscando uma estratégia de reabastecimento de três frentes conhecida como KC-X, KC-Y e KC-Z. O serviço agora abandonou esse plano em favor de uma potencial compra limitada de aviões-tanque prontos para substituir os antigos KC-135s, que seriam então seguidos pelo avião-tanque NGAS.

Oportunidade para a Embraer no curto prazo
A compra limitada, apelidada de programa de Recapitalização do KC-135 Tanker, tem sido amplamente vista como uma briga de cães entre a Boeing e a Airbus. Mas os planos de mudança de avião-tanque da Força Aérea abriram uma oportunidade para a Embraer também no curto prazo, de acordo com Frederico Lemos, diretor comercial de defesa da empresa.

“Estamos olhando para o programa de recapitulação”, disse Lemos. “E acreditamos que pode haver um espaço também na recapitulação.”

O C-390 “é uma aeronave multifunção altamente capaz”, disse Tim Walton, um membro sênior do Hudson Institute, em uma entrevista com a Breaking Defense. Ainda assim, Walton observou que a aeronave teria que superar alguns desafios para conquistar a Força Aérea dos EUA.

No lado do transporte aéreo, Walton disse que o Millennium teria que lidar com a incumbência do C-130J construído pela Lockheed Martin, que desfruta de vantagens como infraestrutura existente e pipelines de treinamento. E no lado do reabastecimento, o C-390 tem uma “capacidade de combustível relativamente baixa em comparação com um KC-46 ou muitas outras opções de NGAS”, enquanto também tem uma assinatura de radar maior em comparação com outros candidatos potenciais de NGAS, disse ele.

“Para a Força Aérea considerar o C-390 ou o KC-390 para o Programa de Recapitalização do KC-135 Tanker, ela provavelmente precisaria revisar os parâmetros de desempenho que está buscando”, observou Walton. Apesar das consideráveis ​​capacidades multifuncionais da aeronave, “não acho que ela descarregaria combustível suficiente em raios relevantes para atender aos parâmetros de desempenho desejados.

Missões de mobilidade de nicho

Ainda assim, Walton vê opções para a Embraer enquanto ela comercializa o C-390 nos EUA: “Dito isso, o C-390 poderia atender a missões de mobilidade de nicho e complementar os C-130s e C-17s da Força Aérea”, acrescentou.

A Embraer já tem uma presença significativa nos EUA, com da Costa observando que o C-390 já está em conformidade com o Buy America Act. Mas a empresa está procurando expandir sua presença nos EUA, inclusive buscando estabelecer uma linha de montagem final nos Estados Unidos para o avião de transporte, de acordo com da Costa.

Para a recapitulação do KC-135 e NGAS, da Costa enfatizou que a Embraer está posicionando o C-390 para estar pronto assim que os EUA precisarem dele. Isso inclui elaborar planos para equipar o Millennium com um boom, o que ele disse ter se mostrado "viável" com base nos estudos da Embraer, embora ele tenha dito que nenhuma produção em um sistema de boom começou.

C-390: um avião pronto agora para adicionar capacidades à USAF agora
“O que estamos tentando preencher é uma lacuna que a Força Aérea dos EUA tem agora com um avião que está pronto”, disse da Costa. “Então é isso que estamos tentando lançar, em certo sentido, para preencher a lacuna agora. Para adicionar capacidades agora.”

Legado Usinagem é certificada como Empresa Estratégica de Defesa


*LRCA Defense Consulting - 13/10/2024

A Legado Usinagem, fundada em 2014 e com sede em São José dos Campos (SP), é mais uma empresa que recebeu recentemente a certificação de Empresa Estratégica de Defesa.

Desenvolvendo e fabricando máquinas, ferramentais e peças usinadas de alta precisão, a Legado participa do programa aeroespacial brasileiro produzindo peças para foguetes como envelope motor, empenas, tubeiras entre outros. Sua expertise permite produzir componentes críticos, como os envelopes motores do Foguete VSB-30.

A empresa é certificada nas normas de gestão da qualidade ISO 9001 e AS 9100D, garantindo a qualidade e confiabilidade dos seus processos e produtos.

A Legado Usinagem despontou como referência na produção para setores de alta tecnologia como aeronáutico, eólico e espacial, sendo a única empresa nacional a desenvolver integralmente o processo de manufatura de propulsor (envelope motor) para foguetes.

A Legado Usinagem mantém uma infraestrutura moderna e bem equipada para atender aos desafios mais complexos e exigentes do mercado. Com engenharia própria, está preparados para oferecer soluções de engenharia completas e personalizadas, garantindo precisão e qualidade em cada etapa do processo produtivo.

Seu parque industrial conta com 2.000m² de área construída e dispõe de maquinário de ponta para setores de alta complexidade e projetos personalizados. Sua estrutura permite oferecer soluções de engenharia completas, sendo uma das poucas empresas brasileiras a realizar o processo turnkey. Nele, desenvolve o projeto de engenharia, estuda a melhor solução, produz os componentes, realiza o controle de qualidade e faz a gestão até a realização do try-out.

Sua infraestrutura inclui centros de usinagem de 3 eixos e 5 eixos simultâneos de até 3.000mm, tornos CNC com ferramenta acionada e caldeiraria de precisão. Conta também com uma sala de metrologia altamente equipada com máquina de medição por imagens, Laser Tracker, Tridimensional CNC, braço de medição tridimensional, durômetro e instrumentos diversos para as mais diferentes geometrias.

Todos os projetos são inicialmente desenvolvidos pela sua engenharia de desenvolvimento utilizando o ambiente CATIA. Em seguida, são encaminhados para a engenharia de manufatura, onde os processos são meticulosamente elaborados. Dessa forma, está apta a produzir peças sob encomenda, conforme especificações dos clientes, e também a desenvolver projetos de engenharia focados em soluções especializadas.

Máquina de Medição por Imagem Optiv Lite

Além disso, a empresa se destaca pelo uso de sistemas integrados de gestão como ERP, MRP e MES, permitindo o planejamento e controle eficientes de todos os processos administrativos e de produção. Esses sistemas proporcionam maior controle e qualidade em seus processos, garantindo a rastreabilidade do produto e a otimização dos recursos.

Mais do que apenas oferecer serviços de qualidade em usinagem, a Legado Usinagem se define como uma parceira estratégica de seus clientes, desenvolvendo, projetando ou produzindo produtos requisitados, reduzindo custos e adequando soluções às necessidades de cada demanda.

12 outubro, 2024

Força Aérea Indiana tem decisão crítica: investir em caças avançados ou em multiplicadores de força?

As necessidades urgentes da Força Aérea Indiana devem acelerar a megalicitação de até 80 aviões de transporte, onde o C-390 Millennium da Embraer é um fortíssimo candidato, haja vista poder cumprir também missões de reabastecimento aéreo tático e outras, constituindo-se em um multiplicador de forças mais poderoso e flexível que seus concorrentes (C-130J e A-400).

Imagem meramente ilustrativa (LRCA)


*Indian Defence Rearch Wing - 08/10/2024

À medida que a Força Aérea Indiana (IAF) enfrenta desafios de segurança em um ambiente geopolítico complexo, ela deve tomar uma decisão estratégica — se deve continuar a busca pelo programa de Aeronaves de Caça Multifuncionais (MRFA), para expansão de capacidade de curto prazo, ou para expandir investimentos de longo prazo em programas de motores nativos, multiplicadores de força e infraestrutura crítica.

A nova liderança da IAF, como seus antecessores, tem defendido consistentemente a necessidade de mais esquadrões de caça. No entanto, sem sistemas de suporte robustos como plataformas de alerta aéreo, reabastecimento aéreo e programas avançados de motores, focar apenas no número de caças pode deixar a Força despreparada para conflitos futuros.

Programa MRFA
O programa MRFA, que prevê a aquisição de 114 caças avançados de fabricantes estrangeiros, tem sido um tópico constante de discussão entre os Chefes do Estado-Maior da Aeronáutica (CAS) da IAF nos últimos anos. A ideia por trás do programa é abordar um número decrescente de esquadrões de caça e melhorar as capacidades de combate da IAF. No entanto, apesar de várias declarações públicas, o programa viu pouco progresso tangível, em grande parte devido a restrições orçamentárias, processo de aquisição complexo e prioridades de defesa concorrentes.

A IAF atualmente opera 31 esquadrões, significativamente abaixo da força sancionada de 42. O MRFA é visto como uma resposta rápida para esse déficit, prometendo preencher sua lacuna com aeronaves de nova geração que podem executar várias funções, desde superioridade aérea até ataques terrestres. No entanto, o custo de aquisição e manutenção de caças de fornecedores estrangeiros é imenso, potencialmente desviando fundos de outras áreas críticas que terão um impacto maior a longo prazo na eficácia operacional da IAF.

Motores nativos
Uma área em que a IAF poderia causar um impacto mais profundo a longo prazo é pressionando o Ministério da Defesa (MoD) a investir em programas de motores nativos. Um motor a jato nativo capaz permitiria à Índia se libertar de sua dependência de fornecedores estrangeiros e melhorar a autossuficiência da IAF. O programa atual de motores Kaveri e suas iterações fizeram pouco progresso, mas com investimento e foco sustentados, eles poderiam eventualmente alimentar futuras gerações de caças como o Advanced Medium Combat Aircraft (AMCA) e o Tejas Mk II.

Forças aéreas modernas dependem fortemente de multiplicadores de força
Embora aumentar a contagem de esquadrões de caça seja, sem dúvida, importante, o foco nessa única métrica corre o risco de simplificar demais a necessidade de capacidade mais ampla da IAF. O campo de batalha contemporâneo exige mais do que apenas números — as forças aéreas modernas dependem fortemente de multiplicadores de força, como sistemas de alerta e controle antecipados aerotransportados (AEW8C), capacidade de reabastecimento aéreo, ativos de guerra eletrônica e sistemas de radar avançados. Com esses facilitadores, até mesmo uma força de caça de 5ª geração pode ser vulnerável, particularmente em um cenário de conflito de pares, onde adversários sofisticados podem explorar lacunas na vigilância, coordenação e resistência.

Atualmente, a IAF opera um número limitado de esquadrões AEW&C, como os sistemas Netra e IL-76 Phalcon, muito aquém do número necessário para fornecer cobertura em toda a Índia e em suas vastas fronteiras. A frota de reabastecedores aéreos da IAF é pequena, limitando a resistência de seus caças em missões de longo alcance. Há pouca discussão na esfera pública sobre o aumento desses ativos críticos, embora sejam indispensáveis ​​em qualquer conflito futuro envolvendo adversários semelhantes, como China ou Paquistão.

É essencial para a IAF, mudar de apenas expandir sua "capacidade", para também 'construir capacidade' por meio desses multiplicadores de força. No caso de um conflito em grande escala, esses ativos são cruciais para garantir que os caças da IAF, independentemente de sua geração, possam operar efetivamente. Aviões de reabastecimento aéreo, AWACS, aeronaves de guerra eletrônica (EVV) e sistemas não tripulados são indispensáveis  ​​para fornecer consciência real do campo de batalha, estender os alcances de combate e aumentar a capacidade de sobrevivência do caça.

Com a atual situação geopolítica na região do Indo-Pacífico, onde a China está rapidamente modernizando sua força aérea e aprimorando seus próprios multiplicadores de força, é imperativo que a Índia não fique para trás. Em vez de se fixar na contagem de esquadrões, a IAF deve pressionar o MoD para afrouxar os cordões da bolsa para afinar esses vitais sistemas e infraestrutura, que farão uma diferença significativa em qualquer conflito futuro de alta intensidade.

Além disso, investir em instalações de teste de ponta, simuladores e sistema de armas avançados daria à IAF uma vantagem em treinamento e prontidão operacional. Tais investimentos também apoiariam o ecossistema de fabricação de defesa mais amplo da Índia, contribuindo para as metas de autossuficiência e desenvolvimento de tecnologia sob a iniciativa Atrnanithar Bharat (Índia Autossuficiente).

Encruzilhada crítica

A IAF está em uma encruzilhada crítica. Ela pode continuar e perseguir ganhos de curto prazo ao se concentrar no programa MRFA, um movimento que sem dúvida melhorará sua contagem de esquadrões de caça, mas que pode deixá-la exposta em áreas que realmente determinam a eficácia do poder aéreo moderno. Ou pode dar o passo ousado de priorizar multiplicadores de força, programas de motores e investimentos em infraestrutura que podem não gerar resultados imediatos, mas proporcionarão vantagens duradouras nos próximos anos

WEG inaugura novo parque industrial em Portugal com área total superior a 10 hectares


*Jornal do Ave - 11/10/2024

A WEG Portugal inaugura o seu novo parque industrial, marcando uma nova fase para a empresa, após 22 anos na Maia. A inauguração será no dia 17 de outubro e contará com a presença do CEO do Grupo WEG, do Embaixador do Brasil, do Presidente da AICEP e do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, destaca um investimento total de 38,5 milhões de euros nas novas instalações.

A construção da fábrica Low Voltage Solutions Center, que representa um investimento inicial de 15 milhões de euros, foi seguida pela expansão com a nova fábrica High Voltage Solutions Center, que acrescenta 23,5 milhões de euros ao projeto. Com uma área total superior a 100 mil metros quadrados, o novo parque reforça a posição da WEG como o único fabricante de motores e variadores de frequência de média e alta tensão em Portugal.

A WEG Portugal, que começou com 154 colaboradores em 2002 e hoje conta com mais de 800, está comprometida em fortalecer a sua presença no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a criação de empregos na região. O grupo, que possui uma faturação superior a 34 mil milhões de euros e operações em 17 países, também enfatiza a sua dedicação à pesquisa e desenvolvimento para atender à crescente procura por soluções tecnológicas avançadas.

Exército coordena maior Exercício Cibernético do Hemisfério Sul


*Centro de Comunicação Social do Exército - 11/10/2024

O Exercício Guardião Cibernético 6.0 (EGC 6.0), maior Exercício Cibernético do Hemisfério Sul, a ser realizado entre 14 e 18 de outubro de 2024, representa um marco estratégico na proteção das infraestruturas críticas do Brasil. Sob a coordenação do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), o evento reunirá representantes de setores prioritários em um esforço coordenado para enfrentar ameaças cibernéticas crescentes. Este exercício ocorrerá simultaneamente na Escola Superior de Defesa, em Brasília, e no Comando da 2ª Divisão de Exército, em São Paulo, promovendo simulações construtivas e virtuais. Essas simulações permitirão que Forças Armadas, órgãos parceiros e representantes de infraestruturas críticas, como água, energia e comunicações, trabalhem em conjunto para desenvolver soluções estratégicas e avaliar a capacidade de defesa contra ataques simulados, impedindo, assim, sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.

As atividades do EGC 6.0 encontram-se previstas no Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas, ampliando a capacidade operacional das Forças Armadas e promovendo a colaboração conjunta entre a administração pública federal, o setor privado, a academia e a sociedade em geral. O exercício não apenas estabelece um precedente para futuras ações de defesa cibernética nacional, mas também destaca o compromisso do Exército Brasileiro em expandir colaborações interagências e integrar novas tecnologias para aprimorar as capacidades de defesa do Brasil. A continuidade desse esforço conjunto promete um futuro em que a segurança cibernética é uma prioridade nacional, com planos para novos exercícios e treinamentos que envolvam uma participação ainda mais ampla de setores estratégicos.

A presença de 140 organizações e de representantes de mais de 30 países no exercício simulado proporciona ao Exército Brasileiro a oportunidade de demonstrar seu estado de prontidão, promovendo ações relevantes de preparo e emprego da Força na segurança nacional e na proteção das infraestruturas críticas. Além disso, fortalece a colaboração internacional e aprimora as capacidades de defesa cibernética do país. Neste sentido, o Exército Brasileiro, por meio do Exercício Guardião Cibernético 6.0, também colabora para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e para a pesquisa, desenvolvimento e inovação de Produtos de Defesa (PRODE).

Histórico do Exercício Guardião Cibernético
Desde sua primeira edição em 2018, o Exercício Guardião Cibernético tem crescido em importância e abrangência. Inicialmente focado em setores como o financeiro e nuclear, o evento expandiu para incluir mais instituições e complexidade. A edição de 2023, por exemplo, contou com mais de 700 participantes e 100 organizações, destacando a integração de esforços entre governo, setor privado e academia para aumentar a resiliência cibernética brasileira. A cada edição, o Exercício demonstra a crescente maturidade das instituições brasileiras para lidar com incidentes cibernéticos, reforçando a importância do trabalho colaborativo na proteção das infraestruturas críticas do país. 

11 outubro, 2024

EUA: Taurus lança seu primeiro revólver pronto para competição


 

*LRCA Defense Consulting - 11/10/2024

A Taurus, líder renomada na indústria de armas de fogo, anunciou ontem (10) o lançamento do Taurus 608 Competition, o primeiro revólver da empresa pronto para competição e para desempenho imediato. Projetado com a contribuição de atiradores de competição de alto nível e construído para entusiastas de tiro competitivo, o Taurus 608 Competition oferece a precisão e a confiabilidade necessárias para competições de revólver USPSA ou ICORE sem a necessidade de modificações de reposição.

Com capacidade para 8 cartuchos e corte para clipes lunares, este revólver é equipado para lidar com as demandas de tiro rápido e de alta precisão. O que diferencia o 608 Competition é o gatilho personalizado da Taurus, que pode ser ajustado sem a necessidade de um armeiro profissional, oferecendo aos atiradores um nível de personalização raramente visto em armas de fogo prontas para uso. Os atiradores podem fazer ajustes de desempenho com confiança e facilidade, mantendo a renomada garantia vitalícia da Taurus.



Principais características do revólver Taurus 608 Competition:

1. Capacidade para 8 tiros: o Taurus 608 Competition possui um cilindro de 8 tiros, proporcionando maior poder de fogo e dando aos atiradores uma vantagem competitiva tanto no .38 Special +P quanto no .357 Magnum

2. Corte para clipes lunares: projetado para velocidade e eficiência, o revólver é cortado para clipes lunares para garantir recargas rápidas durante a competição.

3. Gatilho com ajuste personalizado: exclusivo da Taurus, o gatilho com ajuste personalizado é facilmente ajustável pelo usuário — sem anular a garantia vitalícia. Os atiradores podem ajustar o gatilho para obter o desempenho ideal no campo de tiro.

4. Pronto para USPSA e ICORE: o 608 Competition é totalmente equipado para categorias competitivas de revólveres, o que o torna a escolha ideal tanto para competidores experientes quanto para novatos que buscam uma opção de alto desempenho.

5. Mira frontal de fibra óptica verde e mira traseira ajustável. Além disso, a mira traseira é removível e aceita montagens ópticas de reposição. 

6. Cano de 6 polegadas, comprimento total de 11,37 polegadas e peso total de 51 onças (1,44 Kg), descarregado.

7. Quadro, cilindro e cano em aço inoxidável, com acabamento fosco.

O que realmente diferencia o Taurus 608 Competition é seu valor inigualável. Enquanto outros revólveres prontos para competição podem exigir atualizações e personalização caras, o 608 Competition oferece tudo o que você precisa em um pacote total — sem sacrificar a qualidade ou o desempenho.

O preço sugerido do novo Taurus 608 Competition é de US$ 1.015,99, um valor que provavelmente ficará abaixo dos três dígitos entre os varejistas. 


 


10 outubro, 2024

MCTI, Finep e Embraer firmam acordo de R$ 126,7 milhões para pesquisa em aviação sustentável e tecnologias inovadoras


*LRCA Defense Consulting - 10/10/2024

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Embraer assinaram, nesta quinta-feira (10), um acordo de investimento de R$ 126,7 milhões para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à aviação sustentável. O anúncio ocorreu durante a visita da ministra Luciana Santos à sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), ao lado do presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto e do presidente da Finep, Celso Pansera.

A FINEP utilizará recursos não reembolsáveis de subvenção econômica do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para realizar 50% do aporte. A outra metade virá integralmente como contrapartidas da Embraer.

Entre as prioridades estão o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e de alta complexidade, que permitirão projetar e fabricar asas de alta eficiência aerodinâmica e estrutural em material compósito. Também consta no escopo do projeto o estudo da viabilização de tecnologias associadas à sistemas autônomos, com ênfase em segurança e redução de carga de trabalho da tripulação. A prontidão tecnológica dessas duas frentes de pesquisa tem potencial de permitir no futuro o desenvolvimento de aeronaves mais leves, eficientes e com menores emissões de carbono.

O projeto foi aprovado por meio de chamada pública do “Mais Inovação Brasil”, maior programa de apoio à inovação da história do governo federal, que busca a promoção da reindustrialização nacional, com foco nas missões prioritárias de promover o direito à saúde e à segurança sanitária, a transformação digital, a transição energética e a defesa nacional.  

A ministra Luciana Santos destacou a parceria para o desenvolvimento da soberania nacional. “A Embraer é um exemplo do impacto que a inovação pode gerar quando o conhecimento científico se alia ao investimento público. Essa parceria representa o que podemos fazer quando unimos a inteligência brasileira ao estímulo estatal”, enfatizou.

O presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, também reforçou a importância do projeto. “"As inovações tecnológicas geradas por este projeto pavimentarão o caminho para que a indústria aeroespacial brasileira assuma maior protagonismo global. Com o acúmulo de conquistas em pesquisa e desenvolvimento, estamos preparados para acelerar o futuro da aviação sustentável do futuro”.


Parceria de sucesso

A parceria entre Embraer e MCTI/Finep, que começou em 2006, já resultou em diversos projetos de inovação, como o desenvolvimento de satélites por meio da Visiona, coligada da Embraer. O uso de subvenção econômica para a inovação é uma prática comum em países desenvolvidos e segue as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o objetivo de fortalecer a competitividade e inovação das empresas brasileiras.

O acordo representa mais um passo para o Brasil na corrida pela aviação sustentável e reafirma o compromisso do governo federal com o avanço tecnológico e a sustentabilidade no setor industrial.

O presidente da Finep, Celso Pansera, enfatizou a longeva parceria com a Embraer: “A Embraer é historicamente a empresa mais apoiada pela Finep e seguirá contando com nossos recursos para enfrentar os desafios da aviação do futuro. Foram mais de R$ 1 bilhão ao longo de 18 anos em recursos para o desenvolvimento de projetos que contribuem para uma maior sustentabilidade da aviação”, finalizou.

E-Freighter da Embraer recebe certificação da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA)


*LRCA Defense Consulting - 10/10/2024

O E-Freighter E190F, jato de passageiros da Embraer convertido para cargueiro, foi certificado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A aeronave e o Sistema de Carregamento de Carga, desenvolvidos pela U.S. Cargo Systems, receberam a certificação da FAA em setembro de 2024. Em julho, o E-Freighter foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e a certificação da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) está prevista até o fim do ano. O jato foi desenvolvido para preencher uma lacuna no mercado de transporte aéreo de cargas, se tornando uma alternativa de substituição de aeronaves mais antigas e menos eficientes.  

O programa E190F foi lançado em maio de 2022 e projetado para atender às operações e demandas dinâmicas do e-commerce, que exigem entregas mais ágeis e descentralizadas. O E-Freighter realizou o seu voo inaugural em abril e sua primeira exibição pública ocorreu em julho, durante o Farnborough Airshow.   

“A certificação da FAA é um marco importante do nosso programa de conversão para jatos cargueiros e estamos entusiasmados com a entrada nesse mercado. Trabalharemos para atender a necessidade global por entregas mais ágeis, tanto em áreas metropolitanas quanto nas demais regiões. Contando com a presença internacional dos E-Jets nos Estados Unidos e em outros países, ofereceremos soluções otimizadas aos nossos clientes em um mundo conectado”, afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial.  

Os E-Jets cargueiros terão capacidade 40% maior de volume e três vezes mais alcance quando comparados a turboélices de carga de maior porte, além de custos operacionais até 30% menores do que aeronaves narrowbodies. Combinando os compartimentos de carga inferior e superior, a carga útil estrutural máxima do E190F é de 13.150 kg.  

Taurus está entre as 40 maiores empresas do Rio Grande do Sul


*LRCA Defense Consulting - 10/10/2024

A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa e maior vendedora de armas leves do mundo, está entre as 500 maiores empresas do Sul do Brasil, ocupando a 105ª colocação no ranking regional, elaborado pelo Grupo Amanhã em parceria com a PWC. 

Das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul, a fabricante aparece entre as 50 gigantes do Estado, em 39º lugar no ranking geral. 

A companhia também obteve ótimo desempenho alcançando a 47ª posição em Receita Líquida e 35° lugar em Patrimônio Líquido do Rio Grande do Sul. 

A cerimônia de premiação aconteceu no dia 9 de outubro de 2024, no NAU Live Spaces, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Com uma estrutura operacional eficiente e moderna, a Taurus segue investindo em pesquisa & desenvolvimento de novos produtos, materiais e tecnologias, de modo a reforçar a sua posição como empresa inovadora, que oferece ao consumidor produtos de qualidade a preços competitivos. 

A companhia tem uma equipe dedicada a acompanhar as necessidades do mercado, bem como voltada a monitorar continuamente as oportunidades que se apresentam. A empresa registrou resultado positivo em 2023, mesmo considerando uma conjuntura menos favorável do mercado, com as vendas no Brasil interrompidas em função da falta de regulamentação. 

A estrutura desenvolvida na Taurus nos últimos anos criou uma empresa com sólidos fundamentos, conforme traçado em seu planejamento estratégico. Essa estrutura permitiu encerrar o exercício com margem bruta superior à de empresas internacionais do setor, como tem ocorrido de forma recorrente. 

A Taurus é a líder mundial na fabricação de revólveres e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo, além de ser a maior vendedora de armas leves no mundo e a marca mais importada no exigente e competitivo mercado dos Estados Unidos. 

É pioneira na área de segurança e defesa no mundo a adotar a pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”) e a emitir um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios. A empresa segue focada em desenvolver ações baseando-se nos pilares de desenvolvimento de pessoas, investimentos em tecnologia e inovação e engajamento em um ambiente colaborativo, consolidando os critérios ESG em seus projetos, processos e decisões estratégicas para resultados sólidos a longo prazo, visando impulsionar um futuro mais resiliente, equitativo e sustentável para todos. 

“A Taurus é uma multinacional com origem gaúcha, sediada em São Leopoldo, que emprega cerca de 2.200 pessoas no estado do Rio Grande do Sul, movimenta uma grande cadeia de fornecedores que geram milhares de empregos indiretos, e exporta seus produtos com alto valor agregado para mais de 100 países, impulsionados pela inovação, tecnologia e pelos avanços da Indústria 4.0. Em 2023 foram mais de R$ 883 milhões em exportação. Não por acaso, a Taurus está entre as principais empresas que movimentam a economia e que são protagonistas do empreendedorismo na região Sul. É um orgulho e uma honra estarmos entre as 100 Maiores do Rio Grande do Sul e contribuir com o país”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus. 

O anuário “500 Maiores do Sul” é elaborado a partir dos balanços das empresas com sede, origem ou operação relevante na região Sul do Brasil. As demonstrações contábeis são relativas ao ano de 2023. O ranking utiliza uma metodologia exclusiva desenvolvida pela parceria entre o Grupo AMANHÃ e a PwC Brasil, o Valor Ponderado de Grandeza (VPG) –, resultado da soma de 50% do patrimônio líquido, 40% da receita líquida e 10% do resultado líquido – lucro ou prejuízo – do exercício.

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